quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

The Breadwinner

Estamos no ano de 2001 em pleno Afeganistão. O país é controlado pelo regime Talibã e vive uma guerra civil em que a maior parte da população vive condicionada e sob pressão, dadas as restrições de liberdade. É neste cenário que vive Parvana, a filha de um professor e de uma escritora, que há muito foram impedidos de exercer as suas profissões. A educação é proibida e a miséria espreita a cada esquina da cidade de Cabul. As mulheres não podem sair à rua sem um acompanhante masculino. E é esta missiva que Nora Twomey (direção) e Angelina Jolie (produção) se comprometem a evidenciar. Estamos então perante um filme com perspectivas feministas que atinge contornos realistas e pessimistas, para poder 'gritar' ao mundo que existem regimes opressores no Médio Oriente e que os massacres e atentados contra a liberdade e os direitos humanos são uma constante.  
A história é uma adaptação do livro homônimo de Deborah Ellis e conta as desaventuras da menina Parvana que após a prisão injustificada de seu pai se vê obrigada a vestir-se de menino e a comportar-se como tal, para poder sair à rua e arranjar trabalhos que possam sustentar a mãe, a irmã e o seu irmão bebé. 
O argumento é duro, frio e atroz.  Tal como o livro. E a par deste é narrado um conto imaginado por Parvana, que demonstra a capacidade e a instrução da menina, por ter pais letrados. O conto, também ele algo duro e atroz,  surge quando Parvana precisa de acalmar e embalar o seu irmão mais novo ou quando precisa de acalmar a sua amiga em situações de ansiedade e medo. No meu entender, o conto seria desnecessário, ou então mereceria um encurtamento, para não atropelar o ritmo da história principal.
A animação é de traços e de cores fortes e pretende sempre evidenciar o medo e a repressão vividos pelos personagens. Contudo, o castanho é a cor dominante e escolhida para pintar cidades, desertos e as próprias personagens. Entendo a escolha mas chega ao ponto em que se torna cansativo todo aquele cenário marron. 
O mais importante neste The Breadwinner é a lição de que se pode fazer animação com assuntos sérios e temáticas adultas ao alcance de qualquer olhar infantil. É mostrar que a educação também faz parte quando apelamos às crianças para que reflitam sobre os problemas do mundo e da sociedade. Porque nem só de fantasia deveria ser feito o universo infantil. 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Maryline


Guillaume Gallienne apresenta-nos a sua segunda longa-metragem, depois do sucesso proclamado nos Césares 2013 com A Mamã, os Rapazes e Eu. Este filme é uma reflexão sobre o mundo do  “espectáculo”,  através da evolução 
de uma jovem actriz: vinda de uma pequena aldeia acaba por escolher Paris para fugir à monotonia e lançar-se no mundo do cinema. 
Maryline é a imagem comum de uma protagonista idealista, ingénua e verdadeira, que acaba por ver o seu percurso dificultado pela mesquinhez, concorrência e deslealdade existentes em ambientes de bastidores.  Amarguras enterradas no álcool, Maryline é salva aqui e ali por colegas de trabalho humildes (fora da área do espetáculo), por gente simples e  pela descoberta do teatro. E é pelo teatro que a protagonista vinga como actriz e mulher mais realizada. Dramatismo e histerismos à parte, o filme é um banho singelo de realidade, mesmo que tenha nascido de uma a ideia comum e demasiado semelhante a tudo o que se fez até agora.  



quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Happy End


 Happy End de Michael Haneke, é o sucessor do admirável  Amor (2012), e repete as presenças de Jean-Louis Trintignant e de Isabelle Huppert
Ao contrário do título, a história de feliz não tem absolutamente nada. Assistimos ao lento desabamento em tempo quase real de uma família rica de Calais, com as suas crises pessoais, conflitos familiares e obstáculos profissionais. Existe um patriarca viúvo que perdeu a alegria de viver e aspira pela morte, chegando mesmo a tentar o suicídio, uma filha enamorada de um inglês e às turras com um filho desequilibrado, a tentar assumir o controle dos negócios de família e um filho cirurgião obrigado a tomar conta de uma filha que pouco conhece, após a hospitalização da mãe da mesma.  Em torno desta família gira o mundo real: sindicatos em greve, inspetores do trabalho e emigrantes africanos. 
Haneke é exímio mais uma vez no cruzar de pequenas histórias que formam um todo e na forma rude, fria e real como as filma. É fácil envolvermo-nos no que vemos com aquela sensação de murro no estomago e azia na boca. Não tão fácil quanto em Amor já que este Happy End é filme mais recatado, mais tímido e confortável. Ainda assim, é fácil o envolvimento. 
Excepção feita a algumas pontas mal entrelaçadas e explicadas, Happy End é mais um filme de Haneke de grande qualidade. Sem surpresas. O ator mantém o registo (de enorme talento) a que já nos habituou. 

