quarta-feira, 17 de abril de 2024

King Richard

 Este é um filme sobre as famosas tenistas Serena e Venus Williams com dedicatória especial ao pai das mesmas, Richard Williams, o responsável e impulsionador da vida profissional delas. Em jeitos de autobiografia, rapidamente compreendemos que a infância das Williams foi repleta de dificuldades económicas e raciais, sacrifícios, infindáveis horas de treino e inúmeras lições de respeito e humildade dadas por um pai rigoroso a nível educacional. Obstáculos e mais obstáculos até ao desejado e delineado triunfo no mundo do ténis.  As imagens relativas a partidas de ténis articulam o roteiro e valorizam-no de maneira criativa, dinâmica e entusiasta. Porque a par destas, o roteiro é morno e carece de uma verdadeira ligação com as personagens. Will Smith veste um King Richard descentralizado e pouco convivente, a viver na sombra de uma inspirada Saniyya Sidney que dà vida a Venus Williams. Fico com a sensação que os Williams mereciam mais e melhor. Mereciam um filme que realmente tentasse uma aproximação maior à realidade.


quinta-feira, 11 de abril de 2024

sábado, 6 de abril de 2024

Empire State Building

  


Exposições do Empire State Building: Explore aqui a fascinante história e o design da torre.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

A Cor Púrpura

 

Filme adaptado do livro de Alice Walker sobre racismo e violência doméstica: no estado rural da Geórgia, feito de ruas de terra batida e casas velhas de madeira, nasce uma historia de dor por entre a cor quente e intensa de toda uma natureza. Duas irmãs, separadas pela maldade humana, säo vitimas de abandono, solidão e abuso. E as suas historias são-nos expostas de forma teatral ao ritmo do jazz e do soul. É portanto um musical apaixonante e encantador, com ótima direção e fotografia padrão dos anos 50, pautado pela luta das mulheres pela afirmação da sua identidade e liberdade. O sofrimento das protagonistas é perfeitamente equilibrado por uma subtileza e sensibilidade oferecidas pela viagens às raízes da black music americana.  É  certo que esta versão musical ofusca alguns diálogos mais profundos e poderosos do texto original de Walker. Às vezes, aqueles sentimentos difíceis de exprimir e percebidos no silêncio, säo abafados pelo não silêncio cantado. Os atores absorvem-nos com os seus dons artísticos multifacetados que percorrem o canto, a dança e a representação. A Cor Purpura é assim um musical que vai muito além do conto sobre as duas irmãs separadas pelo tempo e pelas amarguras da vida.