sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Feira do Livro de Lisboa

Referindo-se ao livro, Gabriela Canavilhas afirmou que "é um instrumento essencial no combate à iliteracia".
Canavilhas sublinhou ainda a importância do livro na promoção da Língua Portuguesa e neste âmbito anunciou que, pela primeira vez, Portugal participará na feira do Livro de Timor-Leste.
A ministra referiu a parceria da Direcção-Geral do Livro e da Biblioteca com a Cooperação Portuguesa, que permitirá a participação na feira timorense e também em outra a realizar em Cabo Verde. “É comovente como as populações locais gostam dos nossos autores”, disse a ministra.
No tocante à Feira, qualificou a sua realização como "hercúleo" trabalho organizativo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que conseguiu "gerir sensibilidades diferentes".
O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, por seu turno, afirmou que a Feira é "um dos raros momentos em que o parque [Eduardo VII] tem vida".
O presidente da APEL, Paulo Teixeira Pinto, que abriu a sessão, declarou que esta "é uma feira de transição" e "a primeira em 12 anos em que editores e livreiros estão representados a uma só voz".
O responsável afirmou que "sendo a maior Feira desde sempre", espera que "seja também a melhor".
A Feira hoje inaugurada encerra no dia 16 de Maio, tem horário de encerramento alargado até 23h30 e uma hora diária de segunda a quinta-feira em que alguns livros custarão metade do preço.
A Feira abrirá de segunda a sexta-feira às 12h30 e encerrará às 23h30. Aos sábados, domingos e feriados abrirá às 11h e encerrará às 23h30.
A denominada "Hora H" permite comprar por metade do preço livros que tenham mantido o preço fixo durante os últimos 18 meses.
Todos os dias, às 21h30, haverá música ao vivo num palco instalado na parte sul do Parque, frente à Rotunda. Stonebones & Bad Spaghetti abrem sexta-feira o cartaz, que inclui música brasileira, jazz e música clássica.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
I love you Phillip Morris

er contada.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Amarelo, azul e rosa...
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Será a muralha de D. Dinis, ali no futuro Museu da Moeda?

A confirmar-se, "será uma descoberta importantíssima", salienta o historiador e investigador António Borges Coelho, defendendo nesse caso a sua preservação e exposição ao público, como acontece com vários troços da muralha fernandina - que é posterior à de D. Dinis -, encontrados entre a Baixa e o Chiado. No relatório de escavação, de Setembro de 2009, os arqueólogos não colocam, porém, de lado a hipótese de a grande estrutura de pedra e argamassa encontrada ser, afinal de contas, um pedaço da cerca de D. Fernando.
"As primeiras muralhas de Lisboa terão sido, respectivamente, a cerca romana/visigótica e a cerca moura. Estes dois momentos de edificação dizem respeito a uma ocupação ainda restrita do território; ainda um "fenómeno de acrópole" adstrito à actual colina do castelo", contextualizam Artur Rocha e Jessica Represas, da Zephyros Arqueologia, empresa que fez as sondagens. "É no século XIII que temos notícia da construção da muralha da Ribeira ou de D. Dinis, que ficaria na praia ou junto à rebentação do rio. Este alargamento substancial do espaço amuralhado da cidade indicia que ela havia já descido da colina, desenrolando-se de forma orgânica e desordenada em direcção ao rio (...) Marca também pela primeira vez a transferência do centro económico da cidade para a zona ribeirinha".
O arqueólogo José Luís de Matos pensa que é bem provável que se trate efectivamente da muralha de D. Dinis. Ou não tivesse o olisipógrafo Vieira da Silva, há um século, traçado, com base em documentação antiga, um mapa em que faz passar precisamente neste local a antiga estrutura de pedra. "No seu natural movimento de expansão para ocidente, Lisboa depressa passou por cima da cinta de muralhas com que a haviam envolvido os povos godos ou os muçulmanos. E entulhando o estuário do Tejo preparou um excelente campo para a construção de habitações. Depois da conquista cristã, rapidamente a nobre vila adquiriu uma importância considerável, não só pelo (...) comércio dos seus ha- bitantes, como pela sua excepcional situação como um dos melhores portos da Europa. Também por isso se via frequentemente atacada pelos piratas, que, entrando pelo Tejo sem impedimento, nem no mar nem em terra, encontravam nos ricos moradores e comerciantes do vale da Baixa uma cómoda e fácil presa", descreveu, então, aquele especialista.
José Luís de Matos explica que, além dos mouros do Norte de África, a cerca tinha como objectivo repelir também as incursões marítimas dos castelhanos. "Era importante preservar esta memória", observa. A confirmar-se a sua origem de forma inequívoca, trata-se do primeiro troço da muralha de D. Dinis detectado até hoje.
"Seria uma descoberta fantástica", comenta a especialista em arqueologia urbana de Lisboa e ex-técnica do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) Jacinta Bugalhão. Chama a atenção para o facto de, do ponto de vista legal, todas as cercas antigas de Lisboa estarem classificadas como um monumento nacional - uma protecção que abrange também os troços por descobrir. "A lei diz que os monumentos classificados não podem ser demolidos", acrescenta, "mas factores como o mau estado de conservação podem levar a tutela a autorizá-la."
Como a obra para instalar o museu vai ter acompanhamento arqueológico, serão estas segundas escavações que permitirão tirar uma conclusão. Ou não: "Na zona onde existe probabilidade de passar a muralha as obras para o museu não decorrerão a uma cota tão profunda como noutras zonas", informa o subdirector do Igespar, João Pedro Ribeiro. Como é de lei, "só haverá escavação arqueológica nos locais afectados pelas obras". As sondagens iniciais não desceram a profundidade suficiente que permitisse identificar vestígios mais antigos. Permitiram, isso sim, encontrar vários esqueletos do século XIX sob o templo. "Qualquer cidade civilizada tem orgulho no seu passado", nota Borges Coelho. "Se a muralha foi encontrada, é uma notícia magnífica. E há todo o interesse em pô-la à vista."
Por Ana Henriques
sexta-feira, 23 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Indie Lisboa

