sábado, 30 de abril de 2011

Onze filmes portugueses exibidos na Coreia do Sul

No âmbito da comemoração dos 50 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a Coreia do Sul, o Festival Internacional de Cinema de Jeonju preparou um programa especial sobre cinema português.

Realçando que o cinema português tem “uma história com uma tradição estética única” e que Portugal “tem produzido muitos mestres”, o festival lamenta, no seu sítio da Internet, que o público sul-coreano “nunca tenha tido a oportunidade” de ver os filmes portugueses.

Na secção Cinemascape/World Cinema, o festival destaca três longas-metragens produzidas em 2010, “O Filme do Desassossego”, de João Botelho, “Mistérios de Lisboa”, de Raoul Ruiz, e “O Estranho Caso de Angélica”, de Manoel de Oliveira, descrevendo-as como “obras-primas que mostram o poder estético do cinema português contemporâneo”.

“Painéis de São Vicente de Fora”, de Manoel de Oliveira, e “A History of Mutual Respect”, de Gabriel Abrantes, serão também mostrados nesta secção.

Já nas secções especiais os filmes estão divididos em dois programas, um dedicado à filmografia de António Reis e Margarida Cardoso e outro subordinado ao tema “O cinema português antes e depois da Revolução”, no qual vão ser mostrados oito filmes dos realizadores António da Cunha Telles, Paulo Rocha, Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, António Campos, João César Monteiro, João Tabarra, Rui Simões e João Botelho, estes dois últimos estarão presentes no festival.

As “11 gemas escondidas” que o festival de Jeonju inclui na sua programação, “ainda que tarde, vão levar os espectadores a um novo mundo”, acredita a organização. 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dia Mundial da Dança

Este dia foi criado como uma homenagem ao criador do ballet moderno, Jean Georges Noverre (1727-1810), em 1982, pelo Comité Internacional da Dança da UNESCO, com objectivo de chamar a atenção do público em geral para a importância da dança e incentivar o apoio por parte das entidades governamentais a esta arte.

A data é assinalada em todo o mundo com inúmeras iniciativas e Portugal não é excepção. Um pouco por todo o país multiplicam-se as iniciativas alusivas ao Dia Mundial da Dança.

A Ministra da Cultura, Grabriela Canavilhas, anunciou em comunicado que agendou para esta sexta-feira uma visita à Companhia Nacional de Bailado (CNB) e a apresentação da proposta do Estatuto do Bailarino elaborada pelo Ministério da Cultura (MC), no Teatro Camões, em Lisboa, onde assistirá também à estreia do espectáculo “Uma Coisa em Forma de Assim” - espectáculo com que o MC e a CNB celebram a data. Também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, assistirá a este espectáculo.

No Teatro da Trindade, em Lisboa, a coreógrafa alemã Pina Bausch é recordada através do documentário “À Procura da Dança: O Outro Teatro de Pina Bausch”(1992), de Patrícia Corboud, e do filme “A Sagração da Primavera”, de Pina Bausch e Pit Weyrich.

Também as ruas de Lisboa serão palco de iniciativas. Na Baixa e na Praça do Martim Moniz poderão assistir-se a várias intervenções performativas.

No Algarve, o Auditório de Olhão recebe o espectáculo “Absense” I, II, III, dirigido por José Laginha.

No Porto, o CACE Cultural do Porto apresenta o “Eurobatle”, um evento internacional de Hip-Hop, com a participação dos melhores dançarinos internacionais.

Workshops e outro tipo de iniciativas estendem-se durante todo o dia de norte a sul, como forma de apelar para a importância da dança e do trabalho de todos os dançarinos, não apenas neste dia, mas todos os dias.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Morreu o investigador que revolucionou a história dos Descobrimentos

