quarta-feira, 30 de março de 2011

Nove finalistas vão disputar o Prémio EDP Novos Artistas 2011

Nesta 9.ª edição do prémio, que contou com 408 candidatos, foram seleccionados Ana Manso, André Trindade, Carla Filipe, Catarina Botelho, Catarina Dias, João Serra, Nuno da Luz, Priscila Fernandes e Vasco Barata.
Ana Manso (Lisboa, 1984) concorreu com um trabalho centrado na pintura, André Trindade (Lisboa, 1981), recorreu à escultura, instalação e vídeo, Carla Filipe (Aveiro, 1973) usa fotografia, instalação e pintura, Catarina Botelho (Lisboa, 1981) a fotografia, Catarina Dias (Londres, 1979), centra a obra no desenho, performance e pintura, João Serra (Lisboa, 1976), na fotografia, Nuno da Luz (Lisboa, 1984), recorre à instalação e vídeo, Priscila Fernandes (Coimbra, 1981) concorreu com propostas no campo da instalação, pintura e vídeo, Vasco Barata (Lisboa, 1974), com desenho, fotografia e instalação.
Os nove finalistas do Prémio EDP Novos Artistas 2011 apresentarão os seus trabalhos numa exposição que terá lugar em finais de Junho no Museu da Electricidade, em Lisboa.
De acordo com a Fundação EDP, aos artistas será entregue um montante fixo para a produção das suas obras e o artista vencedor será designado por um júri internacional, ainda a nomear, a partir desta exposição.
O valor do prémio a atribuir - 10.500 euros - deverá ser aplicado pelo artista no prosseguimento ou aprofundamento dos seus estudos ou na concretização de um projecto artístico específico.
Criado em 2000 pela Fundação EDP, este prémio tem procurado distinguir artistas em início de carreira com propostas criativas originais e inovadoras no contexto nacional e internacional.
Os vencedores das edições anteriores deste prémio nacional dedicado à revelação de novos talentos foram Joana Vasconcelos (2000), Leonor Antunes (2001), Vasco Araújo (2002), Carlos Bunga (2003), João Maria Gusmão e
Pedro Paiva (2004), João Leonardo (2005), André Romão (2007) e Gabriel Abrantes (2009).

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cairo Time

Juliette viaja sozinha para o Egipto. Vai ao encontro do seu marido que trabalha num campo de refugiados do Médio Oriente. Enquanto aguarda pela chegada dele, é Tareq que a acompanha nos seus passeios pelo Cairo. Tareq é um amigo do marido que despertará em Juliette uma paixão suave, doce, oriental e silenciosa.
 "Cairo Time" é um filme de Ruba Nadda e interpretado pela adorável Particia Clarckson, uma das melhores actrizes do seu tempo, que raramente teve papeis principais em filmes do cinema americano. 
O filme apresenta uma história suave e foge da 'normalidade' dos filmes românticos. Apesar de todo o caos urbano do Cairo, Ruba Nadda trouxe muita delicadeza à história, com texturas e paisagens que levam o espectador a sonhar com o Médio Oriente. 
O filme é como um cartão de visita do Cairo e Ruba Nadda homenageia claramente o Egipto.

segunda-feira, 21 de março de 2011

10ª Edição do Festival Monstra arranca hoje

A 10ª edição do Monstra Festival de Animação começa hoje, entre longas-metragens e mini-filmes, as curtíssimas, a animação está garantida em Lisboa até ao dia 27 de Março.
Pela primeira vez no festival, os realizadores de mini-filmes de animação as curtíssimas, com menos de dois minutos vão poder mostrar em competição os seus trabalhos.
Por ser ímpar, 2011 é ano de competição de longas-metragens (nos anos pares há competição de curtas) tendo sido seleccionados sete filmes, desde a história de amor de Chico e Rita na Cuba de finais dos anos 40 ("Chico & Rita", dos espanhóis Javier Mariscal, Fernando Trueba e Tono Errando) aos sinistros túneis de metro por baixo de uma Europa sem petróleo ("Metropia", do sueco Tarik Saleh), passando pela história do Patinho Feio vista pelo russo Garri Bardin ("Ugly Duckling").
Nesta décima edição, a Monstra tem a Holanda como país convidado, e vai ainda dedicar uma retrospectiva ao cinema de animação dos estúdios japoneses Ghibli, com destaque para a estreia de dois filmes do conhecido realizador Hayao Miyazaki, autor de "A Viagem de Chihiro" e "Princesa Mononoke".
O festival continua ainda a apostar nos workshops, na música e na dança
A habitual competição de escolas de todo o mundo também faz parte da programação, apresentando 85 curtas-metragens.
O Monstra que começa hoje com "Pika Pika", espectáculo interactivo que é feito com desenho de luz em 3D, terminará no domingo com a estreia de "10 para cem", uma curta-metragem de dez minutos portuguesa em torno dos cem anos da República e dos artistas que marcaram a Primeira República.
Aceda aqui ao programa.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Doze produções portuguesas integram festival de Buenos Aires

