segunda-feira, 11 de maio de 2015

Taleguinho



"Cantigas como pedacinhos de tecido, cosidas umas às outras como se fossem dias e noites. Ou como se fossem vidas.
Diz a mãe à filha que “esta cantiga de embalar que te cantei há pouquinho, cantava-ma a mim a minha mãe como a mãe dela lha cantava”. Cantigas são, mas são também adivinhas, provérbios e trava-línguas, dizeres – uns – com cara de quem já foi mouro, outros que são passos de judeus. Cantigas, adivinhas, provérbios e trava-línguas que são daqui e dali, de agora e de há tanto tempo, como mosaicos de pano que o tempo teceu e a vida coloriu, memórias de gente antiga. A tingir de vozes os tempos que hão de vir!"

Sábados para a Infância no Teatro Cerca de São Bernardo
11 de Maio
segunda-feira, 09h30 e 10h30
15 de Maio
sexta-feira, 14h30

M/3 > 40′

sessões para escolas: 2,50 / aluno (entrada gratuita para os professores e auxiliares acompanhantes)
informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alemão

Filme com a mesma temática dos já conhecidos Tropa de Elite e Cidade de Deus. Contudo,as diferenças existem. A história passa-se a poucos dias da invasão do Complexo do Alemão através de uma operação devidamente organizada com a polícia civil, militar e forças armadas. É através de cinco policiais infiltrados na favela que vemos toda a acção. Existe um erro de coordenação na operação (muito mal explicado) e é essa a base do filme. A história dos próprios policiais confundem-se e são pouco claras. Cauã Reymond também não é um chefe de tráfico exímio. O filme é muito bem produzido mas o roteiro é confuso. António Fagundes tem um momento dramático soberbo que o destaca de imediato de tudo o resto. E é só. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

As Asas do Vento

Intitulado como o último filme de Miyazaki (se assim for, é uma pena), esta é a história de Jiro Horikoshi, engenheiro aeronáutico responsável pela criação do famoso Mitsubishi Zero durante a Segunda Guerra Mundial. Filme adulto onde a técnica e a realidade se misturam com os sonhos e as emoções. E a meio, o amor e o drama através do romance de Jiro e Naoko, narrado de forma leve, suave e delicada. Numa época em que a animação é totalmente digital este filme é um louvor aos traços artesanais, simples e manuais. Longo demais e belo em demasia.

terça-feira, 5 de maio de 2015

O Conto da Princesa Kaguya

Isao Takahata, autor de O Túmulo dos Pirilampos (1988), considerado uma das obras-primas absolutas do cinema de animação moderno, esteve 15 anos a trabalhar neste Conto da Princesa Kaguya – desde já um dos mais belos filmes no que diz respeito à delicadeza de toque e deslumbre visual. Um autêntico conto de fadas oriental. 
Produzido pelo estúdio Ghibli, O Conto da Princesa Kaguya apresenta um traço suave e livre misturado com pinceladas de aguarela. E assim neste visual delicado é-nos contada a história de uma menina vinda de outro planeta e que é enviada a um pobre cortador de bambu e à sua mulher. Estes ao longo da vida tudo farão para lhe dar uma educação de princesa. Parece simples e demasiado infantil...mas não. O filme mostra-nos como lidam os humanos com isto a que chamamos de sentimentos, com isto que é o que nos torna realmente humanos. São duas horas e meia de conto onde nada é deixado ao acaso porque Takahata é demasiado perfeccionista. Eu por mim dispensava só os pormenores devidamente narrados e um tanto ou quanto extensos. Mas é belo este filme.