segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Noel Gallagher abandona os Oasis


O compositor e guitarrista dos Oasis, Noel Gallagher, anunciou ter abandonado o grupo, explicando que "já não conseguia trabalhar um dia mais que fosse" com o seu irmão Liam, vocalista principal da banda. Noel disse que tomara a decisão "com tristeza e alívio" e pediu desculpa aos fãs pelo cancelamento de vários concertos já agendados. Os restantes músicos ainda não anunciaram se os Oasis - a banda nasceu em Manchester, em 1994, e terá vendido até hoje perto de 50 milhões de discos - irão ou não prosseguir sem Noel, ou se é mesmo o fim. A ruptura vinha já sendo anunciada por sucessivos episódios que atestavam o mau relacionamento entre os dois irmãos. Numa entrevista recente, Liam resumira concisamente a questão: "Ele não gosta de mim e eu não gosto dele".

domingo, 30 de agosto de 2009

Edição de 1572 de "Os Lusíadas" é um dos 4,6 milhões de objectos da Europeana


A cópia digital de uma edição de 1572 de "Os Lusíadas", de Luís de Camões, é um dos 4,6 milhões de objectos disponíveis na biblioteca digital multilingue da Europa, Europeana, anunciou hoje a Comissão Europeia.
Através do endereço www.europeana.eu, os utilizadores da Internet têm acesso a 4,6 milhões de livros, mapas e outros objectos na Europeana, tendo o executivo comunitário de Bruxelas traçado o objectivo de chegar aos dez milhões até 2010. A referida edição de "Os Lusíadas", foi disponibilizada pela Biblioteca Nacional de Espanha, sendo que a contribuição portuguesa para a Europeana se cifra, até agora pelos 0,2 por cento.
A França é o país que mais contribuiu (47%), seguida da Alemanha (15,4%), Holanda (8%) e Reino Unido (7,9%). Bruxelas chama ainda a atenção para os desafios e problemas associados ao processo de digitalização. Para já, a Europeana inclui sobretudo livros digitalizados que são do domínio público e, portanto, já não estão protegidos por direitos de autor (aplicáveis até 70 anos após a morte do autor).
Por razões jurídicas, a Europeana não inclui obras que deixaram de se publicar (cerca de 90 por cento dos livros existentes nas bibliotecas nacionais europeias), nem obras órfãs, que estão ainda sujeitas a direitos de autor, mas cujo autor não é possível identificar (calcula-se que as obras órfãs constituem 10 a 20 por cento das colecções sujeitas a direitos de autor).

sábado, 29 de agosto de 2009

Angola, Simpsons e nós


Não, os Simpsons, a sitcom mais antiga da televisão americana (faz 20 anos) e a família maluca mais famosa do mundo, não vão transformar-se em angolanos. Aconteceu só que uma agência de publicidade de Luanda, para promover a nova série dos Simpson, faz uma campanha com eles africanizados. Em vez da pele amarelada de toda a família, um castanho à Mantorras. A mãe Marge, em vez do tubo de cabelo azul, fica com um look afro que faria morrer de inveja Angela Davies. As miúdas Lisa e Maggie têm totós na carapinha e o Bart continua igual a qualquer miúdo, o que condiz com um caluanda típico. E o chefe do bando familiar, Homer, torna universal a cerveja Cuca. Que heróis desenhados se relacionem com Angola nem seria inédito: o Trazan de Edgar Rice Burroughs nasceu na ex-colónia portuguesa. A notícia dos Simpsons em Angola vai é um bocado além de um acaso. Trabalho e imaginação de uma empresa de publicidade angolana foi tão trabalho e tanta imaginação que correu mundo. Essa é a novidade, num país que nos habitua só a más notícias. É altura de nos darmos conta que há também boas e cada vez mais. E, na verdade, cada vez mais portugueses o sabem.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

They don't care about us



Bem, eu não me considero propriamente uma grande fã do Michael Jackson, apesar de lhe reconhecer o talento como artista. Mas não sou aquela pessoa que se lembra de todos os seus exitos, que vibra com eles, e que segue afincadamente o desenrolar dos últimos acontecimentos após a sua morte. No entanto, tropecei neste video e lembrei-me que este sim me marcou. Com o "They don't care about us" (versão brasileira), eu vibrei. Gostava muito. Gosto sobretudo da mensagem, do ritmo e do cenário. Do They don't care about us sou fã!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Telmo and Tula "Muesli"

TóTó


O termo Totó pode referir-se a:

Totó - um jogo de mesa, conhecido em Portugal como matraquilhos, em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, sul de Minas Gerais como pebolim e no Rio Grande do Sul como fla-flu.
Totò - um actor humorístico italiano.
Totó - o cão de Dorothy, nos livros da Série de Oz, de L. Frank Baum.
Totó la Momposina - uma cantora colombiana.
Salvatore "Totó" Schillaci - jogador de futebol italiano.

