domingo, 26 de novembro de 2023

sábado, 25 de novembro de 2023

Never Realised Buildings in Budapest- Exhibition

 

                                          Vigadó Gallery Budapest

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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Nyad

 

Diana Nyad nadou 177 km, entre Cuba e a Flórida, passando mais de dois dias inteiros em alto mar. Ninguém acreditava que a antiga nadadora de competição conseguiria tal feito. Entretanto, após quatro tentativas falhadas, tornou-se a primeira pessoa a atingir este objetivo em toda a história. Hoje, faz aparições na televisão e em eventos, encorajando as pessoas a acreditarem nos seus sonhos, e a nunca desistirem. O filme em jeito de documentário, disponível na Netflix, é dedicado a este grande feito e à protagonista do mesmo.  O retrato do feito, da vida e obra desta mulher é alicerçado numa certa falta de compromisso. Refiro-me a temáticas no domínio da ética e da moralidade. A referência à  homossexualidade de Nyad é ténue. Existe, mas é simplista. A referência à pedofilia e aos abusos sexuais de que Nyad foi vitima, säo ténues. Existem, mas säo simplistas.  A explicação de como se conseguiu o dinheiro para patrocinar a travessia, é ténue. Existe, mas é simplista. Por ventura, há um certo receio de se ficar de um dos lados da historia. Agradam-se os homossexuais, aplaude-se a punição da pedofilia e de atos violentos e  é-se fiel aos factos reais. Mas também se agradam da mesma forma os mais conservadores, os que não encaram a verdade e a violência e os que pretendem só glorificar o feito da nadadora. Porque há um equilíbrio perturbador em agradar todo o tipo de publico. De louvar, säo as imagens reais de Nyad que embelezam este filme biográfico. Säo poucos os filmes biográficos que caminham de mãos dadas com o material real de arquivo. Annette Bening e Jodie Foster dão vida às suas personagens, representadas de uma forma bastante confortável, muito pelo facto do excelente desempenho de ambas. 

domingo, 5 de novembro de 2023

Killers of the Flower Moon


Killers of the Flower Moon, de Martin Scorsese,  é uma tentação para qualquer cinéfilo. A sua duração é longa, longuíssima. Mas, ainda assim, é difícil resistir e não ver. Até porque o elenco é prometedor:  Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e a nova estrela, Lily Gladstone. O filme é baseado no livro (com o mesmo nome) de David Grann e foca-se nos homicídios na Nação Osage durante a década de 1920, cometidos após a descoberta de petróleo em terras tribais. É um capítulo negro da história dos Estados Unidos da América retratado no grande ecrã. 

As interpretações säo um dos trunfos deste filme, e säo simplesmente extraordinárias. Dicaprio oferece-nos uma interpretação intensa e intrigante. De Niro encarna de forma cativante e arrepiante a sua personagem. E Gladstone é autêntica e puramente hipnotizante. Facilmente transmite ao grande publico a sua dor, coragem e resiliência.

Scorsese com este seu Killers of the Flower Moon, retrata friamente e apaixonadamente as injustiças históricas e raciais, explorando o lado sombrio da natureza humana, quando exposta à ganância, corrupção e poder. 

O trabalho de edição é louvável, assim como o é a banda sonora. Há uma transição violenta mas feita com muita mestria entre a serenidade das paisagens das terras Osage e os crimes cometidos contra este povo. E aquele acrescento dado pela banda sonora submete a historia a toda a carga dramática necessária. 

É quase perfeito, mas peca pela previsibilidade dos acontecimentos e a orfandade em imprevistos. Também não consegui sentir-me próxima dos relacionamentos amorosos deste filme: säo mornos e pouco arrebatadores.