segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

"As Serviçais" e "Boardwalk Empire" foram os vencedores


O filme "As Serviçais" e a série "Boardwalk Empire" foram os grandes vencedores dos prémios Screen Actors Guild (SAG), do sindicato de atores norte-americanos, numa cerimónia que decorreu na noite de domingo em Los Angeles.
"As Serviçais" levou o prémio equivalente ao de melhor filme enquanto Viola Davis foi considerada a melhor atriz principal e Octavia Spencer a melhor atriz secundária.
O filme, que aborda a temática do racismo na região sul dos Estados Unidos no inicio dos anos 60 surpreendeu ao impor-se ao favorito "O Artista", produção do cinema mudo e a preto e branco que recorda a transição para os filmes com som em Hollywood.
No entanto, Jean Dujardin, pelo trabalho em "O Artista" conquistou o título de melhor ator, um êxito inesperado já que todos apostavam em George Clooney que recolhe "apoios" para os Óscar na mesma categoria pela participação em "Os Descendentes".
Já o veterano Christopher Plummer conseguiu o prémio de melhor ator secundário, cumprindo-se as expectativas.
Em televisão, manteve-se a tónica dos prémios do ano passado com "Boardwalk Empire" e "Uma família moderna" a vencerem as categorias de melhor película de uma série de drama e de comédia, respetivamente.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Kino 2012

É uma das cinematografias mais vibrantes actualmente na Europa, mas continua a apenas chegar a Portugal a espaços - é também por isso que a mostra Kino - Cinema de Expressão Alemã, organizada pelo Goethe-Institut no cinema São Jorge e no auditório lisboeta daquela entidade, é uma ocasião de pôr a "escrita em dia" com o que não chega cá. 
Ao longo de nove dias, iniciados na quinta-feira e prolongados até à próxima sexta, 3 de Fevereiro, a nona edição do evento exibe uma selecção de longas e curtas-metragens e filmes para os mais novos escolhidos de entre a produção recente de língua alemã que não chegou às nossas salas, este ano com um olhar especial sobre o cinema austríaco. O destaque vai forçosamente para dois filmes já exibidos em festivais locais: "Über uns das All", a excelente estreia de Jan Schomburg, que esteve a concurso no IndieLisboa, e "Mondo Lux", o documentário de Elfi Mikesch sobre o falecido Werner Schroeter, apresentado no Lisbon & Estoril Film Festival. 
Mas há também a destacar "Wer wenn nicht wir", onde o documentarista Andres Veiel remonta às raízes do grupo Baader-Meinhof (competição de Berlim 2011), ou o documentário de Britta Wauer sobre o cemitério judaico de Berlim, "Im Himmel, unter der Erde", numa programação que se pretende abrangente e acessível. Os bilhetes custam quatro euros e o programa pode ser consultado em www.goethe.de/portugal/kino

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma doce mentira

Inquieta com o sofrimento de sua mãe Maddy (Nathalie Baye), que fora abandonada pelo marido, Emillie (Audrey Tatou)resolve com uma pequena mentira ajudar a mãe a ultrapassar as tristezas.
Ao receber uma carta de um admirador secreto, Emmilie decide reendereçar a carta para a sua mãe. O plano resulta e Maddy passa a viver uma nova e radiante vida, ansiando por uma nova carta, até que o efeito acaba. Como diz o ditado: as mentiras têm pernas curtas. E para manter a nova alegria de sua mãe, Emillie não hesita em continuar com a farsa.
Para isso recebe a ajuda de Jean (Sami Bouajila), funcionário do salão onde ela trabalha, sem saber que ele é o próprio admirador secreto e autor da primeira carta. E à medida que Emillie se enrola mais e mais nas suas mentiras, arrasta Jean consigo, numa espiral cada vez mais profunda de histórias e misteriosos acasos. Incapaz de desfazer as próprias mentiras e esgotada de imaginação para encobrí-las, Emillie vê-se perdida e desolada, afastando as pessoas que ama, ainda que com a melhor das intenções. Quando tudo parece correr muito mal, é Maddy, mais experiente e sábia, quem desata os nós.
Filmado na bela cidade de Sète, no sul da França, o filme tem o tom límpido e agradável do cinema francês. Os diálogos são simples e rápidos. O enredo é também simples, humano, e a conclusão é direta, sem muitos rodeios, mas com a dose certa de humor. Em resumo, é um bom filme com uma ótima fotografia e um excelente sentido de humor.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Gulbenkian Paris acolhe exposição de Paula Rego

