segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Discurso do Rei é o filme do ano nos Óscares

Quatro estatuetas douradas para a primeira obra do realizador Tom Hooper, que se estreou ao leme de O Discurso do Rei, que foi o grande vencedor da noite dos Óscares.
Além de melhor filme e realizador, O Discurso do Rei bateu os adversários noutras duas das categorias mais importantes, como melhor argumento original e actor. Natalie Portman conseguiu o Óscar para melhor actriz, arrebatando assim a sua primeira estatueta dourada à segunda nomeação.
Colin Firth também leva um Óscar para casa. Depois de ter sido batido por Jeff Bridges em 2010, na categoria de melhor actor, Firth virou a sorte a seu favor, ganhando nesta mesma categoria, para a qual Bridges também estava nomeado.
Em termos numéricos, O Discurso do Rei e A Origem ficam empatados e levam quatro prémios para casa. Seguem-se A Rede Social, com três Óscares e, empatados com dois prémios cada, o Último Round, Alice no País das Maravilhas e Toy Story 3.
Filme: O Discurso do Rei
Actor: Colin Firth, O Discurso do Rei
Actriz: Natalie Portman, Cisne Negro
Realizador: Tom Hooper, O Discurso do Rei
Fotografia: A Origem
Actriz Secundária: Melissa Leo, Último Round
Actor Secundário: Christian Bale, Último Round
Argumento adaptado: A Rede Social
Argumento original: O Discurso do Rei
Filme Estrangeiro: Num Mundo Melhor
Curta-Metragem de Animação: The Lost Thing
Longa-Metragem de Animação: Toy Story 3
Banda-Sonora original: A Rede Social
Canção Original: Randy Newman, Toy Story 3
Mistura de som: A Origem
Montagem de som: A Origem
Maquilhagem: O Lobisomem
Figurinos: Alice no País das Maravilhas
Documentário de curta-metragem: Strangers No More
Curta-metragem: God of Love
Documentário de longa-metragem: Inside Job - A Verdade da Crise
Efeitos visuais: A Origem
Cenografia: Alice no País das Maravilhas
Efeitos Visuais: A Origem
Melhor Montagem: A Rede Social

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Björk e Omar Souleyman trabalham em álbum conjunto

A cantora islandesa está a trabalhar num álbum na companhia do cantor sírio Omar Souleyman, a lançar na segunda metade do ano. Para quem não sabe, Souleyman é o rei do tecno árabe, uma verdadeira estrela no seu país, que tem vindo a conquistar o Ocidente nos três últimos anos, graças à acção da editora Sublime Frequencies. Portugal, inclusive: há dois anos, deu um recital na Fundação Gulbenkian e no ano passado esteve no Lux e na Casa da Música. Quem não esteve lá, paciência, porque o homem é um verdadeiro mestre-de-cerimónias, capaz de conquistar qualquer assistência com muito pouco. À primeira vista parece um encontro improvável entre Islândia e Síria, mas não custa acreditar que faz todo o sentido. 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Maria de Medeiros com direito a ciclo de cinema em Madrid

Catorze filmes integram o ciclo de cinema dedicado a Maria de Medeiros que será apresentado na Filmoteca Espanhola a partir de 1 de Março no âmbito da 7.ª edição do Festival Ellas Crean.
O programa inclui 11 filmes em que Maria de Medeiros interpretou algum papel - com obras de realizadores como João César Monteiro, Quentin Tarantino ou Teresa Villaverde, entre outros - e três filmes que realizou.
A actriz, realizadora e cantora portuguesa participará em pelo menos dois colóquios durante a mostra, a 10 de Março depois da apresentação de "Capitães de Abril" e no dia seguinte, depois da apresentação de "Três Irmãos", de Teresa Villaverde.
O festival reúne mais de 200 artistas de 15 países, com mais de 200 acções programadas.
O festival é uma iniciativa do Governo de Espanha, através do Ministério da Saúde, Política Social e Igualdade e a Sociedade Estatal de Acção Cultural, pretendendo mostrar a criatividade das mulheres.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

'Makulatur'

Uma fotografia tirada ao pai, em 2008, na última vez que o viu vivo, desencadeou a exposição que Paulo Nozolino inaugura na quinta-feira, dia 24 de Fevereiro, na Galeria Quadrado Azul, em Lisboa. Intitulada Makulatur e composta por doze fotografias apresentadas em seis dípticos, remete para uma reflexão sobre a vida, a morte e a perda. E a montagem da exposição reforça o poder das imagens. Para ver, até 21 de Abril.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Brit Awards

