domingo, 29 de maio de 2011

Abraços desfeitos

O "trailer" de "Abraços Desfeitos" é quase uma assombração do filme, com a sua montagem pontuada por fundidos a negro e baseada em planos de sentido indecifrável, que pouco ou nada explicam da intriga - o plano de um cego a tactear o percurso num corredor iluminado ou abertura sobre uma fotografia a preto e branco de Penélope Cruz. 
Ora aí está, portanto, um "trailer" capaz de criar uma aura de mistério em torno de um filme. Infelizmente, o filme tem menos mistério. Há já uns anos que se tem a sensação de que Almodóvar se anda a mastigar, a "fazer Almodóvar" porque o que se espera dele é que faça "Almodóvar". 
Com um argumento que mergulha em cheio nos temas e nos hábitos do Almodóvar de melodrama "sério"  "Abraços Desfeitos" é singularmente falho de imaginação, com demasiada coisa a ser decidida em diálogos ensossos. Sobre-escrito, seguramente, mas também sobre-explicado, com notas de rodapé "esclarecedoras" mas metidas a martelo.
E voltamos ao princípio: ver os planos do "trailer" integrados no contexto do filme é desapontante. Afinal, não tinham mistério nenhum. Isto é só meia piada: o "trailer" é melhor que o filme. 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quatro obras portuguesas nas 50 finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011

Obras dos escritores portugueses Gonçalo M. Tavares, Inês Pedrosa, João Tordo, E. M. de Melo e Castro, do angolano José Eduardo Agualusa e dos brasileiros Adélia Prado, Cristóvão Tezza, Dalton Trevisan, João Paulo Cuenca e Lourenço Mutarelli estão entre os 50 finalistas Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2011. Foram escolhidos entre as 380 obras inscritas.
Em Setembro, o júri irá escolher os dez livros finalistas entre os 50 seleccionados. Em Novembro serão conhecidos os três vencedores do prémio que o ano passado foi atribuído a "Leite Derramado", de Chico Buarque, numa cerimónia em São Paulo, apresentada por Jô Soares e onde foi homenageado o Prémio Nobel da Literatura português, José Saramago.
O anúncio foi feito ontem à noite no Palácio de São Clemente, no Rio de Janeiro. "Esse ano marcam presença jovens escritores que representam um sopro renovador na ficção, assim como a poesia a comparecer em peso, com quase um terço dos títulos, e a presença significativa do discurso da memória em boa parte das obras seleccionadas, narrativas memorialistas, autobiográficas, que caracterizam o amadurecimento do género no Brasil e a conquista de um espaço entre o público brasileiro", lê-se no comunicado de imprensa.
Ao lado de "Uma Viagem à Índia", de Gonçalo M. Tavares (editado na Leya Brasil); "Milagrário Pessoal", de José Eduardo Agualusa (ed. Língua Geral); "Os Íntimos", de Inês Pedrosa (Objetiva); "As Três Vidas", de João Tordo (Língua Geral); "Neo-Poemas-Pagãos", de E.M. de Melo e Castro (Annablume) estão as obras "A Duração do Dia", de Adélia Prado (record); "Um Erro Emocional", de Cristóvão Tezza (Record); "Anjo das Ondas", de João Gilberto Noll, "Desgracida", de Dalton Trevisan (Record); "Ribamar", de José Castello (Bertrand Brasil); "N.D.A", de Arnaldo Antunes (iluminuras); "Esquimó", de Fabrício Corsaletti (Companhia das Letras); "O Único Final Feliz para uma história de Amor", de João Paulo Cuenca (Companhia das Letras), "Uma História à Margem", de Chacal (7Letras), "Nada me Faltará", de Lourenço Mutarelli entre outros. A lista completa pode ser consultada no site do Prémio Literário Portugal Telecom.