O festival começa no dia 6 de Abril e exibirá mais de 400 filmes, entre os quais um ciclo das obras do realizador e produtor Sandro Aguilar.
Serão mostradas a longa-metragem "A Zona" e cinco curtas-metragens de Sandro Aguilar, convidado para estar no festival também como júri na secção competitiva de curtas-metragens argentinas.
Para a competição internacional foi seleccionada a primeira longa-metragem de João Nicolau, "A espada e a rosa", produzida por O Som e a Fúria, e que estreará comercialmente em Portugal em Abril.
Com a "audácia e o suspense das melhores telenovelas", escreveu a organização, em Buenos Aires será também exibido "Mistérios de Lisboa", do chileno Raúl Ruiz, rodado em Portugal, com produção de Paulo Branco, a partir do romance homónimo de Camilo Castelo Branco.
"Guerra Civil", filme de Pedro Caldas, premiado em 2010 no IndieLisboa, e o documentário "Parto", de António Borges Correia, também integram o festival.
A investida portuguesa na Argentina incluirá também "Fantasia Lusitana", retrato documental de João Canijo sobre o Portugal de Oliveira Salazar, e "Swans", ficção de Hugo Vieira da Silva, ainda inédita em sala em Portugal, que se estreou em Fevereiro em Berlim.
O festival BAFICI, que teve a primeira edição em 1999, decorrerá de 6 a 17 de Abril em Buenos Aires.
Em 2010 somou cerca de 245 mil espectadores.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ana Moura e Terrakota nomeados para prémios da revista “Songlines”

A fadista portuguesa está nomeada na categoria de melhor artista do ano, enquanto os portugueses Terrakota distinguem-se na categoria de melhor grupo do ano nos prémios Songlines Music Awards 2011, promovidos pela revista britânica "Songlines".
Ana Moura está nomeada com o seu mais recente trabalho, o álbum "Leva-me aos Fados", competindo agora com Femi Kuti, Youssou N'Dour e Cheikh Lô (Burkina Fasso).
Cheikh Lô está nomeado pelo álbum "Jamm on World Circuit", Femi Kuti por "Africa for Africa on Wrasse" e Youssou N'Dour por "Dakar-Kingston on Universal".
Os Terrakota, grupo que mistura várias sonoridades, da música africana ao reggae, estão nomeados com o álbum "World Massala on Ojo Musica", ao lado dos Bellowhead, dos Hanggai e do duo Lepistö & Lehti.
A revista britânica "Songlines", dedicada à world music, pretende distinguir os melhores projectos de cada ano nesta área da música, atribuindo prémios em quatro categorias: melhor artista, grupo, colaboração multi-cultural e grupo revelação. Os nomeados são votados pelo público e os vencedores seleccionados pela equipa editorial da revista.
Em 2010, na segunda edição dos Prémios Songlines, os Deolinda venceram na categoria de revelação, com o álbum "Canção ao Lado", para o qual estavam ainda nomeados "Invisible System", "Speed Caravan" e "Mamer".
Este ano, na categoria revelação estão nomeados os The Creole Choir of Cuba, Raghu Dixit, Syriana e Tamikrest. Para o prémio de melhor colaboração multicultural os nomeados são: AfroCubism, Ballaké Sissoko & Vincent Segal, Kronos Quartet with Alim & Fargana Qasimov and Homayun Sakhi e Vishwa Mohan Bhatt & Matt Malley.
No dia 21 de Março, a "Songlines" vai pôr à venda um CD com todas as músicas nomeadas. Os vencedores vão ser anunciados depois na edição de Junho.

