sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Everest

 Baseado em factos reais, o filme acompanha a viagem de um grupo de alpinistas que tenta escalar o monte Evereste, mas acaba obrigado a lidar com uma série de dificuldades impostas por uma tempestade. Dirigido pelo islandês Baltasar Kormákur, o filme apresenta um rigor técnico notável. Mas também apresenta um guião pouco emocionante e uma péssima conversão para o 3D.
Entendo que o guião tenha tentado escapar a um possível melodrama cliché, mas o resultado foi um exagero tamanho, ao ponto de ser difícil para o espetador relacionar-se com a própria história.
Ficamos com a sensação de estar a ver algo bastante interessante mas que poderia ser bem melhor. 
O filme conta com um elenco poderoso:  Jason Clarke, Jake Gyllenhaal, Josh Brolin, Robin Wright, John Hawkes, Emily Watson, Michael Kelly, Keira Knightley e Sam Worthington- mas que atua perante um guião muito pouco desenvolvido.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Forever – The Best show about the King of Pop

le Mardi 26 Novembre 2019
L'Acclameur
Niort 

O musical é uma homenagem à carreira e à vida de Michael Jackson e é o único apoiado pela família do músico. Por muito que as musicas cantadas e tocadas ao vivo, assim como as coreografias, sejam recriações quase perfeita, não há nada que substitua a energia e presença do Mickael Jackson. Recriações de originais são sempre um belo contributo com todas as suas belas intenções... mas para mim, é preferível ouvirmos e vermos o verdadeiro artista no Youtube, por exemplo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Au nom de la Terre


Em França, a cada dois dias, um agricultor comete suicídio. Esta observação avassaladora mostra o mal-estar de uma profissão desacreditada, apesar da sua utilidade. Transfigurada por novas restrições de produção, oprimida pela necessidade de modernização constante para atender às crescentes demandas dos padrões europeus, às vezes distantes da realidade, a nobre profissão de camponês está sujeita a um contexto agrícola cada vez mais difícil. As quintas, na maioria das vezes familiares, são testemunhas de grandes crises de gerações, quando parece óbvio que a visão da profissão deve mudar em profundidade se quiser sobreviver.
É esse mal-estar camponês que retrata o diretor da regiäo de Poitevin, Édouard Bergeon. Já em 2012, ele apresentou o documentário Os Filhos da Terra, no qual acompanhou Sébastien Itard, agricultor, produtor de leite no Lot, cuja trajetória lhe fez lembrar a do seu pai. 

Au nom de la Terre, permitiu ao diretor traçar o percurso do seu falecido pai. Com base na sua própria história familiar, Édouard mostra-nos um contexto agrícola difícil, ao mesmo tempo em que clarifica que os agricultores não estão protegidos contra riscos, sejam eles climáticos ou económicos. Quando a colheita está dependente do clima e as necessidades produtivas batem à porta, as pancadas fortes causam um sofrimento tão visceral que a família permanece como o único ponto de equilíbrio.
Para interpretar e representá-lo quando ele ainda estava destinado a uma carreira agrícola, o cineasta escolheu o jovem ator Anthony Bajon, premiado pelo Urso de Prata por Melhor Ator por seu papel em A Oração. Aqui, ele apresenta uma performance profunda e comovente, deslizando silenciosamente entre um estudante do ensino secundário que trabalha na quinta de família como um homem.  A par dele, encontramos também o conhecido ator Guillaume Canet, igualmente numa performance profunda e comovente, interpretando com sinceridade um agricultor que não conseguirá lidar com as dificuldades da classe agrícola.   
Este é um filme autobiográfico chocante, que faz soar o alarme, mostrando como é fácil perder terreno. Au nom de la Terre, procura revelar as histórias reais de famílias que se escondem atrás de números financeiros avassaladores, mas que, finalmente, não têm o suficiente impacto na opinião pública. Exercendo um trabalho físico complicado, os agricultores precisam quiçá  de um apoio em larga escala. Protegê-los dos riscos que podem arruinar meses de trabalho em poucas horas, pode trazer-lhes um pouco da serenidade que lhes falta: uma questão nacional, longe de estar resolvida.

sábado, 9 de novembro de 2019

Tina - A Verdadeira História de Tina Turner


Os fãs da Tina Turner com certeza que adoram este velho filme de 1993. E para eles o filme não será nenhuma surpresa. Mas talvez para alguém que não conheça a história de vida dela, este filme pode ser surpreendente e com cenas bastante pesadas para os mais sensíveis.
De destacar a impressionante atuação de Angela Bassett (Tina) e de Laurence Fishburne (Ike Turner), ambos indicados ao Oscar de melhor atriz e melhor ator. De destacar também a excelente dobragem feita, dado que a voz que ouvimos nas canções é de Tina Turner e não de Angela Basset.
Gostando-se ou não de Tina Turner, o filme é uma obra de peso.