domingo, 22 de maio de 2011

Vencedores do Cannes 2011


* PALMA DE OURO - A ÁRVORE DA VIDA, de Terrence Malick (EUA)
* GRANDE PRÉMIO DO JURI (ex-aequo) - LE GAMIN AU VELO, de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica) e ONCE UPON A TIME IN ANATOLIA, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
* REALIZACÃO - Nicolas Winding Refn, por DRIVE (EUA)
* ACTOR - Jean Dujardin em THE ARTIST, de Michel Hazanavicius (Franca)
* ACTRIZ - Kirsten Dunst em MELANCHOLIA, de Lars von Trier (Dinamarca)
* ARGUMENTO - Joseph Cedar, por FOOTNOTE, de Joseph Cedar (Israel)
* PREMIO DO JURI - POLISSE, de Maiwenn (Franca)
* PALMA DE OURO (curtas-metragens) - CROSS, de Maryna Vroda (Ucrania)
* CÂMARA DE OURO (primeiras obras) - LAS ACACIAS, de Pablo Giorgelli (Argentina)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Isabelle Adjani vai filmar a vida de Berthe Morisot


Não causará surpresa que a actriz que já interpretou as personagens de Adèle H. (no filme homónimo de François Truffaut, de 1975), filha de Victor Hugo, e de Camille Claudel (dirigida por Bruno Nuytten, em 1988), irmã de Paul Claudel e discípula, modelo e amante de Auguste Rodin, queira agora regressar a essas décadas loucas do final do século XIX francês, quando um grupo de artistas de diferentes disciplinas mudou os paradigmas da arte.
Desta vez, não será, contudo, na qualidade de intérprete, mas na de realizadora, que Isabelle Adjani vai voltar a viajar até esse tempo, recriando para o grande ecrã a vida e a obra de Berthe Morisot, a pintora que integrou o núcleo fundador do movimento impressionista, mas que ficaria para a História mais conhecida como uma das modelos de Edouard Manet. Será a adaptação do romance biográfico de Dominique Bona, "Berthe Morisot, le Secret de la Femme en Noir" (edição Grasset). A notícia foi avançada pela AFP, que cita a produtora Louisa Maurin dizendo que o projecto está ainda em fase de pré-produção e que a rodagem deverá começar até final do ano.
Adjani confessou que desde sempre se sentiu apaixonada por Berthe Morisot, "como artista e como mulher", e que a possibilidade de concretizar este projecto a "enche de felicidade". Ao título do livro de Dominique Bona não é certamente estranha a imagem que temos de Berthe Morisot (1841-1895) principalmente como modelo de Manet - "a mulher de preto" de "Berthe Morisot au bouquet de violettes" (1872), pintura que faz a capa de um dos catálogos da exposição "Manet, Inventor do Moderno", actualmente visitável no Museu de Orsay, em Paris.
O preto é, de facto, a cor dominante da imagem desta mulher de beleza secreta, que acabaria por casar com o irmão de pintor, Eugène Manet. Mas Berthe Morisot foi também a única mulher a integrar o núcleo dos pintores - Jacob Pissaro, Edgar Degas, Paul Cézanne, Claude Monet e Pierre- Auguste Renoir, para citar só os que ficaram consagrados na História da Arte - que a certa altura se cansaram de ser sucessivamente excluídos do Salão da Academia de Belas Artes de Paris e decidiram correr por conta própria, organizando uma exposição autónoma no atelier do pioneiro da fotografia Felix Nadar.
Essa exposição foi inaugurada no dia 25 de Abril de 1874, que ficaria para a História como a data do nascimento do Impressionismo. Nos anos seguintes, Berthe Morisot continuou a pintar e a expor com os seus amigos. Mas a sua obra ficaria quase sempre na sombra da sua própria beleza, e da aura de secretismo que lhe foi concedida pela pintura de Manet. S.C.A.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Kathryn Bigelow a caminho do MoMA

Kathryn Bigelow pode ser a única realizadora vencedora de um Oscar com um passado de artista plástica e de estudante de semiótica, mas é precisamente por aí que o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) lhe vai dedicar uma retrospectiva integral e uma exposição. Entre 18 de Maio e 3 de Outubro, o museu recebe "Crafting Genre: Kathryn Bigelow", uma exposição de cartazes, adereços, desenhos conceptuais, guiões de trabalho e "storyboards" dos seus filmes, traçando a linha que vai da sua educação formal como artista plástica e conceptual ao cinema dinâmico e cinético que lhe valeu o "scar em 2010 por "Estado de Guerra". 
Em paralelo, entre 1 de Junho e 13 de Agosto, o museu exibe a integral da sua obra filmada, incluindo não apenas o seu primeiro filme, "The Loveless", raramente visto hoje em dia, como a sua célebre curta "Set-Up" (sobrepondo uma discussão semiótica a imagens de luta), bem como os seus filmes mais conhecidos como "Ruptura Explosiva", "Estranhos Prazeres" e "K-19".