A banda canadiana Arcade Fire conquistou o prémio de Melhor Álbum Internacional e Melhor Banda Internacional, na edição deste ano dos Brit Awards, na noite de terça-feira, em Londres.
O rapper britânico Tinie Tempah, a par dos Arcade Fire, também foi um dos mais premiados ao ser eleito a Revelação Britânica do Ano, além de assinar a Melhor Canção de 2010, "Pass Out".
O prémio mais cobiçado da cerimónia, o de Melhor Álbum do Ano, foi entregue aos Mumford and Sons, por "Sigh No More", enquanto os Take That foram eleitos a Melhor Banda do Ano, vinte e um anos depois de se terem formado.
Plan B foi eleito o Melhor Artista Britânico Masculino e Laura Marling a Melhor Artista Britânica Feminino.
Depois da humilhação nos Grammys ao não arrecadar nenhum prémio, Justin Bieber foi eleito a Revelação Internacional do Ano.
A britânica Jessie J levou para casa o prémio da Escolha dos Críticos.
Todas as actuações da cerimónia estão agora disponíveis para download no Itunes e os lucros da venda vão reverter para a fundação Brits Trust, parceira dos prémios britânicos. Take That, Adele, Plan B, e Tempah são algumas das performances disponíveis.
Os Brit Awards premeiam o que de melhor se faz na música britânica e internacional, sendo uma referência para a indústria.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Yann Tiersen volta a Portugal em Maio

O músico francês Yann Tiersen regressa a Portugal em Maio para dois concertos em Lisboa e no Porto, onde apresentará o álbum "Dust Lane", revelou a promotora Smog.
No dia 05 de Maio estará na LX Factory, em Lisboa, e no dia 07 de Maio no Hard Club, no Porto.
Em "Dust Lane", sexto álbum, editado em 2010, Yann Tiersen entra num território da experimentação e da desconstrução da estrutura de uma canção, acrescentando-lhe camadas de instrumentos tendo em conta uma regra: esquecer as regras.
"Vamos jogar com o som, esquecer tudo o que sabemos e as habilidades em tocar instrumentos e usar apenas o instinto, da mesma forma que um punk fazia", escreveu Yann Tiersen em 2010, citado pela editora Anti Records.
"Dust Lane", gravado em casa, em Ouessant, França, é ainda um disco marcado pela morte da mãe e de um amigo de Yann Tiersen.
A última vez que Tiersen esteve em Portugal foi em 2009, quando deu três concertos esgotados na Figueira da Foz, Famalicão e Lisboa.
Eternamente rotulado como o compositor da música dos filmes "O fabuloso destino de Amélie Poulain" e "Adeus, Lenine!", Yann Tiersen já provou várias vezes que o seu trabalho não se resume a isso.
Teve formação clássica em piano e violino e integrou vários grupos rock, uma dualidade formativa que se reflecte na sonoridade do que compõe, pop de câmara com guitarra eléctrica intrusiva, pós-rock contaminado pela delicadeza do metalofone e do acordeão.
Da discografia destacam-se "L´absente" (2001) e "Les Retrouvailles" (2005), que contou com a participação de Stuart Staples e Jane Birkin.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

