sexta-feira, 31 de maio de 2013

Les Apaches


Na sua primeira exposição individual na Appleton Square, Vasco Barata apresenta um conjunto de obras de natureza heteróclita produzidas entre 2012 e 2013, tendo como ponto de partida o resultado de uma residência artística realizada em Guimarães (no âmbito da Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012) – o filme Os Nossos Ossos: Ariadne – que é agora apresentado, pela primeira vez, em Lisboa.
Da abordagem poética a questões sociais precisas e da sua articulação com referentes culturais fortemente identificáveis, num certo tom de testemunho geracional – presentes no filme – surgem agora novas peças (fotografias, esculturas, desenhos, instalações, performance) que reforçam o carácter motivacional do todo.
Les Apaches convoca tanto o imaginário revolucionário de uma sub-cultura underground materializada sob a forma de grupos de jovens que aterrorizaram a burguesia parisiense no início do século XX (até à primeira Guerra Mundial), quanto a selvajaria identificada pelos Europeus na resistência dos índios nativos americanos, ou mesmo o movimento anarquista Indiani Metropolitani com acção em Itália entre 1976 e 1977.
O surgimento de obras que resultam de colaborações ou de convites dirigidos pelo artista a criadores de outras áreas, que com ele partilham o mesmo território geracional, constitui-se como um reforço do carácter político, mas sobretudo poético que enforma toda a exposição. 

Até 15 Jun 13

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Trabalhos de Lourdes Castro

Da singular e multifacetada obra que Lourdes Castro tem vindo a construir desde meados da década de 1950 sobressai uma clara tendência para a economia de meios e de gestos. Longe de ser uma regra protocolar, esta tendência verifica-se, essencialmente, porque ela coincide com uma postura artística que privilegia a criação de situações ou objetos capazes de nos imporem uma atenção concentrada, uma experiência profunda e, também por isso, intensificada.

Nesta exposição, Lourdes Castro revisita o Teatro de Sombras. Num momento de absoluta concentração e despojamento, será revelado o eco de uma performance na forma de uma inscrição - um gesto que subsiste e se prolonga no tempo, reconduzindo e ampliando a sua intenção original.


Chiado 8 - Companhia de Seguros Mundial Confiança
de 2ª a 6ª às 12:00 
27 de maio a 26 de julho

sexta-feira, 24 de maio de 2013

AZUL | Exposição de Sofia Areal

Sofia Areal é uma artista com uma consistente carreira, de quase 30 anos de atividade. A sua vasta obra, reconhecida pelos seus pares e pela crítica, tem mantido uma excelente receptividade, tanto com o público como com os colecionadores, particulares ou institucionais, tal como se confirmou na recente exposição antológica “SIM”, realizada no Torreão Nascente, da Cordoaria Nacional, em Lisboa, Abril /Junho 2011. (Parceria – organização Artistas Unidos). É portanto um passo lógico, no processo expositivo da pintora Sofia Areal, esta mostra, agora, a realizar-se em Maio deste mesmo ano, na Sala do Veado.
A Sala do Veado é um espaço cujo carácter físico ou experimental – uma sala em reboco de cimento – que tem uma programação de alta qualidade em relação aos artistas que expõe e a sua obra: Instalação, performances, fotografia, pintura, desenho, etc. Será dentro deste contexto e tendo em conta este historial, que Sofia Areal concebeu uma exposição de pintura e desenho; tendo como suporte do seu trabalho painéis em madeira. As cores, os fortes contrastes do claro-escuro, irão tirar o máximo partido, das características desta sala e ao mesmo tempo dar uma clara visão do atual trabalho da artista.
“Os trabalhos que constituem esta exposição são a continuação lógica e física, desta feita em madeira, de toda a obra anterior e mais precisamente de uma das minhas últimas exposições, intitulada EU-DO-EU e reflete como sempre, a minha postura de vida.” 