domingo, 15 de maio de 2011

Indie Lisboa 2011: os prémios

Foram já revelados quais os vencedores da edição 2011 do Indie Lisboa. O filme de Marie Loisier The Ballad Of Genesis and Lady Jaye  venceu o Grande Prémio. 
Destaque ainda na premiação para a vitória da dupla João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata com Alvorada Vermelha na categoria de curtas-metragens nacionais.
Todo o palmarés:

Longas-metragens:
Grande prémio — “The Ballad of Genesis and Lady Jaye”, de Marie Losier (EUA)
Menção honrosa – “La BM du Seigneur”, de Jean-François Hue (França)
Melhor longa portuguesa – “Linha Vermelha”, de José Filipe Costa
Prémio de distribuição – “Morgen”, de Marian Crisan (Roménia/França/Hungria)

Curtas-metragens:
Grande prémio – “The Story of Elfranko Wessels”, de Erik Moskowitz e Armanda Trager (EUA/Canadá)
Menção honrosa – “Diane Wellington”, de Arnaud des Pallières (França), “La Forêt”, de Lionel Rupp (Suiça), e “The Painting Sellers”, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
Melhor curta portuguesa – “Alvorada Vermelha”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Melhor realizador de curta portuguesa – Gabriel Abrantes e Benjamin Crotty, por “Liberdade”, e Marco Martins e Filipa César, por “Insert”

IndieJunior:
Melhor filme – “My Good Enemy”, de Oliver Ussing (Dinamarca)
Menção honrosa – “Les Mains en l'air”, de Romain Goupil , e “Cul de Bouteille”, de Jean-Claude Rozec (ambos França)

Prémios do público:
Longa-metragem – “Cleveland vs Wall Street”, de Jean-Stéphane Bron (Suiça/França)
Curta-metragem – “Paris Shanghai”, de Thomas Cailley (França)
IndieJunior – “Things You'd Better Not Mix Up”, de Joost Lieuwma (Holanda)

Prémio RTP Pulsar do Mundo: “I'll Forget This Day”, de Alina Rudnitskaya (Rússia)
Prémio SIGNIS: “La Ilusión te Queda”, de Márcio Laranjeira e Francisco Lezama (Portugal/Argentina)
Prémio Amnistia Internacional: “Cleveland vs Wall Street”
Prémio TAP: “O Que Há de Novo no Amor?”, de Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Tiago Nunes, Hugo Alves, Rui Santos e Patrícia Raposo, e “Eden”, de Daniel Blaufuks (ambos Portugal)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O Lisboa-Dakar de David Adjaye

De que são feitas as cidades africanas? De mesquitas e "souks", de igrejas e moderníssimos centros comerciais, de influências europeias do modernismo à Art Déco, de apartamentos de luxo e subúrbios de miséria, de planeamento e de caos, de natureza e de guerra, de pós-guerra e de esperanças renascidas.
Durante dez anos, David Adjaye, arquitecto britânico nascido em 1966 na Tanzânia, viajou pelas capitais africanas e fotografou-as. São essas imagens, e o seu olhar sobre a matéria da qual são feitas as cidades em África, que chegam agora a Lisboa na exposição "Urban Africa - Uma viagem fotográfica por David Adjaye", organizada originalmente pelo Design Museum de Londres e trazida a Portugal pelo Africa.cont. Estará de 25 de Maio a 31 de Julho no Pavilhão Preto do Museu da Cidade.

É um retrato da África urbana que parte de uma procura pessoal "motivada pelo escasso conhecimento existente dos ambientes construídos no continente africano", explica o texto de apresentação. Não é um estudo académico, mas sim o ponto de vista de um arquitecto (que tem um projecto previsto para Lisboa, precisamente a sede do África.cont), com as suas preocupações próprias, sobre a imensa diversidade do continente em que nasceu.

