terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Electra


A coreógrafa Olga Roriz regressa ao seu longo percurso de solos, iniciado em (e com) "1988", nos quais revela sempre o seu cunho pessoal de autora e intérprete, fruto não do acaso ou circunstância mas antes de um encontro (e confronto) consigo própria.
Assim surge a personagem de "Electra", talvez num sonho, "colando-se à pele como uma saga". Ela é "uma mulher assustadoramente presente na sua ausência" que "nunca se expõe, apenas se dispõe", segundo a bailarina.
Electra obedece assim a uma lógica a que a coreógrafa já nos habituou: nos seus solos, Roriz dá pouca importância à narração da história, preferindo enaltecer os contornos das complexas personagens.

De 28 a 31 de Janeiro, no Teatro Camões (Lisboa).

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

7.ª edição do Jogo Contra a Pobreza


(Eu gostei de ver o Zidane...houve quem gostasse mais da Vitória e quem gostasse ainda mais do rapaz que estava no sítio certo mas no lugar errado).

domingo, 24 de janeiro de 2010

Tchétchénie, An III, de Jonathan Litell


Em Abril de 2009, Jonathan Littell fez uma viagem pela Tchetchénia, território que conheceu bem nos anos 90, quando trabalhava para a organização humanitária Action Against Hunger. O resultado pode ler-se em "Tchétchénie, An III", reportagem de 144 páginas publicada no fim de 2009 pela Gallimard.
Depois do horror de "As Benevolentes" - o romance de estreia de Littell, protagonizado por um nazi -, este é o retrato de "um terror cinzento", "mistura de esquecimento forçado e terror colectivo dominante", "uma atmosfera próxima da Rússia soviética dos anos 1937-1938, durante as purgas estalinistas", resume a revista "Transfuge", no seu número de Dezembro. E, apesar de o autor não ter sido autorizado a aproximar-se do presidente tchetcheno Ramzan Kadyrov, é também o retrato de um ditador que deve o seu lugar aos russos.
Em Grozni, a capital tchetchena, há hoje "restaurantes de sushi, grandes supermercados que vendem DVD, lojas de electrónica" e ao mesmo tempo, as pessoas desaparecem até de dia", contou Littell numa entrevista ao "Figaro". A repressão "acalmou em 2007", mas "degradou-se francamente em 2009". Os raptos de civis suspeitos de laços com os rebeldes "são cada vez mais frequentes", "alguns não voltam mais, outros voltam depois de terem sido torturados".
Por exemplo, Alik Dzhabrailov e a sua mulher Zarema Sadoulaeva, que defendiam crianças vítimas da guerra, apareceram mortos. Escreve Littell: "Mataram-no como se esvazia um caixote de lixo, e a sua mulher com ele, talvez porque ela tinha visto de mais. É tudo."
Não se trata da dissecação sanguinolenta de "As Benevolentes", distingue a "Transfuge": "Na Tchetchénia que ele descreve, o mal não vem de um carniceiro mas de um silencioso que mata na indiferança total." E é difícil saber onde está a realidade. "Quem sabe qualquer coisa de real? O real são duas balas na cabeça."

sábado, 23 de janeiro de 2010

O Reino dos Gatos



Um filme que conta a história de uma adolescente de 17 anos que fica espantada ao ver um gato a transportar um pequeno objecto na boca, vindo depois a salvá-lo. Nesse dia recebe a visita de uma delegação do Reino dos Gatos que a pressiona para se tornar noiva do príncipe gato. Um filme infantil brilhante com a magia única do mestre de animação japonesa Hayao Miyazaki.
Haru, é uma adolescente entediada e frustrada com a vida de estudante na Tóquio de hoje. Quando salva um gato da morte certa numa agitada estrada não faz ideia da extraordinária cadeia de eventos que vai despoletar. Pois o sortudo animal não é nada mais nada menos que o Príncipe Lune, herdeiro ao trono do estranho e encantador Reino dos Gatos. Haru viaja até este notável lugar. Lá, é coberta de presentes e impressionada pela gratidão dos seus felinos cidadãos. Mas quando sabe que o Rei Gato tenciona casá-la com o seu filho, Haru planeia a sua fuga com a ajuda do Barão Von Gikkingen e do seu leal subordinado.