Ainda há outras referências:

Em Portugal:
-Espécie de penteado, onde o cabelo é dividido ao meio, formando duas madeixas laterais.
-Parvo, tolo.
-Pessoa fofa.

No Brasil:
Pequeno cão.
-Chuto fraco, sem vontade, no futebol.
-Um tipo de penteado, enrodilhado no alto da cabeça.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Recomendo:


Restaurante Velho Mirante
Situado no centro da vila e instalado num edifício do século XVIII. Casa afamada na Pontinha e arredores com ambiente de "tasca típica".

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cigarros de Chocolate?!?!



Estes são os cigarros do momento. Os Black Devil são produzidos na Holanda e chegam a Portugal em dois diferentes sabores, o “Special Flavour” (caramelo e baunilha) e o “Finest Flavour” (chocolate). Ainda não experimentei os primeiros, mas os de chocolate são realmente muito bons.

domingo, 23 de agosto de 2009

Os Santos

"Quanto lhe devo Maria?"
Pergunto em voz baixa,
Vítima de inquisidora perseguição.
Sinto que a fuga mede quilómetros,
O suor denuncia corrida e exaustão,
Os joelhos tremem de tamanha correria em aflição.
"3.90€", responde a Maria.
A voz dela prolonga-se...
Mesmo depois da fé, da água benta e do café.
Fé, água e café. Estão pagos.
Ajoelho-me. Oração e pés gelados.
Rezo para não ser encontrada,
Acolhem-me os santos da Maria.
Eu, cansada...
Fecho a beneditina porta de entrada,
Espreito...adro circular.
Analiso e desespero. Estou cercada.
Cascos pretos, arcos grandes e troncos feios
Oh! São eles, os pombos correios de quem me quer encontrar.
Respiram furiosos, farejam ansiosos.
Talvez me queiram matar.
"Maria, onde estás?"
Mais fé, mais água benta, mais café!
Avé Maria que me quero salvar!

sábado, 22 de agosto de 2009

"Tintim no Congo" retirado da biblioteca de Brooklyn por ser considerado racista


Uma petição dos sócios da biblioteca de Brooklyn, fez com que o segundo livro das aventuras de Tintim fosse relegado para uma secção que não é de livre acesso ao público. A partir de agora, quem quiser consultar "Tintim no Congo", terá mais dificuldade em fazê-lo do que em relação a "Mein Kampf", de Adolf Hitler, revela o "The New York Times".
O sócio da biblioteca que fez a reclamação queixa-se de que "o livro é racialmente ofensivo para as pessoas negras; a representação de negros que parecem macacos é ofensiva; culturalmente, já evoluímos bastante mais para além dessa representação". Outra justificação apresentada para o perigo conteúdo subliminar das aventuras do jovem repórter foi a de que "o maior problema com Tintim é precisamente a sua cara amável e a sua vertente infantil, que é o que torna os seus conteúdos equívocos mais perigosos".
O procedimento? Muito simples. Preenche-se um formulário, justifica-se e argumenta-se a origem da reclamação e o livro é retirado do acesso ao público. Para o consultar, é necessário preencher uma ficha e aguardar alguns dias, já que o livro se encontra numa sala fechada à chave.
Segundo o jornal americano, o livro já teve, no entanto, algumas alterações relativamente à sua edição original, de 1931. Nessa edição, refere o espanhol "ABC", os nativos congoleses falavam uma variante de francês, o patois, "com sérias limitações linguísticas, apresentando-os como pessoas quase sem sofisticação e requinte praticamente impossível". Na versão a cores, editada posteriormente, os nativos já estavam familiarizados com a matemática e falavam mais fluentemente, o que significava uma atenuação das características apresentadas na primeira versão.
Qual é, afinal, o critério para a exclusão?
Num país em que a liberdade de expressão é um dos valores inquebráveis da sociedade, também as questões raciais levantam, frequentemente, discussões deste género. No entanto, "Mein Kampf" ("A Minha Luta", em português), de Hitler, está colocado à disposição do público para leitura. Este livro, considerado a base de toda a acção de Hitler e do nazismo, tenta provar a existência de uma raça superior a todas as outras e, por isso, perfeita (ariana).
Na prática, a queixa deste leitor da biblioteca de Brooklyn fez com que um livro cuja ideologia levou ao extermínio de milhões de judeus seja mais facilmente consultável do que "Tintim no Congo", de Hergé. Até agora, ninguém apresentou qualquer queixa sobre o livro de Hitler, editado em 1926. A American Library Association afirma, no seu site, que não "podem excluir-se materiais e recursos mesmo que sejam considerados ofensivos para a biblioteca ou para os leitores". E acrescenta: "a tolerância é insignificante se não houver tolerância perante o que muitos possam considerar detestável".