Nos anos 40 do século passado, quando o salazarismo o afastou pela primeira vez do ensino universitário, Vitorino Magalhães Godinho rumou a Paris, para trabalhar na École Pratique des Hautes Études, onde veio a colaborar com os grandes nomes associados à Revue des Annales, que vinham promovendo uma renovação da historiografia, abrindo-a aos contributos das restantes ciências sociais. Conta-se que Fernand Braudel, impressionado com os conhecimentos do jovem português, que fora recomendado pelo então director do Instituto Francês em Lisboa, Pierre Hourcade, terá confessado: "Não há nada que se lhe possa ensinar".
O historiador, que morreu na terça-feira à noite em Lisboa, a dois meses de completar 93 anos, "tinha um grande prestígio nos meios académicos franceses", confirma o ensaísta Eduardo Lourenço, que o considera, a par do italiano Ruggero Romano, um dos dois historiadores "estrangeiros" mais importantes no grupo dos Annales.
A sua cultura enciclopédica é atestada por todos os que o conheceram, que também são unânimes em reconhecer que não era um homem de trato fácil. "Havia nele qualquer coisa de jansenista, era extremamente severo nos seus juízos sobre o comportamento das pessoas", diz Lourenço. Uma intransigência que o ex-ministro da Educação David Justino, colaborador de Godinho ao longo de mais de três décadas, atribui ao facto de este ter sido "um homem de carácter" e "um exemplo de ética republicana", alguém que "não tolerava desvios cívicos". Manuel Loff, um historiador da nova geração que vê em Godinho "o primeiro historiador moderno português", sugere, como ilustração caricatural da sua proverbial intransigência, que este "era do género de ler um livro e dizer ao autor: "Você é capaz de citar fulano? Nunca mais falo consigo"".
Com uma obra vastíssima e multifacetada, e na qual continuou a trabalhar quase até à sua última semana de vida, marcou de forma muito particular a historiografia da expansão portuguesa nos séculos XV e XVI, um tópico que começa a investigar ainda antes de partir para França e acerca do qual publicou diversos estudos, coroados pela monumental obra em vários volumes intitulada Os Descobrimentos e a Economia Mundial, desenvolvimento da sua tese de doutoramento, arguida por Braudel. Revisitando as fontes documentais, estudando as civilizações africanas no período que antecedeu a chegada dos portugueses e cruzando contributos da Geografia, da Economia e da Sociologia, Magalhães Godinho integra os Descobrimentos no pano de fundo da economia mundial, afastando-se do "viés patriótico", para usar a expressão de Manuel Loff, "que estava ainda muito presente em António Sérgio ou Jaime Cortesão".
David Justino crê que Godinho se antecipou mesmo ao seu mestre Braudel no "modo pioneiro como trabalhou sobre a economia mundializada", tomando como objecto "um mundo estruturado pelo fluxo das mercadorias e pelas rotas culturais". Uma abordagem que deixou teorizada numa célebre entrada do Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão, na qual desenvolve o conceito, ainda hoje instrumental, de "complexo histórico-geográfico".
Loff destaca uma outra entrada de Godinho para o mesmo dicionário, esta sobre a "sociedade portuguesa", que considera "uma obra-prima" pelo modo como o autor "desmistifica a existência de uma qualquer forma de construção nacional que tenha sido eficaz antes do século XX", distanciando-se da tese de que haveria uma nação portuguesa desde o século XII, cuja identidade teria tido confirmação em episódios como a crise de 1383-1385 ou a restauração de 1640.
Esta sua aversão aos mitos dificilmente poderia deixar de causar algumas reservas ao hexegeta por excelência das mitologias nacionais, Eduardo Lourenço, que, referindo o esforço de Godinho para limpar a História de qualquer metafísica, ajuiza: "A História era a sua metafísica".
Além do seu papel crucial na Universidade Nova, onde foi professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Magalhães Godinho esforçou-se genuinamente por colaborar na edificação do novo país que a Revolução dos Cravos prometia, desempenhando vários cargos públicos. Foi ministro da Educação e Cultura nos II e III Governos provisórios, liderados por Vasco Gonçalves, mas só aguentou cerca de meio ano. Lourenço observa, com malícia, que, nesses tempos do PREC, "terá percebido que a História é algo que a razão pode não ser capaz de apreender totalmente".
Nos anos 80 ainda foi director da Biblioteca Nacional, mas demitiu-se, queixando-se de interferências do poder político, e voltou à universidade. A sua última intervenção pública foi para se opor ao acordo ortográfico. "Foi ele que me contactou a sugerir que se criasse um movimento cívico contra o acordo", conta Vasco Graça-Moura, "e é um dos principais co-redactores da petição que lançámos".

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Feira do Livro de Lisboa abre amanhã


Já na 81.ª edição, a feira decorrerá no Parque Eduardo VII entre amanhã, dia 28 de Abril, até 15 de Maio, contando com 140 participantes que representam 450 editoras e chancelas, distribuídos por 240 pavilhões, acrescentando-se aos pavilhões indiferenciados do Grupo LeYa, os do Grupo Babel.
A feira mantém o figurino da edição anterior quer em termos de planta - quatro praças identificadas por cores, cada uma com um palco, um auditório, pavilhão de informação e o da câmara - bem como de animação e iniciativas.
O editor Francisco Espadinha, fundador da Editorial Presença há 50 anos, será homenageado no dia 11 de maio, haverá animação musical contando a APEL com a colaboração do Conservatório Nacional e da Orquestra Gerações, lançamentos de livros, conversas com autores e oficinas para os jovens.
Em cada um dos três domingos da feira haverá um debate sobre os melhores livros do ano divididos por Ficção, Não Ficção e Infanto-Juvenil.
O dia 5 de Maio será dedicado à Língua Portuguesa com um programa a anunciar da responsabilidade do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Previsto está também uma sessão com os escritores Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Mia Couto, que falarão das suas carreiras.