quarta-feira, 21 de abril de 2010
Confronto de Titãs

Narrativa atabalhoada, inconsistente e confusa, para que tudo se comprima no limite dos 90 minutos do filme.
Para além da atabalhoada narrativa, a presença de Liam Neeson e Ralph Fiennes é deveras estranha. Ralph Fiennes ainda enche com um pouco de alma maléfica a sua personagem, mas
Liam Neeson no papel de Zeus está no mínimo ridículo.
Confronto de Titãs só fascina pela sua componente visual, que aproveita todo o potencial da mitologia grega para nos oferecer uma aventura sobrenatural cheia de acção, heroísmo e sublimes efeitos especiais (para quem gosta, claro).
A mim, só o Nando me consegue arrastar para este tipo de filmes!!!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Café
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Amália Hoje no 4º aniversário do Casino Lisboa
domingo, 18 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Record Store Day

É um tributo às lojas de discos independentes e celebra-se em todo o mundo, amanhã, 17 de Abril. Chama-se Record Store Day e vai ser celebrado em mais de 1000 lojas um pouco por todo o lado, que abrirão as suas portas às mais diversas iniciativas.
No assinalar da data participarão inúmeros músicos, bandas e editoras através da edição de discos de vinil e CDs especiais, a maior parte deles criados propositadamente para a ocasião. É esse o caso dos americanos Soundgarden e Beach House, ou dos britânicos Blur, que prepararam edições exclusivas de singles.
Em Portugal, a Flur, em Lisboa, e a Jo-Jo's Music, no Porto, oferecem uma programação especial para assinalar a efeméride. Na Flur, em frente à estação de Santa Apolónia, a partir das 15h, haverá showcases de Bill Orcutte, de DJ Ride e de Pedro Magina dos Aquaparque. Em sessões DJ estarão presentes jornalistas como Vítor Belanciano do PÚBLICO, Rui Tentúgal do Expresso e Nuno Galopim do Diário de Notícias. A atender clientes, ao balcão, estarão músicos como Joaquim Albergaria (Paus, Vicious 5) ou jornalistas como Rui Miguel Abreu e Isilda Sanches.
Na Jo-Jo's, à rua da Cedofeita, haverá actuações, a partir das 12h, dos projectos Soaked Lamb, Cavalheiro, Complicado, Andrew Thorn e DJ Edu. Haverá descontos, de 20%, na compra de CDs, DVDs e demais artigos em exposição. À Avenida da Liberdade, em Lisboa, a Carbono, alia os festejos do seu 17º aniversário com a Record Store Day, oferecendo t-shirts e pacotes-surpresa de CDs. A Trem Azul, ao Cais do Sodré, por sua vez, promete efectuar promoções em alguns dos seus artigos. Na Louie Louie (Lisboa, Porto e Braga) todos os artigos terão 20% de desconto.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Frase do dia

"Sempre achei que Cabo Verde não deveria ter sido independente."
Mário Soares
Leia a notícia aqui e distraia-se com os comentários.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Inimigo Público
terça-feira, 13 de abril de 2010
DeliDelux