Texto de Simão Martins

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Lura - Quebrod nem Djosa

CCB..Hoje!


No programa que o CCB dedica a África, a francesa Julie Dossavi apresenta-se como um ser compósito de referências tanto ancestrais como contemporâneas, tanto europeias quanto africanas.
Nascida em Toulon em 1968, Dossavi, hoje com 41 anos, cresceu em Brest, na Bretanha, e mudou-se para Paris apenas no final do liceu. Foi primeiro atleta, depois patinadora e só depois bailarina, trabalhando com nomes conhecidos da cena francesa como Philippe Decouflé e Joseph Nadj. Mas África foi uma presença constante na sua família originária do Benin: "É o que tenho em mim desde sempre e eu acho que as pessoas não podem esquecer as suas raízes, de onde vêm", diz.
Datada de 2003, "P.I. (Pays)" evolui ao longo de um dia e da viagem ritual de uma mulher ("uma mulher do mundo", como diz Dossavi) que atravessa diferentes paisagens íntimas tingidas com a influência da música e dança do Benim, Mali, Burkina Faso e, claro, França.
Rituais ancestrais, sim, mas também contemporâneos, ligados às grandes zonas urbanas, como na música "tecno" e o "hip hop": está tudo lá, a emergir estilizadamente através de Dossavi numa série de solos e duetos em que percussionistas africanos e sobretudo um cantor maliano surgem como alter-egos da coreógrafa e bailarina.
Não vale a pena tentar ir muito mais longe do que isto: "Realmente eu não faço parte da dança chamada conceptual. Eu estou na dança pura, na troca, na transmissão do sentimento. Gosto quando as pessoas vêem o meu trabalho e sentem. Porque para mim a dança é realmente um estado: vivo a dança da cabeça aos pés."
É um clássico de quem vai à procura das suas origens: "Acho que me sinto mais africana do que os africanos. Às vezes não podemos explicar tudo."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dias que não são dias.

Canso-me quando regresso aos dias que não são dias.
"Querias?Batatas com enguias!"... ouço como se fosse legenda lida em filme francês com sotaque bem português.
BATATAS COM ENGUIAS! Hoje não me recordo da verdadeira intenção de quando a dizias.(Avó) Sim, eras tu que me a dizias.
ME.Pronome pessoal que sabe às batatas que acompanham as enguias.
Justamente! Para sempre, as batatas e as enguias servidas em dias que não são dias.
Nos dias que não são dias vou buscar-te lá longe.
Busco alguém com colo de chocolate branco e cheiro a Cerelac, pestanas de boneca, rosto de bailarina e sorriso de menina. Nome espanhol traduzido para português e que fala francês.
Pego num Renault Clio azulado da cor da enguia...a enguia que a avó nunca cozia...e puxo-te para o meu dia. Meio dia, aliás, porque o tempo não volta totalmente atrás.
Marcha-atrás. Atropelo quem não quer andar para trás. Mato. Sem dó nem piedade, porque o dia não é dia. É meio. Curto devaneio.
Estaciono em Sameiro.
Sinto o cheiro a baunilha. A meio do caminho. Algures entre Manteigas e Sameiro.
Sinto o aroma de um verbo aprendido em francês...J'ai, tu as, il a, nous avons, vous avez, ils ont.
Attention! Batatas com enguias! Lembro-me agora da intenção.
Enguia escorregadia...j'avais, tu avais, il avait, nous avions, vous aviez, ils avaient.
Sirvo-me de batatas com enguias nos dias que não são dias.
Canso-me em te procurar porque tenho de atropelar o presente forrado em papel de embrulho amanteigado. E o papel é escorregadio...tão escorregadio quanto a enguia que se serve com batatas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Feijoeiro