domingo, 20 de janeiro de 2019

O Gato das Botas

O Gato das Botas é um filme que tem como personagem principal o amigo felino (retirado) do tão conhecido "Shrek". Depois do sucesso que fez em "Shrek" chega agora o momento do gato brilhar a solo. 
Este felino hispânico a quem Antonio Banderas empresta a voz, é o herói charmoso e latino, versão peluda do Zorro, que protagoniza assim uma aventura em nome próprio, numa altura em que "Shrek" já deu o que tinha a dar. 
O Gato das Botas é assim um filme cómico, familiar  e despretensioso que emerge misturado com a fábula do João e o Pé de Feijão e a Gansa dos Ovos de Ouro em versões modernas das mesmas.  
A animação é de primeira categoria, cheia de aventura, correrias e perseguições, que justificam a brilhante utilização do 3D- o grau de realismo dos animais nos seus movimentos e nos seus pelos é exemplar. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

Invencível


Angelina Jolie, a atriz agora também realizadora, assina o seu Unbroken numa constante oscilação que tornam o filme um pendulo ora de melodrama ora de pura reflexão sobre a natureza humana.  Que ela tem olho e jeito para ficar atrás das câmaras, tem. Não há dúvidas. É pena, por isso, que não arrisque mais e seja decisiva no caminho que quer dar ao que realiza. 
Este filme de guerra poderia muito bem ter sido uma daquelas epopeias candidatas a um Óscar. Porque a grandiosidade que quer atingir é a do prestígio. E parece até que basta-lhe isso. Porque de resto, há um  vazio a preencher e uma identidade para assumir. Mas Angelina vai chegar lá. Creio eu. 


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Lady Bird

Lady Bird é um filme despretensioso e humilde que nos deixa com um sorriso no rosto. É isto. É mesmo isto. Greta Gerwig estreia-se nas longas metragens ao contar-nos uma história simples e deliciosa da chegada à maturidade e dos mais diversos conflitos da adolescência. Ouso dizer que há algo de biográfico neste filme que se passa em Sacramento, a cidade de Greta, e que tem como protagonista uma jovem filha de uma enfermeira e de um consultor financeiro, como a Greta. À partida, a temática é assunto bem repetido no mundo do cinema. E é: jovem adolescente tempestiva e pouco dada a popularidades, que estuda numa escola católica e vive em discussões com a mãe, que a controla como pode e desdobra-se em horas extras de trabalho para compensar as dificuldades económicas do lar.  Contudo, Greta prova-nos que é possível fazer algo de diferente mesmo abordando temáticas já bastante exploradas. 
O texto repleto de diálogos comuns e naturais, aproximam o espectador da protagonista, que consegue quase comungar do caminho da mesma até ao grito libertador da chegada à maturidade. Greta opta por ser detalhista nos diálogos que retratam com exatidão o processo atabalhoado da saída da adolescência e a entrada sufocante na vida adulta. Há um toque subtil de leveza e sensibilidade que permite exatamente isso. 
Evita-se o drama exagerado e opta-se pela surpresa e provocação, sempre ao nível dos assuntos mais comuns do dia a dia de uma adolescente. Exemplo disso é aquela descoberta (da protagonista) de que perder a virgindade pode ser a coisa mais banal e a menos especial da vida. Greta não inventa nada. Conta as coisas como elas são de forma honesta, real e autêntica. Há um senso de humor delicioso que nos faz rir do quão ridícula é a vida no seu percurso natural. 
Lady Bird é um filme feminista sobra a ansiedade de se ser mulher e todos os desejos que isso acarreta: a busca de afirmação e de amor e as quedas e tropeções até se lá chegar. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Layla M.

Layla M. é um filme holandês que conta a história de uma jovem marroquina muçulmana que nasceu e vive em Amesterdão. Layla M. é uma adolescente orgulhosa da sua descendência muçulmana e desgostosa do racismo e do medo ocidental pela cultura árabe. É a típica personagem que se sente estrangeira no país onde nasceu e que passa o tempo a informar-se sobre a situação dos povos islâmicos pelo mundo. Daí ao radicalismo, extremismo e ódio latente pelo Ocidente é um salto, obviamente. E este é o objetivo do filme: retratar jovens que acabam por aderir a movimentos de extremismo islâmico. Layla M. dá cara a todos estes jovens. O dia a dia dela é marcado pelo estudo do Alcorão de forma errônea, pela participação em manifestações que incitam à violência e ao ódio e pela sua aproximação a líderes políticos do Estado Islâmico. Daí a fugir de casa, a casar-se com outro extremista islâmico e a rumar à Síria é outro salto, obviamente. Apesar de Layla M. não cair no famoso cliché de ser apresentada como uma terrorista sem limites e até ser uma personagem complexa, com vários traços na sua personalidade, creio que o filme balança para projetar apenas o perigo e devaneios do extremismo islâmico. E nada mais. As atitudes corretas e ponderadas de personagens árabes são curtas e discretas e o racismo a que estas são submetidas é de uma nuance pouco vincada. Por outro lado, atitudes incorretas e radicais são numerosas e dominadoras. É certo que a realizadora não cria monstros ao retratar extremistas islâmicos e o seu objetivo passa por apontar o dedo ao terrorismo. Contudo, creio que o filme não favorece a compreensão de que o Islão é muito mais que radicalismo,  terrorismo e coisas afim. (Há apenas uma filmagem bonita que embeleza a cultura árabe ao longo de hora e tal de filme: A dança entre Layla M. e o marido num pequeno quarto de hotel.)  Não basta colocar a família de Layla M. e mais duas ou três personagens como opositoras a tudo o que seja radical. Exigia-se mais. Sabemos que nem todo o Islão é terrorista e nem todos os heróis são do mundo Ocidente.  Mas há que sabê-lo e compreendê-lo mais. Muito mais. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Tallulah