A Fundação Calouste Gulbenkian em Paris inaugura hoje a primeira exposição "representativa" da obra da pintora Paula Rego, em França, com trabalhos desenvolvidos entre 1988 e 2009, de "A família" à "Mulher cão".
Os trabalhos vão ficar expostos na nova sede da Fundação, em França, até ao dia 01 de abril.
O percurso começa com a obra "A família" (1988), que desenha uma mulher, mãe e duas filhas, na tentativa de reanimarem "a todo o custo" o marido, pai.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Missão Impossível 4 -Protocolo Fantasma

Cinco anos depois, Ethan volta a correr contra tudo e todos em Missão Impossível 4 – Protocolo Fantasma, que trás o agente (interpretado por Tom Cruise) de volta.
A história começa com Ethan a fugir de uma prisão e a deparar-se com uma nova equipa de trabalho composta por Benji, Jane e o analista Brandt. A missão é (adivinhe-se) impedir que um terrorista de início ao fim do mundo (pois claro).
O guião é previsível e não trás nada de novo. A fórmula padrão mantém-se: o mau que pretende fazer uma grande maldade precisa ser apanhado. E em cada cidade uma grande estratégia precisa ser feita para alcança-lo.
Mas isso, que poderia ser um grande defeito, apenas enaltece a proposta inicial de Missão Impossível: entreter o espectador da forma mais absurda, com planos fantásticos que exigem uma descrença da realidade para acompanhar escaladas a prédios gigantescos, corridas no deserto e saltar em direção à morte.
O elenco é um quarteto carismático. Tom Cruise não transparece a idade e Simon Pegg é o claro alívio cómico que até funciona. Paula Patton é eficiente mas não passa disso.
Um guião simples e um vilão sem força para ser um inimigo que cause medo. É isso...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Óscares: 11 nomeações para "A invenção de Hugo", dez nomeações para "O Artista"