O Museu do Chiado foi alvo de uma plantação transgénica de arte contemporânea. O “Feijoeiro”, peça criada por João Pedro Vale em 2004 foi lá instalado, servindo de contraponto à exposição “Arte Moderna em Portugal: de Amadeo a Paula Rego”.
O Feijoeiro é a materialização do feijoeiro mágico do conto João e o Pé de Feijão, em que João troca o bem mais precioso da família, uma vaca, por um punhado de feijões mágicos, que lhe dão acesso a um outro mundo, a uma outra realidade.
Quando ele acede a esse novo mundo, conquista a riqueza através da galinha dos ovos de ouro, que rouba ao seu dono, o gigante, que reina nesse outro mundo, onde o feijoeiro o conduziu.
Um vegetal gigante de collants, esferovite, armações de ferro e arame que alude a um universo onírico e fantástico.
O “Feijoeiro” de João Pedro Vale está plantado no Museu do Chiado desde o 7 de Julho e até 31 de Outubro.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Prémio Zaffari & Bourbon de Literatura


São dez os finalistas da sexta edição do Prémio Zaffari & Bourbon de Literatura, da Universidade de Passo Fundo, no valor de 100 mil reais (38 mil euros). Os romances "A Viagem do Elefante", de José Saramago e "O Vento Assobiando nas Gruas", de Lídia Jorge, estão entre os finalistas. Ao lado de "A Chave de Casa", de Tatiana Salem Levy (editado em Portugal na Cotovia), "Acenos e Afagos", de João Gilberto Noll, "Galileia", de Ronaldo Correia de Brito, "Heranças", de Silviano Santiago, "Leite Derramado", de Chico Buarque (editado em Portugal na Dom Quixote), "O Filho Eterno", de Cristovão Tezza (editado em Portugal na Gradiva), "O Livro das Impossibilidades", de Luiz Ruffato, e "O Livro dos Nomes", de Maria Esther Maciel.
O vencedor será conhecido no dia 3 de Setembro em Porto Alegre, no Brasil.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cientistas portugueses descobrem mecanismo de protecção natural contra formas graves da malária


Todos os anos, o parasita da malária infecta 200 a 500 milhões de pessoas no mundo e mata um a dois milhões. A equipa de Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, acaba precisamente de descobrir um mecanismo de protecção natural contra as formas graves da malária e hoje publicou os resultados na revista norte-americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Esta protecção natural acabada de identificar não tem a ver com a capacidade de o próprio sistema imunitário eliminar o parasita da malária, o “Plasmodium”. Nem tem a ver com a eliminação do parasita com medicamentos antimaláricos, pois mesmo entre quem os recebe há mortes — sem que se soubesse explicar, até agora, por que tal acontecia. A resposta da equipa de Miguel Soares é que essa protecção natural tem a ver com a capacidade de os próprios tecidos do organismo se protegerem contra a resposta em curso do sistema imunitário contra o agente patogénico.
Ao sermos picados por mosquitos anófeles, que se alimentam de sangue humano, o parasita da malária pode ser transmitido: entra na corrente sanguínea e dirige-se para o fígado, infectando as suas células e multiplicando-se aí. Em seguida, estas células rebentam e libertam o parasita de novo na corrente sanguínea, que vai infectar os glóbulos vermelhos. Poucas células do fígado são destruídas nesta fase, explica Miguel Soares, de 41 anos. É quando os glóbulos vermelhos se rompem, depois de o parasita se ter multiplicado ali, que surgem os sintomas da doença, como ataques de febre, suores, arrepios e até a morte.
Num trabalho anterior, a equipa de Miguel Soares já tinha demonstrado o que estava na origem desses sintomas. Quando o parasita leva à ruptura dos glóbulos vermelhos — que transportam o oxigénio dos pulmões para os tecidos do corpo através da hemoglobina —, esta proteína é lançada para a corrente sanguínea. Uma vez aí, a hemoglobina liberta os seus quatro grupos de ferro (através dos quais o oxigénio se liga a esta proteína) e são eles que causam os sintomas graves da malária.
Normalmente, estes grupos de ferros são inofensivos. Mas com a infecção do parasita da malária em curso, o caso pode mudar de figura. E são as células do fígado que vão ser atingidas por aqueles grupos de ferro. Ou nos casos mais graves de malária, as células do cérebro, como também já havia mostrado esta equipa.
“No contexto da resposta que está a acontecer — há células do sistema imunitário a fazer tudo para matar o Plasmodium —, se as células do fígado recebem um grupo de ferro ao mesmo tempo, o resultado é que morrem”, explica Miguel Soares. “Há uma hepatite. O fígado pára de trabalhar.Mas isto é algo que acontece raramente." É aqui que entra em cena uma enzima. Chama-se heme-oxigenase-1, é produzida nos tecidos do organismo quando são expostos a um “stress” oxidativo e tem a capacidade de degradar precisamente os grupos de ferro. Ou seja, tem um efeito protector das formas mais severas da malária, que afecta sobretudo crianças (onde se inclui a malária cerebral).