REALIZADOR
Hiroyuki Morita

DOS CRIADORES DE "O CASTELO ANDANTE" e "A VIAGEM DE CHIHIRO"


Um dia desses - Adriana Calcanhotto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chakall



Bonito, cozinha bem, é excêntrico, tem um sotaque de arrepiar, um turbante sexy e muito sentido de humor. Bem, não terá ele defeito algum? Ui, quais Bimbys...eu quero é um Chakall!!!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Spot Publicitário

H2O!Suave com a pele, eficaz com os pêlos.
É bom saber que o futuro traz dinheiro...
É o prazer de chupar toda a energia de um dia de sol!
Muuuuuito pequeno...
Fique bem, fique Zenaï.
Espalhe esta novidade...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Billy Idol



(Cresci a ouvi-lo...a imagem dele lembra-me logo o poster colado no quarto do meu padrinho. Um dia tive a (in)feliz ideia de pintar o brinco do Billy com os meus lápis de cor. Bem, o meu padrinho discutiu muito comigo...até que um outro dia a minha avó arrancou aquele poster do quarto e substituiu-o por um santo qualquer!!! AHAHAH,senti-me vingada naquele dia e o meu padrinho ficou tão zangado que passou a trancar a porta do quarto.)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Globos de Ouro


CINEMA:
Melhor Filme – Drama:Avatar

Melhor Filme – Musical ou Comédia:
A Ressaca

Melhor Actor – Drama:
Jeff Bridges, por Crazy Heart

Melhor Actriz – Drama:
Sandra Bullock, por The Blind Side

Melhor Actor – Musical ou Comédia:
Robert Downey Jr., por Sherlock Holmes

Melhor Actriz – Musical ou Comédia:
Meryl Streep, por Julie & Julia

Melhor Actor Secundário:
Christoph Waltz, por Sacanas sem Lei

Melhor Actriz Secundária:
Mo’Nique, por Precious

Melhor Realizador:
James Cameron, por Avatar

Melhor Argumento:
Up in the Air

Melhor Canção Original:
The Weary Kind, do filme Crazy Heart

Melhor Banda Sonora:
Up – Altamente!

Melhor Filme Estrangeiro:
O Laço Branco

Melhor Filme de Animação:
Up – Altamente!

TELEVISÃO:
Melhor Actor em Mini-Série ou Filme para TV:
Kevin Bacon, por Taking Chance

Melhor Actriz em Mini-Série ou Filme para TV:
Drew Barrymore, por Grey Gardens

Melhor Actor em Série de TV Comédia ou Musical:
Alec Baldwin, por 30 Rock

Melhor Série de TV – Drama:
Mad Men

Melhor Actriz Secundária em Série de TV, Mini-Série ou Tele-filme:
Chlöe Sevigny, por Big Love

Melhor Actriz em Série de TV – Comédia ou Musical:
Toni Colette, por United States of Tara