"Procuro uma certa ingenuidade, procuro ser surpreendido", explica Adjaye. "Esta posição volátil permite-me observar de forma mais exacta. Quando aterro num lugar, entro num táxi local e passo o dia inteiro a deslocar-me de um lado para o outro da cidade. Identifico a escala da cidade e os seus critérios-chave. Não se trata de encontrar edifícios de que gosto ou que acho interessantes; tento honestamente descobrir onde se encontra a arquitectura civil, onde se encontra a arquitectura comercial e onde se encontra a arquitectura residencial e, devido à câmara digital, fotografo o que existe, o que vejo".

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Woody Allen na abertura de Cannes


A 64ª edição do festival de Cinema de Cannes começa hoje, quarta-feira, e prolonga-se até ao dia 22. A abertura oficial ficará por conta de Woody Allen com a estreia do filme 'Midnight in Paris', que conta com uma pequena participação da primeira-dama francesa, mas Carla Bruni já fez saber que não estará presente.
A presença de Brad Pitt e Angelina Jolie, Penelope Cruz e Johnny Depp, a estreia de novos filmes de Pedro Almodóvar, Nani Moretti ou Terence Malick fazem do Festival de Cinema de Cannes, em França, um dos mais festivos do mundo.
Este ano a organização recebeu mais de 1 700 filmes de todo o mundo e seleccionou apenas 54, que espelham, afirmou o director Thierry Frémaux, "uma grande diversidade geográfica, geracional e estilística".
Pela Palma de Ouro competem este ano 20 filmes, entre os quais 'La piel que habito', de Pedro Almodóvar, 'Habemus Papam', de Nanni Moretti, 'The Tree of Life', de Terrence Malick, 'Melancholia', de Lars von Trier, e 'Le Gamin au Vélo', dos irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne.
O júri que atribui a Palma de Ouro é presidido por Robert de Niro, enquanto Emir Kusturica preside à secção "Um certo olhar". Esta secção abrirá com o filme 'Restless', de Gus van Sant.
Fora de competição serão também exibidos, em estreia, por exemplo, 'The Beaver', de Jodie Foster e com Mel Gibson, e 'Piratas das Caraíbas: On Strange Tides', de Rob Marshall, o quarto da série protagonizada por Johnny Depp e que nesta aventura conta com Penelope Cruz.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Visitas guiadas e animação com entradas gratuitas

Originalmente criada na França, em 2005, a Noite dos Museus passou a ser também anualmente celebrada em Portugal, e tem tido uma adesão crescente de museus e palácios tutelados pelo Instituto dos Museu e da Conservação (IMC) e da Rede Portuguesa de Museus (RPM), dispersos por todo o país.
No Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, as entradas serão igualmente gratuitas entre as 10:00 e as 18:00, segundo o IMC.
Na Noite dos Museus, a Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, inaugura uma exposição com obras de Ana Pissarra, Cristina d' Eça Leal, Flávia Vieira, Rachel Korman e Tiago Mestre.
O Museu da Água promove, pelas 20:30, uma travessia do Vale de Alcântara com observação de algumas espécies de animais no parque florestal de Monsanto e uma visita ao Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, às 21:30, com passagem pela exposição de Guilherme Parente intitulada "O Barco do Rei".
Também em Lisboa, no Museu Arpad Szenes Vieira da Silva, a partir das 11:00 há música, teatro e contos com a narradora Ágata Mandillo, e no Museu da Música, às 18:00, abre uma exposição de memórias musicais.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Última obra de Malangatana está em leilão até Julho

O carro está agora a ser leiloado na Internet, num site especialmente criado para o evento (http://malangatana.sapo.mz/?lang=pt), e as receitas reverterão para o desenvolvimento da cultura e da arte moçambicanas através da formação aos mais jovens e carenciados, apoiados pela Fundação Malangatana.

“É a concretização do sonho do mestre Malangatana, que é melhorar as condições de vida das crianças, dando-lhes arte e cultura”, disse, citado pela Angola Press, no lançamento do leilão Mutxine Ngwenya, filho mais velho do pintor.

O leilão, aberto ao mundo até ao dia 6 de Maio, começou com uma licitação de 25 mil dólares (cerca de 17 mil euros) e vai já em 150 mil dólares (105 mil euros), oferta de um banco moçambicano detido pelo grupo português Caixa Geral de Depósitos, anunciou esta segunda-feira o site.