Na DeliDelux existe um Espaço Gourmet, com cafetaria para saborear os produtos que se vendem.
Situada à beira-rio, é agradável para tomar um café e conversar a saborear os aperitivos gourmet.
Depois podemos percorrer os corredores da área de mercearia e levar um chocolate maravilha, uma garrafa de água ou outro artigo qualquer (enchidos, queijo, massas, especiarias, ervas aromáticas, azeites, etc!), em que a embalagem nos conquista pelo design.
Para quem gosta da loja gourmet do El corte inglês esta é uma boa alternativa.
E é tão perto de mim, mas teve que ser a Magano (que veio com liquido no joelho) a apresentar-me. Espreitem!!!
Siza distinguido pela Academia dos EUA

O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi nomeado membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras, recebendo o título numa cerimónia que terá lugar a 19 de Maio, em Nova Iorque, declarou fonte do seu gabinete, acrescentando que o arquitecto deverá "estar presente" no evento.
Álvaro Siza Vieira e o japonês Fumihiko Maki foram os dois arquitectos escolhidos este ano pela academia de 112 anos como membros honorários na categoria de artistas estrangeiros, revelou a Associated Press.
A actriz Meryl Streep e o maestro James Levine estão entre os novos membros deste "clube de elite", que integra nomes como a escritora Toni Morrison e os rea- lizadores de cinema Woody Allen (que em 1979 dirigiu Meryl Streep no filme Manhattan) e Martin Scorsese, que foram, até agora, os únicos cineastas a figurar neste rol de distinção. Streep e Levine entram, ao contrário de Siza Vieira e Fumihiko Maki, para a categoria de artistas americanos, por razões óbvias, embora os quatro galardoados sejam nomeados para a categoria "genérica" de Artes.
A categoria de "membro honorário" da Academia Americana de Artes e Letras foi criada em 1983, para distinguir artistas americanos cujo trabalho adquire relevância para além dos campos tradicionais da música, literatura, e das artes plásticas, que a academia normalmente distingue. Já a categoria de "honorários estrangeiros" foi criada em 1929.
Meryl Streep, aquando do anúncio da sua entrada para a categoria honorária da Academia de Artes e Letras, admitiu sentir-se "estupefacta" face à distinção, declarando não pensar sequer que a deixassem "pôr um pé na cozinha".
Quanto a Álvaro Siza Vieira, recorde-se que já no ano passado o arquitecto foi distinguido com a medalha de ouro do Royal Institute of British Architects, depois de ter recebido uma condecoração semelhante da mesma organização em 2008. Estes galardões juntam-se assim ao Prémio Pritzker, que Siza Vieira já tinha recebido em 1992 pelo projecto de renovação do Chiado.
Fumihiko Maki, outro dos galardoados da Academia Americana de Artes e Letras, recebeu o Pritzker em 1993, pelo "carácter intemporal" dos seus projectos. O arquitecto japonês desenhará, com o britânico Richard Rogers, os dois edifícios que serão erguidos no terreno do World Trade Center, em Nova Iorque.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Entretanto é quando...
Entretanto na rapidez de chegares, dizes adeus a quando...
Quando tudo era pequenino!
Acorda meu menino, ainda vens a tempo de adormecer.
Entretanto o sonho começa quando entre o sono tenho tanto tempo ainda...
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
Um Sonho Possível
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As fotos finais mostram que a realidade não era tão exuberante como o filme quer fazer crer.
"Um Sonho Possível" é um filme para inculcar esperança - e isso é uma coisa de que andamos todos necessitados. Cumpre essa intenção sem facilitar em demasia, mostrando que, à mão que se dá, há que acrescentar esforço e um mínimo de determinação por parte daquele a quem a mão se estende.
O trabalho de Sandra Bullock fê-la ganhar um Óscar. Também eu achei a interpretação excepcional porque a actriz mostrou que não tem que haver composições estranhas ou desfigurações excêntricas para se ganhar. Pode ser, simplesmente, um trabalho natural que tem a leveza de um sorriso e de uma pequena lágrima, sem forçar o tom nem para um lado nem para o outro.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Panorama 2010

A quarta edição da mostra que privilegia o documentário feito em Portugal dá continuidade à questão levantada na edição anterior: como se ensina o documentário português? Visitando escolas e cursos, o Panorama procura perceber a posição que o documentário adquire nos diferentes estabelecimentos de ensino. António Reis, vulto maior do documentário nacional desaparecido em 1991, é homenageado na secção Percursos no Documentário Português que exibe Jaime, Trás-os-Montes (na foto), Ana e Rosa de Areia, filmes realizados em colaboração com Margarida Cordeiro, e os filmes realizados pelos seus alunos da Escola Superior de Cinema. De 9 a 18 de Abril, no Cinema São Jorge.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Descoberta primeira edição de “O Livro da Selva” com dedicatória de Kipling à filha