Sem surpresas, “O Artista” é o favorito da corrida aos Óscares em 2012. O filme mudo francês de Michel Hazanavicius, que chega às salas portuguesas já na próxima semana, recebeu dez nomeações para os prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a serem entregues em Los Angeles no próximo dia 26 de Fevereiro.
É o único filme que está presente em três das quatro categorias principais - melhor filme, melhor realizador e melhor actor (Jean Dujardin) - para lá de conseguir o “milagre” de ser uma produção estrangeira (mesmo que rodada em parte nos EUA com uma equipa parcialmente americana) que assume a liderança das nomeações 2012.
No entanto, pela contabilidade, é “A Invenção de Hugo”, de Martin Scorsese, com estreia prevista para 16 de Fevereiro, que recebeu o maior número de nomeações: onze ao total, entre as quais Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado. As restantes oito, contudo, foram-no apenas em categorias técnicas.
Na corrida para melhor filme, para a qual concorrem este ano nove filmes, estão ainda “Moneyball – Jogada de Risco”, de Bennett Miller, e “Cavalo de Guerra”, de Steven Spielberg, ambos com seis nomeações; “Os Descendentes”, de Alexander Payne (cinco nomeações ao todo); “Meia-Noite em Paris”, de Woody Allen, e “As Serviçais”, de Tate Taylor (quatro nomeações); “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick (três nomeações), e “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto”, de Stephen Daldry (duas nomeações).
As nomeações para os prémios de melhor actor e melhor actriz confirmaram igualmente as expectativas. Meryl Streep parte à cabeça do pelotão da categoria feminina pelo seu retrato de Margaret Thatcher em “A Dama de Ferro”, concorrendo com Glenn Close (“Albert Nobbs”), Michelle Williams (“A Minha Semana com Marilyn”), Viola Davis (“As Serviçais”) e, na única surpresa da categoria, Rooney Mara (“Millennium 1 – Os Homens que Odeiam as Mulheres”).
George Clooney é por seu lado um dos favoritos por “Os Descendentes”, embora tenha aqui que se bater com Jean Dujardin em “O Artista”. A categoria completa-se com três candidatos-surpresa: Brad Pitt por “Moneyball – Jogada de Risco”, Gary Oldman por “A Toupeira” e Demian Bichir por “A Better Life”.
Há também surpresas nas categorias secundárias. “As Serviçais” recebe duas nomeações na categoria de actriz secundária – para Jessica Chastain e Octavia Spencer – e Melissa McCarthy é nomeada pela comédia “A Melhor Despedida de Solteira”. As duas outras nomeadas são-no por papéis tecnicamente principais: Bérénice Béjo, por “O Artista”, e Janet McTeer, em “Albert Nobbs”.
Na categoria de actor secundário, alinham Kenneth Branagh (“A Minha Semana com Marilyn”), Jonah Hill (“Moneyball – Jogada de Risco”), Nick Nolte (“Warrior – Combate entre Irmãos”), Christopher Plummer (“Assim É o Amor”) e Max von Sydow (“Extremamente Alto, Incrivelmente Perto”).
O último trabalho de Martin Scorsese, o filme 3D de aventura e fantasia de Martin Scorsese, sobre um rapaz que vive sozinho numa estação de comboios de Paris e a de um enigmático proprietário de uma loja de brinquedos, foi ainda nomeado nas categorias de melhor direcção de arte, guarda-roupa, fotografia, melhor edição, banda sonora original, mistura de som, edição de som, efeitos especiais e argumento adaptado.
Nomeações quase todas elas partilhadas por "O Artista", que está também na corrida para as estatuetas de melhor direcção de arte, fotografia, guarda-roupa, edição, banda sonora original e argumento original.
“Moneyball – Jogada de Risco” e "Cavalo de Guerra", são os dois filmes mais nomeados, depois de "A Invenção de Hugo" e "O Artista", com seis nomeações cada. O filme protagonizado pot Brad Pitt está ainda nomeado para melhor argumento adaptado, edição e mistura de som. Já "Cavalo de Guerra" está nomeado nas categorias de melhor direcção de arte, fotografia, banda sonora original, mistura de som e edição de som.
Na corrida ao Óscar de melhor filme estrangeiro destaca-se "Uma Separação", de Asghar Farhadi, que já tinha vencido também o Globo de Ouro e Urso de Ouro na última edição do Festival de Berlim. O filme iraniano está nomeado ao lado do belga "Bullhead", de Michael R. Roskam, do canadiano "Monsieur Lazhar", de Phillipe Falardeau, do israelita "Footnote", de Asghar Farhadi, e do polaco "In Darkness", de Agnieszka Holland.
A produção da Paramount, “Rango”, "O Gato Das Botas", "Chico e Rita", "O Panda do Kung Fu 2" e "A Cat In Paris" são os nomeados na categoria de melhor filme de animação.
Na corrida à estatueta de melhor documentário está o filme de Wim Wenders sobre a bailarina e coreógrafa Pina Bausch, "Pina", nomeado ao lado de "Hell and Back Again", "If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front", "Paradise Lost 3: Purgatory" e "Undefeated".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"O Artista" e os "Os Descendentes" são os grandes vencedores dos Globos de Ouro