Tallulah é a história de uma jovem pobre, marginalizada, delinquente e que vive com o namorado numa camionete. Após ter sido abandonada pelo namorado ela enceta uma viagem à sua procura e vê-se engolida por uma série de acontecimentos que mudam drasticamente a rotina da mesma. Tudo começa com o inconsequente e pouco malicioso rapto de uma bebé e a procura de ajuda na única pessoa adulta que conhece- a mão do seu namorado.
A relação de Tallulah com a mãe do seu namorado é porventura a base e a única coisa sustentável no meio disto tudo. Uma é órfã de mãe (que a entregou aos cuidados do pai e mais nada se sabe) e a outra é órfã de um filho que desapareceu para andar por aí na camionete da namorada. As duas protagonizam cenas interessantes de diálogos, como quando discutem a gravidade, por exemplo. Nota-se a evolução das duas personagens ao longo do filme e o ótimo enquadramento entre elas. Trabalho positivo da direção do filme e também das boas representações de Ellen Page (Tallulah) e Allison Janney (Margo). 
De resto, tudo chega a ser insustentável. A mãe da bebé raptada é estereótipo desenquadrado de tudo o mais, os polícias são ridiculamente ineficazes e ridicularizados, quase figuras sempre enganadas de banda desenhada, e as outras personagens são secundarizadas ao ponto de não fluírem sequer ao ritmo do filme, e acabando por serem abandonadas ao não sabermos sequer o fim que lhes é destinado.  
História inusitada, divertida e até emocionante, a de Tallulah, a bebé e Margo. (Não existem vilões, somente pessoas que erram, tropeçam e desconstroem-se). História que merecia mais para ser um bom filme. Porque o resto do filme destoa e não chega aos mesmos níveis de sentimentalismo, suspense e reflexão do trio feminista. 


sábado, 12 de janeiro de 2019

O sorriso de Monalisa

Em O Sorriso de Monalisa (Mona Lisa Smile), a personagem de Julia Roberts- Katherine Watson, é uma professora solteira convicta, citadina e liberal do estado da Califórnia que decide rumar à tradicional e antiquada Nova Inglaterra para lecionar a cadeira de História de Arte numa das mais conceituadas universidades dos EUA- a Wellesley. Ao chegar no seu novo trabalho, Katherine logo percebe que as suas alunas são mais do que apenas inteligentes e esforçadas. São robóticas, feministas e educadas para casar e servir os futuros maridos. Entra aqui então a função de um bom educador, que passa por ensinar a pensar. E este passa a ser o principal objetivo de Katherine- lutar contra uma sociedade machista e arcaica que educa mulheres para serem única e exclusivamente servidoras do lar. A história é assim comum, já bastante visível em muitos outros filmes, e em nada consegue diferenciar-se e alcançar alguma inovação.  As motivações e carácter das personagens são desde cedo muito claros, deixando pouco para a nossa imaginação. Poderia eventualmente retirar-se mais do talentoso elenco, que conta com a já citada Julia Roberts, e ainda Maggie Gyllenhaal, Marcia Gay Harden, Kirsten Dunst e Ginnifer Goodwin. Todas elas muito mal aproveitadas. Tão mal aproveitadas como a própria temática, longe de ser bem trabalhada e aprofundada. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Roma