Melhor Actor Secundário em Série de TV:
John Lithgow, por Dexter

Melhor Actor em Série de TV – Drama:
Michael C. Hall, por Dexter

Melhor Actriz em Série de TV – Drama:
Julianna Margulies, por The Good Wife

Melhor Mini-Série ou Filme feito para TV:
Grey Gardens

Melhor Série de TV – Comédia ou Musical:
Glee

domingo, 17 de janeiro de 2010

Marguerite Duras



Marguerite Duras nasceu em Gia Dinh, na Indochina (agora Vietnam), em 1914, onde passou a infância e a adolescência. A autora irá ficar profundamente marcada pela paisagem e pela vida da antiga colónia francesa, frequentemente referidas na sua obra literária.
O seu pai morreu quando tinha quatro anos de idade, e a sua mãe, uma professora, lutou arduamente para criar três filhos sozinha. Durante a adolescência, Marguerite Duras teve um caso com um homem chinês rico e retorna mais tarde a este período nos seus livros (nomeadamente O Amante e O Amante da China do Norte). Aos 17 anos viajou para França, onde estudou Direito e Ciência Política no Sorbonne, formando-se em 1935.
Durante a II Guerra Mundial, Marguerite Duras participou da Resistência Francesa, filiando-se também no partido comunista.
Duras publica os seu primeiros livros em 1943 e 1944. A partir de 1959 começa também a escrever argumentos para o cinema, dos quais "Hiroshima meu amor" é sem dúvida o mais conhecido e marcante. Em 1950, com "Uma barrangem contra o Pacífico", Duras esteve muito próxima de ganhar o Prémio Goncourt. É no entanto e apenas 30 anos depois que a injustiça lhe é reparada, ganhando o prémio por unanimidade com o romance "O Amante".
É uma autora muito fértil, com uma obra literária vastíssima, desde os romances aos argumentos cinematográficos. Afirma-se sempre com um estilo de beleza inconfundível, num tom duro e denso, por vezes até um pouco inacessível, mas sempre numa expressão profundamente genuína e humana das paixões, grandezas e misérias da vida.
Marguerite Duras é por excelência uma escritora da condição humana, mas contudo não procura utilizar a escrita como forma de redenção e/ou salvação; antes, a escrita é uma exigência urgente, um valor supremo em que reside, uma vontade bruta de falar de si. As suas obras estão repletas de descrições belíssimas e soberbamente envolvidas na ambiência exótica da paisagem oriental, não sem deixarem reconhecer uma intensidade angustiada e desesperada, oriunda de uma constante luta da autora com as questões do amor e da morte.
Durante a década de 1980, Marguerite Duras apaixona-se por Yann Andréa Steinner, um homem 38 anos mais novo. Duras viverá com Yann até à sua morte em 1996, mas não sem antes atravessar um duro período em que permaneceu junto do seu marida Robert Antelme, depois de este ter sobrevivido milagrosamente a uma captura pela Gestapo. Este período serviu de base para uma colecção de histórias curtas, intitulada "A Dor" (de 1985), um grito literário sobre a pressão em que viveu.
Um ciclo à volta da vida e obra da autora d' "O Amante" e uma retrospectiva dos seus filmes começam esta semana em Lisboa. È uma iniciativa concertada entre o Instituto Franco-Português (IFP) e a Cinemateca Portuguesa em Lisboa (com uma extensão já a decorrer na Casa das Artes de Famalicão) de revisitação da obra de Marguerite Duras (1914-1996).
O IFP até 28 de Janeiro reúne meia dúzia de filmes realizados com base na sua escrita ou à volta da sua vida. O programa abre, às 19h, com o documentário de Solveig Nordlund, onde a realizadora diz ter conseguido registar uma presença de Duras "diferente do que ela era oficialmente".
Na Cinemateca, uma retrospectiva alargada da obra cinematográfica de Duras vai começar na sexta-feira, com o mítico "India Song" (1975), e prolongar-se até Março.

sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A cidade

Nuno Lopes, Maria Rueff e Bruno Nogueira são apenas alguns dos nomes mediáticos que integram o elenco de "A Cidade", o espectáculo de Luís Miguel Cintra, que estreou no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, no dia 14 de Janeiro.
Construído a partir de textos de Aristófanes – que datam de há dois mil e quinhentos anos mas mantém toda a sua actualidade – o encenador Luís Miguel Cintra assina um espectáculo que problematiza a existência humana nas cidades. "A cidade" oferece um olhar atento, crítico, mas também divertido, sobre a forma como se vive o espaço urbano e as suas valências.
Co-produção entre a Cornucópia e o Teatro Municipal São Luiz, o trabalho conta também com música original de Eurico Carrapatoso, direcção musical de João Paulo Santos e, para além dos nomes já referidos, actores como Dinarte Branco, Gonçalo Waddington, Luísa Cruz, Marina Albuquerque e Teresa Madruga. Isto para além dos históricos da Cornucópia, como Márcia Breia ou o próprio Luís Miguel Cintra.
"A Cidade" estará em cena de 14 de Janeiro até 14 de Fevereiro, com bilhetes a custar entre os 12 e os 25 euros.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A avó Graça