domingo, 17 de abril de 2011

Museu Berardo procura 19 quadros de Skapinakis

Quando, no final do ano passado, o Museu Berardo anunciou a programação para 2011 não escondeu as suas ambições: a 24 de Outubro inaugura-se aquela que quer ser "a mais ampla e significativa exposição" dedicada à obra de Nikias Skapinakis, artista de ascendência grega nascido em Lisboa, em 1931. Mas reunir a obra deste artista não tem sido tarefa fácil e, na última semana, o museu colocou na imprensa um anúncio procurando 19 quadros cujo paradeiro é desconhecido.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vera Mantero com Gilles Deleuze em Vila do Conde

Vera Mantero vai fazer em Vila do Conde a estreia nacional da sua nova criação, "O que podemos dizer do Pierre", a 21 de Maio. A peça, criada a partir de uma improvisação feita em 2006 no Balleteatro e mostrada pela primeira vez em Madrid no Festival Escena Contemporanea, tem interpretação da própria Mantero, que opera em cima e a partir da gravação de uma aula de Gilles Deleuze sobre Espinoza, num exercício de desconstrução do discurso filosófico. Depois da apresentação, a coreógrafa participa numa conversa sobre Deleuze, juntamente com o jornalista e crítico literário do "Expresso" António Guerreiro. 
A chegada de "O que podemos dizer do Pierre" ao Teatro Municipal de Vila do Conde resulta do alargamento, para uma base regular, das actividades da Circular, a associação promotora do festival de artes performativas com o mesmo nome. Já há mais projectos em curso, aliás: em colaboração com a Fundação de Serralves, a Circular convidou Deborah Hay a orientar o "Porto Solo Comission Project". A coreógrafa norte-americana passou parte do mês de Março em residência artística no Porto, transmitindo um dos seus solos, "Conquest", a um grupo de oito coreógrafos seleccionados por audição (António Júlio, Cristiana Rocha, David Marques, Joana von Mayer Trindade, João Martins, Jorge Gonçalves, Sofia Neves e Teresa Silva). O resultado do processo será apresentado ao público nos dias 30 de Junho e 2 de Julho, também no Teatro Municipal de Vila do Conde.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Festa do Cinema Italiano

A 8½ Festa do Cinema Italiano, que arranca hoje com um debate e uma festa de abertura, apresenta uma quarta edição mais descentralizada e "mais ambiciosa", segundo a organização.
Para além das exibições em Lisboa (14 a 21 de abril), Porto (29 de abril a 01 de maio) e Coimbra (27 a 29 de abril), o festival vai este ano também até ao Funchal (05 a 08 de maio).
Com 25 filmes, "quase todos ante-estreias", segundo o director artístico, Stefano Savio, o festival escolheu para filme de abertura, na sexta-feira, às 21:30, "La Prima Cosa Bella", de Paolo Virzi e candidato selecionado por Itália para concorrer ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.
Mas a 8½ Festa do Cinema Italiano começa já hoje, com um encontro entre os dois pianistas e compositores Ludovico Einaudi e Bernardo Sassetti, que irão falar sobre as suas experiências com o cinema, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, às 19:30. A partir das 21:00, segue-se a festa de abertura no Largo das Portas do Sol, em Lisboa.
A 8½ Festa do Cinema Italiano pretende ser "uma janela" sobre os filmes romanos, com o objectivo de aumentar a sua distribuição em Portugal.
Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, o festival terá também uma retrospectiva dedicada à "comédia à italiana", com a projecção de filmes de Dino Risi, Luigi Comencini, Antonio Pietrangeli eEttore Scola.

Para mais informações:
http://www.festadocinemaitaliano.com/

terça-feira, 12 de abril de 2011

Manuela Marques vence BES Photo 2011


Manuela Marques é a vencedora da 7.ª edição do prémio BES Photo. O nome foi divulgado esta noite de terça-feira numa cerimónia no Museu Berardo, onde estão expostos os trabalhos dos cinco finalistas.
Na edição deste ano estavam nomeados, além de Manuela Marques, Carlos Lobo (também Portugal), Kiluanji Kia Henda (Angola), Mário Macilau (Moçambique) e Mauro Restiffe (Brasil).
Os artistas seleccionados para o prémio BES Photo terão os seus trabalhos expostos no Museu Berardo até ao dia 13 de Junho e serão apresentados também na Pinacoteca de São Paulo, Brasil, entre 20 de Agosto e 23 de Outubro deste ano.
O prémio BES Photo resulta da parceria entre o BancoEspírito Santo e o Museu Berardo e nasceu há seis anos, com o objectivo de reconhecer artistas portugueses ou a residir em Portugal que tenham desenvolvido um trabalho fotográfico.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PANORAMA - Mostra do Documentário Português


