quarta-feira, 22 de março de 2017

Les Invités du 36


Obras de Iandy Charpentier Sculpteur, Valérie Voisembert e Sylvia Trouvé Peintre


Galeria 36 Quai des Arts
Até 31 Março
Niort

quinta-feira, 16 de março de 2017

terça-feira, 7 de março de 2017

MOONLIGHT

O melhor filme do ano de 2017 é apenas a segunda longa metragem do realizador Barry Jenkins. Moonlight é um filme americano que narra uma história tipicamente americana de uma forma quase europeia. A história é a de um negro americano que nasce num bairro problemático, tem uma mãe problemática e vive a paredes meias com a droga e a violência. Pelo meio o filme ainda esmiúça temáticas sociais como a homossexualidade e o bullying. Seria um desastre se esta história fosse narrada em tons cinéfilos puramente americanos. Seria mais um filme 'do ghetto'. Não o foi. E ainda bem. Barry Jenkins injeta em Moonlight uma boa dose de estilo contemplativo que 'sabe' quase a produto europeu. 
Com uma performance extraordinária de todo o elenco, o filme conduz-nos numa viagem ao interior das personagens (aos seus medos, frustrações, tristezas e desejos), e o tempo real é bem subestimado e reduzido a umas vendas ilegais de droga nas ruas. A fotografia e a música, mais eficazes que perfeitas, também nos encaminham diretamente para o mundo das personagens. Moonlight poderia ser um filme tão extraordinário quanto os seus atores. Mas não o é. Falta-lhe algo mais, falta-lhe profundidade. Moonlight é um belo cenário mas podia ser muito mais que a sua própria possibilidade.