Aí está o regresso de Alfonso Cuarón ao México, onde já não filmava desde 2001. Este 'seu'  México data de 1970 e apresenta-nos o bairro da Cidade do México denominado a Colonia Roma. Filme que roça a autobiografia e a própria visão de Alfonso sobre o espaço temporal em questão. 
E a sua própria visão chega-nos através da filmagem de uma família de classe média (porventura inspirada na sua), uma mãe, um pai, um possível 'divórcio', uma avó e duas criadas índias. Não sabemos muito da visão e pensamento de cada personagem porque Alfonso não o quer. Alfonso apresenta-nos esta família de forma contemplativa. O ponto de vista de cada um dos intervenientes é distante, quase nulo. A única excepção será o olhar de uma das criadas, aquela a quem o filme segue mais de perto. E aí podemos observar o seu olhar sobre a  família, mesmo que também seja um olhar distante e discreto. Não fosse este o retrato fidedigno do olhar de uma criada perante a família que serve nos anos 70.  
A reconstituição de época é detalhada e minuciosa, o que provoca no público mais atento uma sensação de leitura de um livro de história.  Alfonso dá vida às grandes avenidas e ruas da capital mexicana dos anos 70 com uma rigorosidade incrível. As casas e espaços interiores também brindam pela mesma rigorosidade, riqueza e pormenor descritivo. A quantidade de informação visual é tanta que agradecemos a bela fotografia panorâmica a preto e branco e planos lentos de vários minutos. É até de louvar quando a câmara pára em certos pontos fixos que porventura são muitos. 
Obra essencialmente intimista e épica no retrato da sociedade mexicana: parte de dentro de casa ao convidar-nos a entrar pelas traseiras do lar da família retratada- é curiosamente a mesma entrada acessível aos criados- para se prolongar pelas ruas e avenidas da capital mexicana, pelas suas rotinas, crises e agitações políticas. 
Elegante, inteligente, real e rico em metáforas, Roma  é cinema em estado puro.   

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Okja

Okja é um filme do cineasta sul-coreano Bong Joon-ho que abrange o mais diverso público: crianças e adultos. Bong inspira-se no ocidente para criar o seu porco geneticamente modificado e gigante, que poderia bem ser um parente do Dumbo dos estúdios da Disney. Bong também bebe influências do oriente ao caracterizar as suas personagens ao jeito de Totoro e outras mais animações japonesas. O filme parte de uma premissa simples, demasiado usada mas que tende a não desaparecer: a relação de amizade entre uma criança e o seu animal de estimação. O que torna Okja interessante é o devaneio entre o humor e a violência. Nesta oscilação entre a caricatura e a agressividade, o filme encontra o seu meio termo na sátira e a partir daí expande-se numa mensagem político-humano-social: o capitalismo é o alvo do realizador. Okja fala de assuntos sérios pintados pela sátira cor de rosa: fala de comida, do consumo e do mundo saturado em que vivemos. A não perder...

domingo, 6 de janeiro de 2019

O Físico

Baseado no best-seller do escritor norte-americano Noah Gordon, O Físico (The Physician) conta a história de Rob Cole (Tom Payne), um jovem inglês corajoso e destemido que atravessou o mundo, desde a Europa à Pérsia, e enfrentou perigos para aprender a arte de curar e salvar vidas através da medicina, numa época onde essa prática era proibida pelo fundamentalismo religioso.
O roteiro é bem construído e destaca sempre o eterno conflito entre ciência e religião, dado que, e sobretudo durante a Idade Média, a linha que separava tratamentos médicos da magia negra era bastante ténue. Desnecessário seria o romance do protagonista, com destaque exagerado desde o meio do filme até ao fim. A fotografia (computorizada) de excelência brinda-nos com uma experiência visual magnífica, fiel aos cenários da época. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bird Box

Bird Box foi a aposta da Netflix para o final de 2018. Inspirado no livro de Josh Malerman, Bird Box, conta uma história de sobrevivência, que vagueia entre o drama, o suspense e até mesmo o terror (para quem se conseguir assustar, óbvio). O filme não é um poço de novidades e chega mesmo a roçar o cliché nas temáticas pós- apocalípticas exploradas pela indústria do cinema. No entanto, é um trabalho razoável dentro desta mesma temática. Razoável porque opta por não mostrar o 'monstro' que ameaça a terra e joga com o mistério e suspense.  
O mundo pós- apocalíptico chega-nos através dos olhos da personagem de Sandra Bullock- uma grávida deprimida e abandonada pelo marido. Há duas linhas temporais que se cruzam constantemente para intercalar acontecimentos e explicar ao espectador o caminho trilhado pela protagonista que se encontra em fuga numa canoa com duas crianças e em busca de algum lugar seguro. Explicação confusa, diga-se. E é este o princípio e fim do filme: a fuga à ameaça apocalíptica e a descoberta de um lugar seguro.
De destacar as interpretações de Sarah Paulson, Sandra Bullcok e John Malkovich. Por vezes, aquele medo vazio e desprovido de lucidez que ridiculariza a história, é resgatado nas brilhantes interpretações destes atores, que encarnam na perfeição esse pânico do desconhecido e do 'fim do mundo' como o conhecemos.
E pronto, Bird Box não traz nada de novo. Apenas nos entretém.