domingo, 6 de março de 2011

Gia

 A vida de Gia Carangi é mostrada pelo director Michael Cristofer, neste filme feito para a HBO. Com características de documentário, Cristofer conseguiu fazer um trabalho que prima pelo bom senso e pela estética, intercalando depoimentos de amigos e conhecidos, com cenas do quotidiano da modelo, interpretada por Angelina Jolie, de forma quase brilhante, o que lhe valeu o seu primeiro Globo de Ouro de Melhor Actriz naquele ano de 1998.
Gia trabalhou para nomes como Armani, Diane Von Furstenberg, Dior, Levi’s, Maybelline, Versace, Yves Saint Laurent, os melhores da moda da sua época. Chegou a ganhar 10 mil dólares por dia e foi considerada a modelo mais bem paga do mundo durante três anos consecutivos. Seu único erro foi não conseguir lidar e equilibrar as suas relações afectivas – familiares e pessoais.
Insegura e carente, Gia encontrou na heroína o alento que não achou naquele que considerava o grande amor da sua vida, a maquilhadora Linda (Elizabeth Mitchell), e na falta de apoio dos pais. Sem sentir o apoio da família, e ignorada pelos amigos, Gia chega a uma inevitável decadência profissional, enquanto encara a crueldade da dependência química.
Baseado em factos reais o filme foi escrito por Jay McInnerney e Michael Cristofer. Os escândalos e problemas de Gia crescem a cada cena e isso confere ao filme, muitas vezes, uma certa excessividade, porém nunca perde o lado credível. As fragilidades da protagonista são expostas de forma bastante clara e pontual, seja na fotografia, na edição ou nos diálogos. O filme tem a proeza de misturar a luminosidade dos desfiles com a agonia pessoal da modelo. 
Angelina, que até àquele momento não tinha feito nada que a destacasse, começa a convencer com este trabalho intenso, vibrante e hipnótico, que ofusca os demais, até mesmo a actuação de Faye Dunaway, que é excelente, como a agente e amiga Wilhelmina Cooper.
Assim como Gia, linda e louca, Jolie também o era. Na época, a actriz dizia ter recusado o papel diversas vezes por se achar muito parecida com a personagem. E foi exactamente com este filme que ela conseguiu dinheiro, fama, respeito da crítica e do público, e a ambição dos estúdios, tornando-se um dos nomes mais cobiçados da indústria do cinema.
Mesmo com alguns tropeços, o filme de Michael Cristofer cumpre o objectivo, já que a própria Gia queria que a sua história fosse contada para alertar o mundo os perigos das drogas. Lançado em 1998, o filme rendeu dois Globos de Ouro (Actriz e Actriz Coadjuvante), um Emmy de Melhor Edição e foi indicado em mais cinco categorias, além de outros prêmios. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais um prémio para o documentário “48” de Susana Sousa Dias

O documentário "48", da realizadora Susana de Sousa Dias, sobre a tortura no Estado Novo, foi distinguido com uma menção especial do júri no Festival Internacional Punto de Vista, em Navarra, na Espanha.
O júri da sétima edição premiou o trabalho de Susana de Sousa Dias pelo "pelo seu uso evocativo e dialéctico das fotografias e das vozes dos prisioneiros políticos para sacudir o passado criminal e trágico" de Portugal, numa época complicada, o Estado Novo.
Com esta menção especial, a realizadora teve direito a um prémio no valor de 1250 euros.
Este é já o sexto prémio que o documentário recebe, depois de ter sido galardoado no ano passado com o prémio FIPRESCI, no Dok Leipzig, na Alemanha, e com o Grande Prémio do Cinema du Réel, em França, tendo também arrecadado o prémio Opus Bonum para Melhor Documentário Mundial no Festival Internacional do Filme Documentário de Jihlava, na República Checa.
Susana de Sousa Dias retrata o período histórico do Estado Novo, através dos testemunhos de antigos prisioneiros do regime de Salazar. O documentário "48" revela os testemunhos das pessoas entrevistadas pela realizadora, sobrepostos às fotografias a preto e branco que foram tiradas à época pela PIDE aos que foram detidos e torturados.
O filme, que estreia em Portugal a 31 de Março, já foi exibido em Londres, Paris, Belgrado, Pamplona, Bratislava, Nice e Cairo.