3 de Maio de 2013 a 1 de Junho de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Feira do Livro de Lisboa é hoje inaugurada


A inauguração oficial do certame está marcada para as 17h30, na praça Amarela da Feira, instalada no parque Eduardo VII, sendo anfitriião o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, João Alvim.
Os cerca de 30 voluntários escolhidos "vão ajudar as pessoas, que não se orientam no espaço, na mobilidade de pessoas com dificuldades e vão participar na organização de sessões de autógrafos, de apresentação dos livros ou nas conferências previstas", entre outras iniciativas, explicou Pedro Pereira da Silva, vice-presidente da APEL, que organiza a Feira.
Até ao dia 10 de junho, data em que a Feira encerra, a APEL espera "vendas superiores às de 2012" e bater o recorde de visitantes, ultrapassando o meio milhão, atingido em 2012.
A Feira do Livro de Lisboa conta com um auditório de 80 lugares, onde irão decorrer várias conferências, e com 241 pavilhões - mais três que no ano passado -, estando representadas 480 editoras e chancelas, "o que também representa uma subida", em relação a anos anteriores.
Os horários a praticar este ano são diferentes dos das edições anteriores, indo das 12h30 às 23h00, de segunda a quinta-feira, e até às 24h00, às sextas-feiras, das 11h00 às 24h00, aos sábados e vésperas de feriados, e das 11h00 às 23h00, aos domingos.
Este ano, a Feira associa-se à Conferência Literária de Edimburgo, realizando-se no certame duas sessões sob os títulos "Literatura pode ter caráter político" e "Romance. Qual é o seu futuro?".
No dia da abertura ao público, além da sessão inaugural, estão previstas sessões de autógrafos de Pedro Aibéo, um dos autores de "Isto não é (só) matemática", às 16:00, e de Manuel Monteiro, autor de "O Suave e o Negro", às 18h00, no pavilhão da Verso da História.
No pavilhão da Porto Editora, às 18h30, há sessões de autógrafos com Cristina Carvalho e Francisco José Viegas.
À mesma hora, no pavilhão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, há um concerto com os agrupamentos Gera Jazz, Orquestra Geração e Escola Miguel Torga.
Uma hora mais tarde, na praça LeYa, a música prossegue com a atuação da banda Catman and the Blues Doozers.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

BES Revelação 2012

O espaço BES Arte & Finança, em Lisboa, inaugurou a 19 de Abril, a exposição BES Revelação 2012, apresentando ao público os projectos vencedores da 8ª edição desta iniciativa conjunta do Banco Espírito Santo e da Fundação de Serralves que visa incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses em torno da Fotografia.



Os trabalhos de Diana Carvalho, Joana Escoval, Tiago Casanova e da dupla Mariana Calé & Francisco Queimadela estão em exibição até 31 de Maio, numa mostra com curadoria de Carolina Rito. Depois da exposição no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, que contou com o mecenato exclusivo do Banco Espírito Santo, as obras dos cinco jovens artistas distinguidos no BES Revelação 2012 podem finalmente ser vistas em Lisboa.

O trabalho de Diana Carvalho (Lisboa, 1986) materializa-se numa fotografia analógica ampliada a partir de processos digitais (jacto de tinta sobre papel ou projecção slide). As imagens correspondem a planos, muito semelhantes, de uma piscina que pertence ao Clube Aquático Bosque da Saúde, em São Paulo (Brasil), e que a artista captou desde a varanda da sua casa, em Novembro de 2011. Interessou-lhe relacionar o carácter imutável da arquitectura com a forma como as alterações climatéricas, mesmo que subtis, podem transformar a nossa percepção dos objectos.

Já Joana Escoval (Lisboa, 1982) desenvolveu um projecto que parte da observação do Aquário Vasco da Gama, mais especificamente de dois cavalos-marinhos aí residentes. Segundo a artista, «propõe-se a reflexão sobre um conjunto de situações que ocorrem dentro daquele pequeno espaço subaquático, numa perspectiva essencialmente espacial e pictórica para a construção de composições vídeo – seguindo os ritmos de cor/luz, movimento e textura vividos naquele cenário».

O terceiro projecto distinguido, de Tiago Casanova (Funchal, 1988), integra fotografia analógica e vídeo, procurando «questionar o significado da memória através do cariz documental da fotografia e explorar conceitos como perdidos e achados, recuperação, restauração, conservação e destruição de arquivos pessoais e de memórias». O trabalho integra três momentos expositivos que reflectem o interesse do artista pela experiência do quotidiano.

A instalação vídeo da dupla formada por Mariana Caló (Viana do Castelo, 1984) e Francisco Queimadela (Coimbra, 1985) apresenta, por sua vez, uma «imagética relacionada com a noção de descoberta e revelação do desconhecido, desenvolvida no panorama cultural português ao longo dos tempos». Intitulada «Observatório do Desconhecido», a obra parte de uma pesquisa sobre o papel da relação com o desconhecido no processo de edificação da identidade cultural e memória colectiva.