A avó Graça tinha olhos azuis. Os olhos da minha avó eram azuis.
Azul era o céu da quinta da minha avó. A quinta verde de tecto azul tinha duas casas, casotas e bolotas. Galinhas e pintainhos.E pinhos, muitos pinhos. Cabras e cabritas...e na erva as pedras namoravam as caganitas. Tinha também uma cerejeira e castanheiros...e numa azinheira a minha avó falava-me de cueiros. Tinha feijão, batata e abóbora que rebentavam do chão. E tinha a casota do Noddy, o cão. Tinha ainda o rio, a ponte e o pontão.
A minha avó passava a ponte de madeira que abanava e o pontão que de Inverno o rio levava. Um dia a minha avó caiu da ponte, partiu um braço e desde então, os regressos à quinta diminuiam pelo cansaço.
Portanto, a avó ficou pela casa da aldeia que tinha uma porta rude e feia, pelo quintal com um galinheiro e uma casota para um novo rafeiro...Noddy, de nome igual ao primeiro.
Em casa da minha avó, depois da escola, eu e o meu primo brincávamos e jogávamos à bola. Á bola a minha avó não jogava, mas quando sentados à volta da lareira, a avó brincava e jogos ensinava. E falava, falava, falava... Nós a ouvi-la, continuavamos a brincar: os carros nas carpetes da sala a rolar, a bola na escada a saltar, eu a esconder-me no quarto até o meu primo me encontrar, e ele a esconder-se na sala e a rir ao ouvir-me chegar. A avó assistia a tudo isto sentada ou a trabalhar...por vezes denunciava-me e ajudava o meu primo a me encontrar. Outras vezes ajudava-me a mim a procurar.
A avó cozinhava muito bem. Eu gostava da sopa à hora de jantar. Eu e o meu primo transformávamo-nos em pescadores de legumes. A couve era o tubarão e a massa em forma de concha o berbigão. A brincar comiamos tudo sem dizer que não. Na lareira ao serão,a avó assava castanhas e bacalhau. "Mau, Mau", dizia o meu pai. "Pouco bacalhau que é salgado demais!" Porém, entre silenciosos sinais eu e a avó comunicávamos: "Chiu, amanhã há mais!"
E amanhã havia sempre mais... mais brincadeiras, mais sopa, mais conversas à lareira, mais castanhas e bacalhau, masi, mais e mais... até eu crescer demais para me esconder, até a sopa não se fazer e a brincadeira de pescador desaparecer. Só as conversas continuavam à lareira quando o frio espreitava ou à janela quando chovia, no sofá da sala quando a noite caía e à porta de casa quando o sol convidava.
A minha avó de olhos azuis, a cada dia que passava um cabelo branco ganhava. Até que a imagem dela entre nós (os dela) guardada, é a de uma avó de olhos bonitos e cabelo branco...tão branco como um manto de neve...leve, muito leve. Ela gostava muito da família, especialmente do meu pai. O meu pai era o seu filho preferido. Manuel, o protegido. E ai, se o meu pai não se sentasse com ela a conversar. Aí ela zangava-se e não evitava o constante refilar. Sim. Solitária não porque ela gostava que a fossem visitar. Ela gostava também de perguntar. Muito perguntava e não se esquecia de nada. Absolutamente nada. Curiosa? Sim! E preocupada. Gostava de estar sempre informada.
Ela gostava sobretudo de dar. Sim, ela gostava muito de dar. Eu gostava quando ela me dava bolachas e rebuçados. Os rebuçados e bolachas prendiam-me sempre a convívios passados. Ultimamente comia uma bolacha e maquinalmente encolhia de tamanho. Sentia que de novo conseguia sentar-me no banco rude e tacanho. Ah, o banco!!! Gosto tanto deste banco. Trincava um rebuçado e sentia que cabia no janelo da cozinha...o janelo que a avó fechava ao escurecer. Um dia eu coube naquele janelo.
Carne a minha avó não comia...mas os ovos e o bacalhau davam-lhe muita energia.
O Verão, a Páscoa, o Natal, e o dia 14 de Janeiro eram momentos especiais...com a convivência familiar as rugas eram apenas sinais.
Mas o tempo roubou-lhe a quinta, o Noddy, o galinheiro...e um dia os ovos e o bacalhau deixaram de lhe dar energia. Adoeceu primeiro...janeiro, fevereiro, março abril, maio, junho...Em Junho! Agora alegria só quando os netos via. Alegria em tons de azul, como os olhos dela. A 18 de Setembro partia.
Hoje reside na quinta...sim, creio que sim. Lá, na Samela. Sim, sim...é ela. Lá, depois do rio, da ponte e do pontão.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Adeus, Vadú