O filme “O Artista”, que faz os espectadores regressarem ao tempo dos filmes mudos, e o drama familiar “Os Descendentes” foram os filmes mais distinguidos ontem à noite na cerimónia dos Globos de Ouro, apresentada pelo humorista britânico Ricky Gervais, que chegou ao palco com uma bebida na mão.
“O Artista”, de Michel Hazanavicius, a história romântica de um actor que encontra o amor numa altura em que a indústria cinematográfica fez a transição dos filmes mudos para os sonoros, estava nomeado em seis categorias, e conquistou três prémios, incluindo o de Melhor Filme de Comédia ou Musical e Melhor Actor num Filme de Comédia ou Musical (para o actor francês Jean Dujardin).
Rodado a preto e branco e como um filme mudo, recriando o cinema da era de ouro de Hollywood, o filme francês, que chega aos cinemas de Portugal em Fevereiro, arrecadou ainda o galardão de melhor banda sonora.
O filme “Os Descendentes”, de Alexander Payne, e o seu protagonista, George Clooney, que representa um pai que tenta reatar a ligação com as duas filhas, depois de a mulher ficar em coma na sequência de um acidente de barco, venceram, respectivamente, as estatuetas de Melhor Filme Dramático e Melhor Actor Dramático. O filme estreia-se em Portugal no dia 19 de Janeiro.
Num feito, quase inédito, os Globos de Ouro, entregues pela imprensa estrangeira a residir nos Estados Unidos e que servem de antevisão aos Óscares, que acontecem apenas no final de Fevereiro, não centraram os prémios em apenas um filme, premiando, além de “O Artista” e “Os Descendentes”, outras nove películas, incluindo “As Serviçais”, “A Invenção de Hugo” e “Meia-Noite em Paris”.
O galardão de melhor realizador, um dos mais cobiçados da noite, foi entregue a Martin Scorsese, pelo seu filme de aventura e fantasia, “A Invenção de Hugo”. A história de um rapaz que vive sozinho numa estação de comboios de Paris e a de um enigmático proprietário de uma loja de brinquedos marca a estreia do realizador nos filmes 3D.
No campo feminino, Meryl Streep levou para casa o Globo de Ouro de Melhor Actriz num Filme Dramático pelo seu desempenho em “The Iron Lady” (A Dama de Ferro), no qual interpreta o papel da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Ao receber o galardão, a actriz norte-americana mostrou-se satisfeita e fez um agradecimento especial aos ingleses.
Por seu lado, Michelle Williams conquistou o troféu de Melhor Actriz num Filme de Comédia ou Musical pelo seu desempenho em “A Minha Semana com Marilyn”, interpretando o papel de Marilyn Monroe. Na hora do agradecimento, a actriz não esqueceu a diva a quem deu vida no cinema, agradecendo aos Globos de Ouro terem posto nas suas mãos “o mesmo prémio que deram a Marilyn há mais de 50 anos”.
Os galardões de melhores actores secundários foram entregues a Christopher Plummer, de 81 anos, que representa em “Assim é o Amor” um homem que assume a homossexualidade depois de a sua mulher morrer, e a Octavia Spencer, pelo seu papel no filme “As Serviçais”.
“As Aventuras de Tintin”, de Steven Spielberg, venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Animação, e“Uma Separação”, filme iraniano de Asghar Farhadi, que tem estado em destaque entre a crítica norte-americana, arrecadou o prémio de melhor filme estrangeiro.
O último trabalho de Woody Allen, “Meia-noite em Paris”, filme que foi o mais visto do realizador nos Estados Unidos e na Europa, venceu o galardão de melhor argumento.
Madonna também subiu ao palco dos Globos de Ouro para receber o prémio de melhor canção original, com o tema “Masterpiece”, criada especialmente para o romance histórico “W.E.”, filme escrito e realizado pela própria.
O actor Morgan Freeman foi agraciado com o prémio Cecil B. DeMille, pela sua carreira e contributo para o cinema.
Na área de televisão, os vencedores da noite foram as séries Homeland e Uma Família Muito Moderna.
Longe de grandes polémicas esteve o britânico Ricky Gervais, responsável pela apresentação da cerimónia. Depois de a sua actuação na edição 2010 ter gerado bastante controvérsia, tendo a organização dos prémios obrigado o comediante a pedir desculpas pelas suas piadas que não caíram bem em Hollywood, este domingo Gervais não abandonou o estilo provocador e controverso, mas mostrou ter tido um maior cuidado.
Ainda assim, a estrela norte-americana Kim Kardashian, o actor Eddie Murphy, que no final do ano passado desistiu do papel de anfitrião dos Óscares, e o cantor pop Justin Bieber foram algumas das vítimas da sátira de Gervais.
No seu monólogo de entrada, Ricky Gervais começou por comparar os Globos de Ouro aos Óscares, explicando que os Globos de Ouro estão para os Óscares como “Kim Kardashian está para Kate Middleton”, ou seja, o mesmo tipo de cerimónia, mas com menos nível e consideração.
Madonna também não fugiu ao comediante, que ao chamá-la ao palco, fez referência à virgindade da cantora, lembrando a conhecida música “Like a Virgin”. Sem qualquer pudor Madonna respondeu: “Se eu sou como uma virgem, Ricky, porque não vens aqui e fazes alguma coisa”.
Ricky Gervais ironizou ainda e lembrou a actuação do ano passado, dizendo que para este ano a organização da cerimónia lhe deu instruções rígidas a seguir. “A HFPA (Hollywood Foreign Press Association) avisou-me que se eu insultasse alguém... eles me chamariam definitivamente para o ano”, brincou.
Os Globos de Ouro - que são entregues desde 1944 - são os prémios mais importantes da indústria do cinema depois dos Óscares, servindo como um importante barómetro para estes galardões. Os vencedores são eleitos por um grupo de cerca de cem jornalistas internacionais que trabalham em Hollywood.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tatiana Blass