61ª Berlinale

Este ano, o Festival de Berlim não se esconde atrás das vedetas americanas convidadas para garantir passadeira vermelha: a 61ª Berlinale joga a fundo no cinema de autor.
A prová-lo está o título mais aguardado da competição: o novo filme do mestre húngaro Béla Tarr, cineasta raro e hermético que deu a entender ser “The Turin Horse”, rodado em preto e branco e inspirado pelo filósofo alemão Nietzsche, a sua retirada dos écrãs.
É certo que não faltam estrelas em Berlim: esta noite, Jeff Bridges, Josh Brolin e os irmãos Coen vêm apresentar o filme de abertura (fora de concurso), o western nomeado para os Óscares “Indomável”, e dois títulos a concurso trazem elencos de luxo.
“Margin Call”, independente americano igualmente na competição de Sundance, é uma história sobre o crash financeiro de 2008 com Jeremy Irons, Kevin Spacey, Stanley Tucci, Demi Moore e Paul Bettany (Irons, Spacey e Bettany estarão presentes); “Coriolanus” é uma actualização da peça de Shakespeare por John Logan, argumentista de “Gladiador”, com um elenco liderado por Ralph Fiennes (que também realiza), Vanessa Redgrave e Gerard Butler (vêm todos à passadeira vermelha).
Mas o grosso da selecção competitiva é, este ano, dedicada à descoberta, como Dieter Kosslick, director do certame, aponta na sua introdução ao programa, descrevendo a Berlinale 2011 como “uma exposição artística de cinema”, propondo aos espectadores descobrir “novas escritas de jovens realizadores” que enfrentam “as grandes questões da vida contemporânea”.
Parte significativa da selecção oficial consta de estreias, segundos filmes ou obras de cinematografias paralelas, mesmo que se reconheçam alguns habitués do festival.
São os casos do iraniano Asghar Farhadi (melhor realizador em 2009 por “About Elly”), do argentino Rodrigo Moreno (prémio Alfred Bauer em 2006 por “El Custodio”) e do americano Joshua Marston (prémio Alfred Bauer em 2004 por “Maria Cheia de Graça”).
Os seus novos filmes – respectivamente “Nader and Simin, a Separation”, “Un Mundo Misterioso” e “The Forgiveness of Blood” - vão ser certamente escrutinados com atenção para ver se a confiança que os júris de Berlim colocaram então nos seus autores foi justificada. Com especial atenção a Marston, que (para lá de alguns episódios televisivos e de um episódio no filme colectivo “New York I Love You”) não rodou nos sete anos que decorreram desde “Maria Cheia de Graça”.
A aposta na descoberta não deixou de ser lida com assinalável ironia (e algum alívio...) por uma imprensa local que passa a vida a queixar-se de que o certame fica sempre aquém das suas potencialidades.
O crítico do “Berliner Zeitung” Jens Balzer escrevia, numa coluna chamada “que raio se passa com a Berlinale?”, que “o programa competitivo tradicionalmente receado pelos visitantes não parece este ano tão mau como em anos anteriores: não há nenhum filme novo de Theo Angelopoulos, nenhum filme alemão sobre relações como 'Todos os Outros' e nenhum filme em que padres ou emigrantes nos incomodam com os seus problemas existenciais religiosos.”
A “prata da casa” traz este ano dois filmes a concurso, “Sleeping Sickness” de Ulrich Köhler e “If Not Us, Who?” do estreante Andreas Veiel, e dois “pesos-pesados” fora de concurso - “Pina”, que Wim Wenders realizou em 3D sobre obras de Pina Bausch, e “Cave of Forgotten Dreams”, o documentário (também em 3D) de Werner Herzog sobre as grutas de Lascaux.
Mas o mais interessante dos filmes alemães na programação é o tríptico “Dreileben”, apresentado na secção paralela Panorama. Nele, três cineastas afiliados com a chamada “Escola de Berlim”, Christian Petzold, Dominik Graf e Christoph Hochhäusler, propõem três filmes sobre um mesmo evento visto de três pontos de vista diferentes.
Também sob a bandeira alemã, há este ano uma presença portuguesa no certame: “Swans”, segunda longa-metragem do português Hugo Vieira da Silva (“Body Rice”), radicado há vários anos em Berlim, vai ser apresentada na secção paralela Forum. Trata-se de uma produção alemã, em co-produção portuguesa com a Contracosta de Francisco Villa-Lobos.
Em qualquer caso, o convite à descoberta não caiu em saco roto junto dos cinéfilos berlinenses. Antes sequer da abertura oficial das bilheteiras já se contabilizavam 32 mil bilhetes reservados online para um festival que vende cerca de 300 mil entradas. E e a bilheteira central instalada no centro comercial Arkaden de Potsdamer Platz, “centro nevrálgico” do festival, já apresentava muitas sessões esgotadas para os primeiros dias.  

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cisne Negro

"Cisne Negro" é um melodrama psicológico com toques de sexo, suspense e sobrenatural.
No centro de tudo está Nina (Natalie Portman), uma jovem bailarina perturbada e insegura que luta para ser a estrela de "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovski.
Nina é uma dançarina perfeccionista e fria. É capaz de interpretar o cisne branco com perfeição, mas falta-lhe a volúpia e a sensualidade necessárias para encarnar o oposto, o cisne negro.
O filme explora esta dualidade do bem e do mal. Nina precisa encontrar seu lado negro para ganhar o papel.
Assim como em "O Lutador" (2008), em que Mickey Rourke interpretava um decadente campeão de luta livre, o director Darren Aronofsky cria também aqui um personagem que precisa de ir ao limite das suas capacidades para se redescobrir.
"Cisne Negro" começa como um drama que vai ganhando proporções de delírio à medida que Nina vai desenvolvendo cada vez mais o seu papel.
"Cisne Negro" tem personagens riquíssimas, como o director do ballet (Vincent Cassel), um tirano sexualmente agressivo que seduz as dançarinas e tenta arrancar de Nina a paixão necessária para o papel;
Ou a sombria mãe de Nina (Barbara Hershey), uma ex-dançarina que projecta na filha as glórias que lhe escaparam; Ou ainda a sedutora Lily (Mila Kunis), a rival de Nina.
"Cisne Negro" seduz pelo 
jogo psicológico e sensorial de glória em busca da glória. Uma visão fantástica e surreal de dois prismas sobre acções e atitudes divergentes, mas acima de tudo, com um objectivo em comum. No entanto há uma generalizada obsessão entre branco e preto, entre o bem e o mal.  
Criei demasiadas expectativas. Realmente é um dos melhores filmes dos últimos anos mas não deixo de achar que Cisne Negro vive demasiado das obsessões de Darren Aronofsky ao tentar recriar "arte" e "profundidade", ao tentar infinitamente explorar o bem e o mal com o conflito entre as duas partes de Nina que culminam no 'suicídio' final. 
O Óscar será bem entregue a Natalie Portman.O brilhantismo da sua actuação pode finalmente premia-la. Cisne Negro é de Natalie.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tangled