A ideia de pintar um Fiat 500 surgiu em Agosto depois de o moçambicano ter conhecido o representante da marca italiana em Maputo e lhe ter lançado o desafio. Desde aí que Malangatana foi desenvolvendo o seu trabalho, apresentando no carro em tons de vermelho, símbolos africanos, associados à natureza e à tradição moçambicana. No tablier, em alumínio, surge a assinatura do pintor na obra a que deu o nome de “Italiana”.

O pintor moçambicano morreu aos 74 anos, no início de Janeiro, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, vítima de doença prolongada. Malangatana é considerado um dos maiores representantes da arte africana, conhecido internacionalmente.

sábado, 7 de maio de 2011

2001

Pois é, a vontade não era muita, mas depois de um jantar seguido de uns copos num barzinho, lá me convenceram a ir a um sítio que eu desconhecia, a catedral do Rock "Discoteca 2001".
Foi uma noite fantástica, com uma musica que quem conhece sabe bem como é.
Depois as famosas cenas caricatas: duas miúdas enroladas, dois homens a fazerem voar garrafas de cerveja, tudo isto adivinhem porquê? Por causa de uma mulher :).
Quando saímos, já eram sete horas, e lá fomos a caminho da pastelaria ( sim a fome era muita). 
Enfim, diverti-me tanto, que cheguei a casa quase ás 8 da manhã!


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aretha regressa, oito anos depois

Aretha Franklin é uma lutadora, uma mulher de armas. Resumindo: "Respect", como cantou ela mesma em 1967, transformando o original de Otis Redding na sua assinatura. Assim sendo, não devemos surpreender-nos com as notícias que nos chegam. Depois de em Dezembro ter cancelado todos os seus compromissos devido a uma doença não especificada - fontes familiares, contudo, revelaram que a cantora sofria de cancro no pâncreas -, e depois de em Janeiro ter sido operada e de ter declarado que a operação fora um sucesso, Aretha anunciou que tem um novo álbum, o seu primeiro desde "So Damn Happy" (2003), com data de edição global marcada para 3 de Junho, depois de um mês em distribuição exclusiva pela cadeia de supermercados Walmart. Intitula-se "Aretha: A Woman Falling Out Of Love" e foi produzido pela cantora com a ajuda dos filhos Eddie e Kecalf. Será, segundo a própria, um álbum de regresso às raízes, mas com traços contemporâneos, e nele poderemos ouvir, por exemplo, uma versão de "Sweet sixteen", de BB King, ou o hino gospel "His eye is on the sparrow".

terça-feira, 3 de maio de 2011

Festival Cinema Indie arranca dia 5 de Maio




A edição deste ano do Festival de Cinema IndieLisboa 2011, embora mais reduzida, conta com uma selecção rigorosa da melhor produção nacional e estrangeira, apresentada na sua quase totalidade em estreia absoluta em Portugal, refere uma nota da organização.

Os vários filmes que integram a programação desta edição dividem-se pelas secções oficiais (Competição Internacional, Observatório, Cinema Emergente, Pulsar do Mundo e IndieJúnior) e outras (Director’s Cut, IndieMusic e Sessões Especiais).
Os filmes serão exibidos no Cinema São Jorge, Culturgest, Teatro do Bairro e Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, onde será apresentada a retrospectiva dedicada a Júlio Bressane, o Herói Independente deste ano, numa primeira e muito desejada colaboração entre esta entidade e o IndieLisboa.


Aceda aqui ao programa.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desassossego

O filme de João Botelho é admirável. Admirável, sim, mas não perfeito.
Perfeita só mesmo a interpretação de Cláudio Silva no papel do ajudante de guarda-livros Bernardo Soares.
 Aliás, é a construção da personagem "Bernardo Soares" que mais me impressionou - o filme consegue, credivelmente, dar-lhe vida ao ponto de podermos acreditar que ele existia.
Cláudio Silva, magistral; a realização impecável embora com alguns exageros; o fluir da "história" muito bem conseguido, só quebrado por uma cena musical que na minha opinião não deveria existir;
Se o apanharem perto de vocês não o percam, porque o "Filme do Desassossego" entra agora em digressão pelo país.