O livro, publicado em 1894, foi encontrado por bibliotecários que estavam a catalogar os livros da biblioteca de Wimpole Hall, a moradia próxima de Cambridge, no Sul de Inglaterra, onde viveu Elsie, a segunda filha de Kipling, entre 1938 e 1976.
A obra tem uma dedicatória manuscrita a Josephine, a filha mais velha do escritor, que morreu de pneumonia em 1899, aos seis anos.
A inscrição, datada de Maio de 1894, diz: “Este livro pertence a Josephine Kipling, para quem foi escrito pelo seu pai.”
Apesar de não estar assinada, “baseando-nos em muitos outros elementos do arquivo de Kipling, achamos que é a sua letra”, declarou uma porta-voz do National Trust, a organização de conservação do património que está a trabalhar no espólio da mansão. “A dedicatória é muito comovente, especialmente se tivermos em conta que Kipling perdeu não só Josephine, como também o seu filho mais novo, John, que morreu na I Guerra Mundial”, indicou Fiona Hall, comissária de Wimpole Hall.
“Como sua única filha sobrevivente, Elsie deve ter guardado o livro como um tesouro”, acrescentou.
O exemplar será agora exposto na espectacular casa senhorial, onde continuam os trabalhos de inventariação e catalogação dos cerca de sete mil livros da sua biblioteca.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Filme “Perdida mente” de Margarida Gil premiado em Nova Iorque

O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Independente de Nova Iorque, criado nos anos 1990, atribui diversos prémios em mais de 50 categorias, repartidas entre produções norte-americanas e estrangeiras. Os prémios serão entregues em Julho.
Esta foi a estreia mundial de “Perdida mente”, a mais recente longa-metragem de Margarida Gil, que não tem ainda data de estreia comercial em Portugal. “Não estava nada à espera de receber o prémio, o filme não passou ainda em mais lado nenhum, estou ainda à espera de uma resposta da distribuidora para a estreia. Pode ser que o prémio dê um empurrão para que isso aconteça”, disse a realizadora hoje à agência Lusa.
“Perdida mente”, rodado há um ano no Entroncamento e em Vila Nova da Barquinha, conta no elenco com José Airosa, José Pinto e a jovem actriz Eunice Correia. O filme parte da história de um homem que, ainda novo, perde a memória, depois de lhe ter sido diagnosticado a doença de Alzheimer. “É sobre aquele momento de suspensão de realidade, sobre a alteração da percepção da realidade, em que os sintomas são muito semelhantes aos dos psicóticos”, explicou Margarida Gil.
“Perdida mente” tem argumento de Margarida Gil, direcção de fotografia de Acácio de Almeida e contou com o apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Miradouro lisboeta de S. Pedro de Alcântara vai ter sextas-feiras musicais

O Miradouro de S. Pedro de Alcântara, em Lisboa, vai receber nas sextas-feiras de Abril e Maio actuações de DJ’s portugueses, que prometem "entre as seis da tarde e as nove da noite" dar música a quem passe no miradouro.
A iniciativa começa já esta sexta-feira com uma actuação de Twofold, espelho, segundo a produtora Madame Management, responsável pelas tardes musicais no miradouro, que promete "do que mais interessante existe actualmente no ‘underground’ [musical] lisboeta".
John-E & Gustavo, Henriq (Da Providers), Analodjica, Kaesar e Nuno Ramos são alguns dos nomes que completam a programação para os fins de tarde musicais no Miradouro de S. Pedro de Alcântara, cuja última sessão está marcada para 28 de Maio, com Bart Cruz (Da Providers).
A produtora Madame procura ainda dois DJ’s para fazer a primeira parte das tardes de 30 de Abril e 21 de Maio, "novos talentos" que serão descobertos com a ajuda do MySpace Portugal.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
PÁSCOA: Aldeias da Guarda mantêm vivas tradições típicas desta quadra.