Tatiana Blass nasceu em São Paulo, onde atualmente reside e trabalha. Iniciou sua formação em arte desde criança, quando já freqüentava exposições e cursos livres. Em 2001 formou-se em Artes Plásticas no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), desenvolvendo seu trabalho a partir desenhos e pinturas. De 1998 em diante, passou a participar regularmente de salões, mostras em ateliês, exposições coletivas e individuais. Em 2003, expôs pinturas e colagens no Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo. Em 2004, realizou sua primeira obra diretamente no espaço. Em “Cauda” (2005), individual na Galeria Virgílio, expôs diversas obras, entre elas, esculturas ainda com um grande diálogo com a pintura. Em 2006, produziu a escultura Páreo e a instalação Espartilho para a Temporada de Projetos no Paço das Artes. Em 2007, ocupou toda a Galeria Millan em sua individual “O engano é a sorte dos contentes”, onde expôs obras em diversas linguagens, como pintura, escultura, instalação, fotografia e vídeo. Em 2008, entre outras atividades, foi uma das cinco finalistas do Nam June Paik Award, onde expôs no Wallraf-Richartz Museum, em Colônia, na Alemanha. Em 2009 realizou sua primeira individual em um museu, com a exposição “Cão cego” na capela do Museu de Arte Moderna da Bahia. Em 2010 fez a exposição “Teatro para cachorros e aviões” na Galeria Millan, em São Paulo, a qual a representa. Exibiu a instalação Metade da fala no chão – Bateria em Miami, obra que contemplada para execução de seu projeto com uma bolsa da Cisneros Fontanals Art Foundation (CIFO). Participou com a obra Metade da fala no chão – Piano surdo da 29ª Bienal de São Paulo.
Agora podemos (e devemos) vê-la pela primeira vez em Portugal, na Carpe Diem Arte e Pesquisa em Lisboa, com a exposição "Acidente". Veja aqui o site da artista.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

carpe diem arte e pesquisa


Atrevam-se e preparem-se para descobrir um sitio único em Lisboa. A Galeria Carpe Diem fica no Palácio de Pombal, e transformou esta enorme mansão, com os seus tectos pintados e os seus recantos misteriosos numa casa assombrada por arte contemporânea. Não deixem de visitar. Clique aqui para saber um pouco mais.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