Partindo da questão Como se relaciona o documentário português com o mundo de hoje?, a 5ª edição do PANORAMA – Mostra do Documentário Português mantém a premissa de sempre: reflectir sobre o documentário feito em Portugal e por portugueses. De 1 a 10 de Abril, no Cinema São Jorge, reflecte-se sobre o cinema de hoje e faz-se uma viagem pelos Percursos do Documentário Português, este ano dedicado ao PREC e ao cinema no Pós-Abril. Inês Sapeta Dias, programadora da mostra, contou  que "este ano o universo de filmes a considerar para a programação foi o maior de sempre: cerca de 160 filmes". E da programação destacou Assim Começa uma CooperativaNascer, Viver, Morrer Paradinha, Moimenta da BeiraDeus, Pátria, AutoridadeBom Povo Português e as estreias de Cátia SofiaItoculo 2009 e IP3.

Mais informações:
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 www.panorama.org.pt

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Frágil dedica serões de quinta-feira à poesia

O Frágil volta a dedicar um mês à poesia, uma iniciativa que começou em 2007, e que tem acontecido sempre em Março, quando se celebra, no dia 21, o Dia Mundial da Poesia. Mas ao contrário dos anos anteriores, este ano a iniciativa está agendada para o mês de Abril.
Poemas de Luís Carvalho, lidos pelos actores Filomena Cautela, João Reis e Ivo Canelas e o músico JP Simões, abrem esta quinta-feira o ciclo "Abril, Palavras Mil".
Até ao final do mês, no bar ouvir-se-ão ainda as palavras dos poetas Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e José Bação Leal, sempre às quintas-feiras a partir das 22:30.
Cada leitura e encenação é acompanhada por música criada propositadamente. Assim, na próxima quinta-feira Francisco Leal e Vítor Rua acompanham Filomena Cautela, João Reis, Ivo Canelas e JP Simões, seguindo a noite com DJ Vítor Silveira.
Na quinta-feira seguinte, dia 14, o actor Rui Morrison lerá Alberto Caeiro, acompanhado por música composta por Rodrigo Leão e que será interpretada pelo próprio, por Bruno Silva, Carlos Tony Gomes, Celina da Piedade e Viviena Tupikova. A noite segue com a música escolhida pelo DJ Jorge Caiado.
José Bação Leal é o poeta escolhido para quinta-feira, dia 21, que será lido por outro poeta, Luís Carvalho, acompanhado pela música de João Guimarães.
Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, lido pela actriz Carla Bolito, encerra quinta-feira, dia 28 "Abril, Palavras Mil". A música estará a cargo de Tó Trips e o resto da noite ficará a cargo do DJ Vítor Silveira.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Festival de Cannes divulga imagem do cartaz

Uma fotografia que Jerry Schatzberg tirou à actriz norte-americana Faye Dunaway em 1970 é a imagem escolhida pela organização do Festival de Cannes para o cartaz da sua 64ª edição.
"Modelo de sofisticação e elegância intemporal, Faye Dunaway representa o sonho do cinema que o Festival de Cannes quer manter", escreveu a organização num comunicado, justificando a sua opção.
Apesar de ser conhecido pelo seu trabalho no cinema, Jerry Schatzberg, realizador vencedor da Palma de Ouro em 1973 pelo filme "Scarecrow", também se destacou na fotografia, tendo fotografado Bob Dylan nos anos 1960, fotos que foram depois usadas em algumas capas de álbuns do artista, como "Blonde on Blonde" (1966).
O encontro entre o realizador e a actriz dá-se em 1970, ano da fotografia do cartaz, no primeiro filme de Jerry Schatzberg, "Puzzle of a Downfall Child". O filme foi restaurado pela Universal Pictures e vai ser distribuído em França no Outono. Para Cannes ficar reservada a estreia do filme restaurado com a presença do realizador e de Faye Dunaway.
A 64ª edição do Festival decorre ente 11 e 22 de Maio, com Robert De Niro como presidente de júri, Michel Gondry a presidir a competição de curtas e Emir Kusturica que presidirá ao júri da secção paralela ao festival, Un Certain Regard. O último filme de Woody Allen, "Midnight in Paris", terá como responsabilidade abrir o festival.