Os cânticos da "Encomendação das Almas" e os "Martírios de Jesus Cristo" são dois dos costumes típicos da Quaresma ainda preservados pelos mais idosos e por algumas associações do concelho da Guarda, com destaque para a aldeia de Marmeleiro.
A "Encomendação das Almas", tradição típica das mulheres, subsiste nas localidades de Aldeia do Bispo, Faia, Quinta de Gonçalo Martins, Marmeleiro, Castanheira, Maçainhas e S. Miguel, entre outras.
Os cânticos são entoados durante a noite, "nos sítios mais altos", explica Júlia Conceição, 83 anos, residente no Marmeleiro, que recorda outros tempos quando a terra tinha "dois coros".
O cântico dos "Martírios", associado aos homens, sobrevive na mesma aldeia, onde é recriado, anualmente, pela perseverança de dois idosos da terra - José Marques Escada, 77 anos, e outro "rapaz" da mesma idade.
É também Escada que mantém viva a tradição do toque da matrácula (instrumento de madeira com argolas de ferro) que na Sexta Feira Santa substitui o sino, que não pode ser tocado, para chamar os fiéis para a adoração da cruz, na igreja matriz.
O septuagenário contou que dá uma volta ao povo "a tocar a matrácula" e que "toda a gente entende [o sinal] como se fosse o sino a tocar".
Outro costume, ainda em prática na região, dita que na Quarta Feira Santa as mulheres de idade não se penteiam.
"Diziam que no tempo de Cristo as pessoas não se penteavam. Não sei porquê. Diziam assim os nossos pais e avós e nós vamos com essa tradição", afirmou Maria Fernandes, 68 anos.
Por outro lado, na Quinta e na Sexta Feira Santa ainda é hábito os agricultores não trabalharem nas lides do campo e as mulheres não lavarem roupa.
É relatado um caso que aconteceu no Marmeleiro "há mais de trinta anos" e que envolveu uma mulher que lavou umas toalhas e estendeu-as para secar.
Quando foi buscá-las tinham "sangue", assegurou Maria José Tracana, 70 anos, que presenciou o fenómeno.
A "Procissão da Senhora da Noite" é outra tradição pascal revivida anualmente, na madrugada de Domingo de Páscoa, na povoação de Aldeia Nova, Guarda.
Os habitantes, após terem sido acordados pelo tocar de bombos, dirigem-se a pé para a capela da Senhora da Teixeira.
"Na ida reza-se e no regresso canta-se a 'Aleluia' porque já se anuncia a Ressurreição de Nosso Senhor", contou à Lusa Ana Chibante.
A "Visita Pascal" é também uma tradição praticada por alguns sacerdotes da Beira Interior, como Ângelo Nabais, pároco de Vila Garcia e Adão, que no dia de Páscoa vai "de casa em casa" a anunciar a Ressurreição de Cristo.
"Dou a bênção às famílias e dou a cruz a beijar", contou.
O "Enterro do Senhor", a "Via Sacra" e a "Paixão de Cristo", são outras das realizações desta quadra que ainda subsistem em vários pontos da região.
Em Sameiro também ainda é assim...
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Trienal de Arquitectura com concurso internacional para criar habitação social em Luanda

"A House In Luanda - Patio and Pavilion" é a designação do concurso que vai receber candidaturas até ao final de Abril, e cujo júri, presidido por Álvaro Siza Vieira, vai escolher os trinta melhores projectos que serão exibidos no final do ano em Lisboa. A Trienal de Lisboa decidiu lançar este concurso em parceria com a Trienal de Arquitectura de Luanda com o objectivo de criar uma habitação de cem metros quadrados, com capacidade para acolher um agregado familiar, que possa ser construída com meios escassos, e suprir as necessidades básicas, com uma horta e espaço para animais. O projecto também deverá ter a possibilidade de envolver a auto construção, ou seja, a possibilidade de o próprio agregado familiar poder participar na edificação da casa.
"Luanda é uma cidade desenhada para 500 mil habitantes mas tem actualmente cerca de seis milhões, e sofre uma grande pressão demográfica. Com a guerra e a fuga das população, a cidade foi sendo invadida por bairros de lata com construções muito precárias", apontou José Mateus, revelando que o Governo angolano tem um plano para construir mais de um milhão de habitações a custos controlados. "Temos uma avalanche de contactos de arquitetos originários desde o Sri Lanka, Itália, Vietname, Colômbia...", indicou, sublinhando que a habitação social "é um tema que os arquitectos se interessam extraordinariamente por trabalhar. São temas difíceis, mas importantes".
O júri do concurso é composto pelos arquitectos João Luís Carrilho da Graça (Portugal), Barry Bergdoll (EUA), Fernando de Mello Franco (Brasil) e Angela Mingas (Angola), e deverá reunir-se pela primeira vez a 8 de maio. Vão ser seleccionados os 30 melhores projectos e as maquetas mostradas ao público numa exposição no Museu da Electricidade entre 28 de Outubro de 2010 e 16 de Janeiro de 2011, seguindo depois todo o material para Luanda, onde deverá também ser apresentado.
Apesar do dia 1 esta notícia não é mentira...