National Geographic revela imagens a cores inéditas de Hitler

O documentário, realizado por Louis Vaudeville e que está dividido em duas partes, mostra ao público, pela primeira vez, fotografias inéditas e surpreendentes da "Primeira Guerra Mundial, do Tratado de Versalhes, de Hitler na prisão em 1924, do incêndio do palácio Reichstag, de uma jovem Eva Braun [mulher de Hitler] ou do bombardeamento da Guernica durante a Guerra Civil espanhola", informou o National Geographic.
Depois de no Verão passado, ter aparecido em Nova Iorque um álbum com mais de 200 fotografias inéditas de Hitler, que se soube depois pertencerem ao repórter austríaco Franz Krieger, é a vez agora de este documentário revelar novos dados da vida do ditador. Além de testemunhos reais, Louis Vaudeville, que também realizou uma minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial, preocupou-se em mostrar no documentário imagens a cor, muitas delas, anteriormente a preto e branco mas que ganharam cor através de um procedimento meticuloso e exaustivo. "Usamos informação que as próprias imagens nos ofereceram através da iluminação e depois contámos com o apoio de vários assessores históricos e especialistas que determinaram a cor original de cada uniforme, carro ou localização", disse ao El País Vaudeville, explicando que a transformaçao das imagens foi importante para nos aproximar daquela realidade.
"Hitler a cor, com a sua cor real, documentado com exactidão através de imagens originais, é algo que nos é muito mais próximo. Vemos que está próximo historicamente, que não é alguém de um passado remoto. Isto pareceu-me especialmente importante para os jovens, o preto e branco distancia", referiu.
Com estes novos dados, o documentário pretende explicar o fenómeno que Hitler foi, analisando o seu percurso até ao poder e entendendo como é que Hitler construiu a sua imagem, a partir de pequenos detalhes da sua vida privada. Imagens do ditador com a sua mulher na sua antiga casa de família em 1939 ou na campa do seu pai dão novas pistas sobre a personalidade de Adolf Hitler.
Mas nem de imagens gloriosas viveu Hitler, a provar está este documentário, que mostra ainda o ditador em situações mais descontraídas, onde tenta revelar o seu sentido de humor.
Há ainda a apresentação de momentos históricos com novas imagens, como uma gravação de um discurso com imagem e som originais. A estes inéditos, juntam-se ainda conhecidas imagens tira dadas pelo fotógrafo oficial do ditador, Heinrich Hoffman, e que mostram o lado mais frio de Hitler.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Plegaria Muda

Depois de criar uma fenda no chão da Tate Modern em Londres, a artista colombiana transforma a nave do CAM numa espécie de floresta / cemitério, formada por cento e sessenta e duas esculturas que criam um percurso não linear, ora com clareiras, ora com partes intransponíveis, ora respirando, ora sufocando, mas nunca permitindo a indiferença.
A exposição de Doris Salcedo, artista apresentada pela primeira vez em Portugal, é organizada pelo CAM e pelo Moderna Museet de Malmö, tendo sido produzida em parceria com o MUAC – Museo Universitario Arte Contemporáneo, Cidade do México; o MAXXI – Museo nazionale delle arti del XXI secolo, Roma, e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Alejandro González Iñárritu abandonou as múltiplas histórias entrecortadas e montagem frenética de Babel e Amores Brutos para se dedicar a apenas um personagem. O resultado foi o Biutiful, no qual o cineasta mexicano mergulha na dor de um pai quase como um processo terapêutico. Um filme propositadamente desconfortável.
Como realizador, Iñárritu expõe-se imensamente e chama um grande ator a fazer o mesmo: Javier Bardem. Bardem incorpora a destruição de Uxbal, quarentão que vive a explorar imigrantes chineses, além de ser pai de dois filhos pequenos e precisar prepará-los para a morte que se aproxima.
Mas o que Iñárritu propõe é registar um homem oprimido ou pela força da natureza (morte) ou pela conjuntura social. Do lado de fora da casa de Uxbal, está o mundo. Lá a situação é pior ainda. Aí, Iñárritu voltou a trazer a política para os seus filmes, assim como fizera em Babel, a partir de dramas familiares. Mas, sejamos sinceros, neste filme, o que importa mesmo é Uxbal.
Biutiful atinge a intensidade pretendida ao sufocar o seu personagem. Mesmo sem um roteiro poderoso, Iñárritu tenta remediar quase tudo com a câmera. Na maioria das vezes consegue. Mas nem sempre...