Os primeiros minutos de Tangled são recheados de musiquinhas para criancinhas, não fosse este um filme de princesa da Disney. Ela é Rapunzel, que apesar de ser protagonista de um dos mais famosos contos de fadas dos Irmãos Grimm e de já ter sido retratada inúmeras vezes no cinema (“Shrek”;Barbie Rapunzel”), nunca antes ganhara tanto destaque com tamanho investimento.
Após a abertura fraquinha, a animação entra nos eixos e a história, assim como as piadas, começam a funcionar. Os elementos da história são recursos repetidos e antigos, mas a verdade é que o príncipe Flynn é a grande graça de “Tangled”, que possui outros personagens feito para divertir – como o camaleão da Rapunzel, mas que não chegam a ser tão brilhante.
Tangled” marca a estreia de Nathan Greno na direcção de longas metragens. Ele divide o cargo com Byron Howard, que antes dirigiu “Bolt”, uma das primeiras animações a serem lançadas em 3D, em 2008.
Esta Rapunzel da Disney é a continuação de uma boa sequência de filmes de princesa, iniciada com “Encantada” (2008) e “A Princesa e o Sapo” (2009).
É um longa divertida, de efeitos tridimensionais bem cuidados e visuais bonitos. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

“The Kids Are All Right”

“The Kids Are All Right” foi um dos maiores sucessos do Festival de Sundance de 2010 e tem recebido vários louvores por parte da crítica internacional que o considera um dos maiores candidatos ao Óscar de Melhor Filme, um estatuto claramente merecido até porque esta obra independente é indiscutivelmente um dos melhores filmes do ano. A sua incrível história é protagonizada por Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), um casal homossexual que recorreu à inseminação artificial para poder ter uma família completa. Os seus filhos, Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson), têm uma excelente relação com elas mas eventualmente chegam à conclusão que está na altura de conhecerem Paul (Mark Ruffalo), um homem boémio e descontraído que, tecnicamente e cientificamente, é o seu pai biológico. O filme questiona a viabilidade de um casal homossexual. O casal lésbico é, acima de tudo, um casal, apesar de ter as suas peculiaridades. Por isso, não questiona, mas mostra o dia-a-dia daquela família. E em nenhum ponto do conflito, nem mesmo quando os filhos procuram o pai biológico, o dador, levanta esse tipo de questões. Com elegância e maturidade, o filme não se cola a nenhum dos extremos: não é traçado um perfil desastroso daquela família, próximo da insolvência, mas também não se tenta provar a perfeição daquela família, só para defender a causa. Aquela família é tão disfuncional como outra qualquer. E está em crise aguda. A filha mais velha fez 18 anos e está prestes a sair de casa. O filho, de 15 anos, reúne todas as preocupações da adolescência. As mães atravessam uma crise de meia-idade. Tudo se agrava com a entrada em cena do dador, o pai biológico, que o filho insiste em conhecer. É uma personagem bem desenhada, que se torna a pessoa certa no momento certo e logo depois a pessoa errada no momento errado. Trata-se de um homem na casa dos quarenta, com ares de galã, sem relações estáveis, que vê ali de repente uma oportunidade para ter uma família, já criada e tudo, sem ter que passar pelas preocupações básicas. Esta vontade intuitiva acaba por se complementar com a fragilidade da personagem de Julianne Moore. O que mais conta é que o filme consegue tocar nos pontos certos de comoção e torna-se íntimo do público. Tem aquele encanto formal de outras obras do cinema independente norte-americano que abordam as famílias e as suas crises. E isto é conseguido através do primor de todos os seus ingredientes. A começar pelo argumento, muito bem construído, com boas personagens e diálogos. E com destaque para as interpretações. Os miúdos, Mia Wasikowska e Josh Hutcherson, são convincentes. O 'pai', Mark Ruffalo, que já tinha contracenado com Julian Moore em Ensaio sobre a Cegueira, consegue criar uma personagem riquíssima, sem ser excessiva. E as duas mães são perfeitas. Annete Bening está mesmo nomeada para o Óscar de Melhor Actriz. “The Kids Are All Right” é uma fantástica produção independente nomeado ao Óscar de Melhor Filme. Lisa Cholodenko conseguiu criar um maravilhoso retrato sobre a família moderna, um retrato que é brilhantemente interpretado por um elenco de luxo e que se destaca claramente dos restantes retratos familiares de Hollywood. Uma palavra ainda para a fantástica banda sonora, com alguns dos melhores da cena indie.