Nova estratégia de Luta

Servindo-se de uma metáfora, Miguel Soares diz que o sistema imunitário está a dar marteladas no parasita, mas pelo caminho nós próprios também levamos marteladas e podemos morrer. Esta enzima protege-nos, amortecendo essas marteladas.
“Normalmente, a maioria das pessoas com malária não morre, porque há este mecanismo de protecção natural. Os tecidos estão protegidos e os indivíduos podem usar a sua resposta imunitária natural para matar o parasita sem comprometer o fígado, os rins, os pulmões...”
Como é que os cientistas chegaram a esta descoberta? Estudando ratinhos — por exemplo, modificaram geneticamente alguns animais para que a enzima protectora não fosse produzida e, dessa forma, puderam ver os efeitos devastadores no fígado.
Portanto, a equipa de Miguel Soares revelou um mecanismo de protecção, até agora desconhecido, durante a luta do organismo contra o parasita da malária, que pode abrir a porta a uma estratégia de combate à doença completamente diferente da utilizada até ao momento. Além de continuar a matar-se o parasita com antimaláricos, poderá então provocar-se o aumento da protecção do organismo através de medicamentos que copiem o efeito da enzima. Em ratinhos, pelo menos, o fármaco que a equipa testou, um anti-oxidante banal, teve um “resultado dramático”.


Texto de Teresa Firmino

domingo, 16 de agosto de 2009

Sobre o Tibete...

"Reparei numa quantidade invulgar de chineses no campo de desporto. Apesar de pertencerem à mesma família racial, são distinguíveis dos tibetanos. Os tibetanos não têm os olhos rasgados;têm um rosto simpático, traços finos e faces avermelhadas. Os ricos trajes chineses cederam lugar aos fatos europeus, e muitos chineses, nesta matéria mais progressistas que os tibetanos, usam óculos. A maioria dos chineses em Lhasa são comerciantes. Gostam de viver no Tibete e muitos fixam-se permanentemente em Lhasa. Uma das razões para isto é que muitos deles são apaixonados fumadores de ópio e no Tibete não existe uma proibição explícita de consumo de ópio. (...)
Também há nepaleses em Lhasa, ricamente vestidos e bem constituídos fisicamente.Graças a um velho tratado estão isentos de impostos. Os melhores negócios da rua Barkhor pertencem-lhes. São peritos em comércio, com um sexto sentido para um bom negócio. A maioria deixa as famílias em casa e de tempos em tempos regressam, ao contrário dos chineses que são propensos a casar com mulheres tibetanas, dando maridos exemplares. (...)
Em termos numéricos, os muçulmanos representam uma parte considerável da população de Lhasa. Têm uma mesquita própria e usam de total liberdade para praticar a sua religião. (...) Em Lhasa vêem-se ladhakis, butaneses, mongóis, sikkimeses, kasaks e representantes de todas as tribos vizinhas, entre os quais se encontram hui-huis- chineses muçulmanos da província de Kuku-Nor. Esta gente é proprietária dos matadouros situados num quarteirão especial nos arredores do Lingkhor. Os budistas olham para eles de soslaio porquem matam animais, mas permitem-lhes ter o seu próprio santuário."