Tive a sorte de me cruzar com o Vadú na minha primeira viagem a Cabo Verde.Ele ensinou-me a sentir o batuque, a arriscar a dançar funaná, a beber grogue sem fazer caretas, a correr ao fim da tarde pela Gamboa sem ter medo dos cães... nha amigu di cross...
"Lua soma la riba na ceú trazem um luz pa lumia na caminho...." Iluminaste-me bem pela Praia. Obrigado.
Não vou chorar, vou ouvir a tua música.


Preta


Lá fora

2008-Jantar com Vadu no Quintal da Música

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Matar o tempo


"Secura de boca depois de arfar", 2009
téc. mista s/papel, 201 x 150 cm


"Pensas que o sexo terá importância?", 2009
téc..mista s/ papel, 199 x 124,5 cm


"Enxota-a (O pazesr não é difícil de aguentar)", 2009
téc. mista s/ papel, 150 x 190 cm


"Knowing the mind of the mugger and the mugged", 2009
téc. mista s/ papel, 126,5 x 200 cm

A história subjacente a estes trabalhos conta-se rapidamente. Ana Vidigal acompanhou há tempos a doença de uma pessoa próxima, e passava as horas de espera no hospital a realizar paciências nas folhas de jornais e revistas encontrados nas salas para acompanhantes de doentes. Esses desenhos, frequentemente estereotipados e sem qualidade artística notável, foram depois trazidos para o atelier, ampliados, intervencionados e transformados enfim no conjunto de pinturas que agora podemos ver na galeria 111 de Lisboa. Algumas destas peças estiveram já na representação portuguesa à Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, ainda este ano. Mas esta é a primeira vez que o público pode vê-las em Portugal, juntamente com a contextualização que a série de que fazem parte lhes proporciona.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Morreu a guardiã dos manuscritos de “O Diário de Anne Frank”


Tinha 100 anos e foi uma das pessoas que ajudou Anne Frank e a sua família a esconderem-se dos nazis. Miep Gies, guardiã dos manuscritos que deram origem ao clássico universal "O Diário de Anne Frank", durante a II Guerra Mundial, morreu hoje, na Holanda, na sequência de uma queda que deu por altura do Natal.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Guarda-Nocturno

Lisboa adormece
Acendem-se os candeeiros de rua
O castelo lá do alto espreita cada esquina semi-iluminada de Alfama
Reconhece cada vulto e cada sombra que de noite se agitam
Mas é do Tejo que ele mais sabe
Porque é ele que lhe lava a alma sempre que Lisboa amanhece.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

(Des)Esperar


21 coisas estúpidas para se fazer numa sala de espera hospitalar, enquanto espera ou desespera até ser atendido (como foi hoje o meu caso, que passei a tarde toda no Hospital de Santa Maria):