Heinrich Harrer, Sete Anos no Tibete

sábado, 15 de agosto de 2009

Realidades tibetanas...



Iaques e Dzos



Dzos:cruzamento de iaques com gado bovino.



Iaque:é um bovino de pelagem longa encontrado na região do Himalaia, no sul da Ásia Central, Qinghai, no Planalto do Tibete, até à Mongólia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eis a resposta a Almodóvar


E o Vaticano disse:"Bento XVI não precisa de sair do Vaticano para se aperceber da existência de outros fenómenos sociais.A Igreja Católica está presente em todos os contextos humanos e certamente conhece melhor como funciona o mundo." E referiu ainda que "todos os fenómenos a que Almodóvar se referiu são marginais, se se tiver em conta o total do planeta." O Vaticano termina com a seguinte questão:"certa cinematografia quer ser um reflexo da sociedade ou, pelo contrário, quer incidir sobre a realidade social para modificar os seus valores éticos e culturais?"

sábado, 8 de agosto de 2009

Mensagem de Almodóvar para o Papa Bento XVI


"Uma família pode ser formada por transexuais e travestis. É uma loucura não reconhecer o modo como vivem milhões de pessoas. Bento XVI deve reconhecer também as famílias que são diferentes".
Almodóvar sugeriu ainda ao Papa que saia do Vaticano e veja como são hoje compostas as famílias.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Hello. My name is Matchu!






Hoje é dia de apresentar o Matchu (not Pitchu). Ele gosta muito de banana e sumo mas odeia que lhe puxem as orelhas. Também gosta de dormir ao colo (especialmente de mulheres), e não gosta que o acordem. Eu gosto muito dele mesmo quando me lembro dos cabelos que perdi quando ele insistia em catar-me.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aqui não há crise:


A afluência do público tem aumentado nas salas de espectáculo portuguesas no primeiro semestre deste ano, revelam fontes contactadas pela Agência Lusa, apesar de não existir uma entidade que colija e avalie esses dados. As salas de cinema, os teatros e as exposições têm mantido ou até aumentado o número de espectadores, com uma excepção: o Castelo de São Jorge, com menos visitantes devido à quebra no turismo. Há ainda o caso do Teatro Maria Matos, que baixou os preços de admissão, adaptando-se "aos tempos".
A EGEAC (Empresa municipal de Gestão e Animação Cultural) que tutela diferentes espaços culturais não refere quebra de público, apesar de detectar uma "ligeira descida" de visitantes no Castelo de S. Jorge que justifica com "a redução de 13 por cento no turismo em Lisboa". Todavia, a Festa do Fado, realizada no castelo, registou "quase sempre" lotações esgotadas, designadamente nos concertos de Mariza e Deolinda, disse fonte da HM Música, promotora do evento.
O Teatro Municipal Maria Matos, tutelado pela EGEAC, registou "um acentuado aumento de público, tendo apresentado sempre salas cheias", disse fonte do teatro à Lusa. O Maria Matos "adaptou-se aos tempos e reduziu o preço dos bilhetes, que passou dos 20 euros para 10 euros, em média. Ninguém paga mais de 12 euros, além de haver descontos para jovens, estudantes e idosos", adiantou a mesma fonte.
No primeiro semestre deste ano, o Teatro Nacional D.ª Maria II teve "salas sempre cheias", não se notando qualquer quebra de público, afirmou à Lusa fonte da sala do Rossio.
Relativamente ao Teatro Municipal São Luiz, não há números comparativos, "na medida em que durante o primeiro semestre esteve encerrado para obras", tendo dispersado a programação por vários espaços da capital.
Fonte da Fundação Calouste Gulbenkian garante que "há seguramente mais público" e "as assinaturas duplicaram para a próxima temporada (2009/10) em alguns ciclos".
A Orquestra Metropolitana de Lisboa, segundo o seu director artístico, registou um aumento de público, na sequência da subida já verificada na temporada passada (2007-08)". "O concerto de Ano Novo, no Centro Cultural de Belém (CCB), esgotou o que foi um bom prenúncio da temporada em que se esgotaram os concertos com Camané, Tito Paris ou na Basílica de Mafra, além da enchente que foi o Dia da Metropolitana (4 de Junho)", disse fonte da instituição. "As Quintas Perfeitas, quando a Metropolitana abre as suas portas ao público, estiveram sempre sobrelotadas", acrescentou a fonte.
O CCB registou uma subida de 3,7 por, cento segundo números da Fundação. A taxa de ocupação no primeiro semestre de 2008 foi de 60,05%, enquanto este ano atingiu 63,75%
Na última temporada do Teatro Nacional de S. Carlos quase que duplicou o número de espectadores, segundo dados do Opart (Organismo de Gestão Artística) que tutela o palco lírico, passando de 47.036, na temporada de 2007/08, para 72.736 na de 2008/09.
A Companhia Nacional de Bailado (CNB) aumentou igualmente a afluência de público, de 26.040 em 2007/08, para 33.161 espectadores na última temporada (2008/09), referiu Pedro Moreira, presidente o Opart (que também tutela a CNB), aquando da apresentação da próxima temporada.
Por outro lado, os portugueses foram mais ao cinema no primeiro semestre deste ano, com as salas a acolherem mais 89.831 espectadores do que no mesmo período de 2008. Segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual, nos primeiros seis meses de 2009 passaram pelas salas de cinema 7.248.556 espectadores, mais 89.831 do que no período homólogo de 2008 (7.158.725 espectadores).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Gabriel Buchmann