1. Comentar na sala de espera: “Porra, vem ali uma maca que é tripa para todo o lado”.
2. Distribuir volantes com preços e condições de planos de saúde da rede particular.
3. Deitar-se no chão, similar uma convulsão e, quando for atendido, dizer que é um “laboratório” para o grupo de teatro do qual você faz parte.
4. Ir até o Balcão de atendimento e perguntar se o Serviço de Amputações precisa de um Homem do talho com experiência.
5. Gritar do nada: Achei um rim, é de alguém?
6. Promover um jogo de futebol “Enfermeiros X Médicos” enquanto os doentes não são atendidos.
7. Passar uma rasteira num Doutor da Alegria.
8. Dizer a uma enfermeira que dar uma trepa a “profissionais de branco” é o seu sonho sexual mais recorrente.
9. Pedir para gelar uma latinha de cerveja no refrigerador de vacinas.
10. Confiscar uma cadeira de rodas e fazer cavalinho no meio da sala de espera da sala de espera.
11. Perguntar a um médico porque é que se chama àquele sitio “Pronto-Socorro” se ninguém é prontamente socorrido há mais de dezesseis horas.
12. Sentar numa cadeira da sala de espera e fingir-se de morto.
13. Fazer “uóóóómmmmmmmmm” bem alto com a boca cada vez que uma ambulância estacionar no pátio.
14. Pedir emprestado uma muleta, subir para cima do balcão e imitar o Jimi Hendrix.
15. De cinco em cinco minutos, levantar-se e fingir que vai vomitar sobre as pessoas.
16. Com um baton fazer pintas vermelhos no rosto, pescoço e braços e sair cumprimentando toda a gente dizendo: “Prazer, varíola”.
17. Vestir uma camisa-de-forças e andar naturalmente pelas salas do hospital.
18. Levar uma marmita e pedir para aquecê-la na estufa do hospital.
19. Num momento mais silencioso do atendimento aproximar-se de uma enfermeira e dizer em alto e bom som: “COMO ASSIM, MORREU?!”
20. Levar um rádio e ficar a ouvir um programa de música pimba aos altos berros.
21. Fazer um inquérito a alguns funcionários do hospital: “quem é concursado aqui e quem arranjou o emprego por ter um deputado amigo?”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Avatar

Sem dúvida um grande filme. O filme convida o público a conhecer um mundo que foi idealizado pelo realizador. Este mundo está carregado de críticas à nossa sociedade, desde a destruição da natureza, à destruição da condição humana (através da guerra e da sede pelo dinheiro).
De um lado o mundo idealizado pelo realizador, em que as pessoas têm uma grande ligação à natureza e à espiritualidade. Do outro lado os humanos, que não olham a meios para atingir fins. James Cameron criou um universo dentro da sua cabeça e quis-nos convidar a visitá-lo, sem segundas intenções que não a de nos mostrar um espectáculo que nunca vimos antes. Recomendo!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lacerda



P.S:Teixeira, já colocavas uma postagem do Lacerda no Estrelas do Pequeno Mundo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

300


O filme 300 conta a famosa história da Batalha de Thermopylae (quantas vezes adormeci na cadeira de História Militar embalada por esta luta), onde o rei Leônidas e 300 guerreiros espartanos lutam contra o poderoso exército do rei Xerxes. No fim, todos morrem,porém, acabam por quebrar a soberba do império persa e acabam também por inspirar a Grécia na luta pela unificação e democracia.
Não há como negar que 300 é um filme visualmente bem feito. Porém, em termos históricos, deixa muito a desejar. Isto porque o filme não foi inspirado na História mas sim na mini-série de quadrinhos 300 de Esparta, de Frank Miller. Os vilões parecem ser mitológicos e assustadores, o rei Xerxes( interpretado por Rodrigo Santoro) é muito feminino e a visão da antiga Pérsia está algo errada e deturpada.
Mas 300 cativou-me (vi-o hoje na RTP1) pelos planos, pelos movimentos de câmara, pelos sons, pelas imagens... Em 300 não interessa o rigor histórico, o que importa é passar o espírito, a alma e força dos quadradinhos de Miller.
Em 300 destaca-se a interpretação de Gerard Butler que dá vida ao rei Leónidas, a música e a fotografia.