O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que o corpo de Gabriel Buchmann, de 28 anos, foi encontrado no Malauí, esta quarta-feira, pela equipa de buscas que procurava o economista brasileiro no parque florestal em que ele desapareceu, no dia 17 de julho.
Ao iniciar a escalada do Monte Mulanje, Gabriel teria dispensado um guia local e seguiu sozinho. Entretanto, deixou de dar notícias à família. Hoje, diplomatas franceses fizeram o anúncio da morte do brasileiro aos familiares.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os parentes do economista vão alugar um helicóptero para retirá-lo do local. O corpo de Gabriel passará por uma autópsia, cujos resultados só serão conhecidos a partir de quinta-feira. Ainda não há data para o retorno do corpo para o Brasil.
A namorada de Gabriel e um tio dele já estavam no Malauí acompanhando as buscas, que eram realizadas por duas equipas: uma por terra e outra pelo ar. O corpo de Gabriel foi localizado pelo grupo de terra, formado por voluntários brasileiros e canadianos.
O cientista económico, morava no Leblon, e também tinha nacionalidade francesa. Viajava desde julho de 2008 e já tinha passado por 60 países. O carioca tinha mestrado pela PUC-RJ e actualmente preparava-se para o doutoramento na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Parabéns



E em rotações planetárias (jupiterianas, acima de tudo...), passou mais um ano.
Felicitações para a TóTó Magano.

P.S: - Excerto do Principezinho: "Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."

sábado, 1 de agosto de 2009

Confirmada vinda dos Depeche Mode a Lisboa


Depois do cancelamento do concerto no Super Bock Super Rock no Porto, a 11 de Julho, os Depeche Mode regressam a Portugal para um concerto em nome próprio em Lisboa a 14 de Novembro, confirmou a promotora UAU. A notícia do concerto no Pavilhão Atlântico chegou a ser avançada na altura do cancelamento da vinda ao Porto por lesão do vocalista, Dave Gahan, mas a promotora de espectáculos UAU corrigiu a informação, dizendo que não estava ainda confirmada.
O concerto dos Depeche Mode surge no âmbito da digressão Tour of the Universe, aliada à promoção do seu último álbum “Sounds of the Universe”.
Em Julho, o concerto dos britânicos deveria ter tido lugar no Estádio do Bessa, no Porto, mas foi cancelado devido a uma lesão muscular de Gahan num concerto em Bilbau. Na altura, a promotora e a organização do festival anunciou a possibilidade de devolução do dinheiro aos compradores ou da sua validade nos concertos do Super Bock Super Rock para Lisboa, no dia 18 de Julho.
A última vinda a Portugal do grupo britânico remonta a Fevereiro de 2006, também num concerto no Pavilhão Atlântico, tendo depois sido cancelado um concerto no Estádio Alvalade XXI agendado para Julho do mesmo ano, por “fraca adesão” do público.
Os bilhetes para Novembro estão já à venda com preços entre os 30 e os 40 euros.