O prémio BES Revelação é uma iniciativa conjunta do Banco Espírito Santo e da Fundação de Serralves que procura descobrir, apoiar e divulgar novos artistas no campo da fotografia. Dirigida a artistas até aos 30 anos, atribui uma bolsa de 7500 euros aos vencedores para a produção dos projectos apresentados a concurso, tendo premiado e lançado já 31 novos artistas.

O júri desta 8ª edição foi composto por Alessandro Rabottini, curador do GAMeC (Bergamo), Carolina Rito, curadora independente (Londres), Elena Filipovic, curadora no Wiels (Bruxelas), Filipa Loureiro, curadora do Museu de Serralves (Porto) e Lorenzo Benedetti, Director do Kabinetten van De Vleeshal (Holanda).

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dia dos Museus com programa especial em todo o País


Sob o tema Museus (Memória + Criatividade) igual a Mudança Social 100 museus portugueses celebram o dia 18 de maio o Dia Internacional dos Museus com várias atividades. Coincidindo no mesmo dia, a celebração do Dia Internacional dos Museus e da Noite dos Museus é uma oportunidade para os museus, através mais de 430 de atividades, se mostrarem como espaços de memória e celebrarem a criatividade e a inovação em convívio com os seus públicos.
São 430 atividades que de norte a sul do País os museus portugueses levam a cabo no dia 18 de maio, sábado.
A título de exemplo:
A Norte o Casa de Camilo- Museu em S. Miguel de Seide - Vila Nova de Famalicão apresenta às 21:30 a peça Teatro Maria Moisés de Camilo Castelo Branco pelo GRUTACA - Grupo de Teatro Amador Camiliano.
A Casa Museu Guerra Junqueiro, no Porto, apresenta uma exposição das 10:00 às 19:00. "À Luz de Gaudi".
O Museu da Chapelaria, em São João da Madeira, apresenta "Chapéus há muitos... mas este é nosso!". Partindo do património e da memória preservados no Museu associados à produção de chapéus, as associações da cidade representaram criativamente o seu valor simbólico social através da construção de um grande chapéu. Ao longo de todo o dia decorrerão animações urbanas produzidas pelas próprias associações.
O Museu da Cidade - Museu do Vinho do Porto, em Massarelos, apresenta música, canto lírico às 17:30. Reinterpretações de músicas tradicionais pela soprano Margarida Fisher acompanhada pela pianista Carla Quelhas.
No Museu da Guarda, uma visita guiada às 10:30 onde serão abordadas as coleções permanente e temporária do museu e destacadas algumas peças que integraram as exposições temporárias mais emblemáticas e criativas do museu ao longo dos anos.
E no Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, às 14:00 "Visita aos Moinhos do Fresno". Atividade de serviço educativo integrada no programa "O ciclo do pão", com os alunos da escola EB1 de Miranda do Douro.
No Centro o Mosteiro de Alcobaça oferece uma visita orientada às 10:30. Trata-se de uma visita Guiada às coberturas e Torres do Mosteiro, habitualmente fechadas ao público.
O Museu Anjos Teixeira, em Sintra, apresenta um filme/documentário não só no dia 18 mas até dia 31 de maio das 10:00 às 18:00 (terça a sexta) e das 12:00 às 18:00. "Um Escultor em Sintra", da autoria de Amélia Lopes e Daniel Nave.
O Museu da Música, em Lisboa apresenta às 18:00 "Um Músico, um Mecenas: Concerto no cravo" Antunes com Joana Bagulho.
O Museu da Pedra do Município de Cantanhede, em Cantanhede, oferece no dia 17, das 10:00 às 17:00 "Dia do Fascínio das Plantas". Atêlies lúdico pedagógicos no Parque Verde da Cidade - A Flora do Jurássico.
No Museu da Pólvora Negra, em Barcarena (Oeiras) às 21:00 e às 22:00 Recital Dia Internacional dos Museus/ Noite dos Museus pela Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras.
No Sul o Museu de Évora apresenta uma exposição às 18:00 "Coleção de Naturália do Museu de Évora". A coleção de Naturália do Museu de Évora, tem origem num dos mais importantes núcleos das coleções do Cenáculo. O Museu de Évora pretende com esta exposição tornar publica uma outra faceta do colecionador.
No Museu de Setúbal - Convento de Jesus, em Setúbal, acontece um debate às 21:00. Inauguração da renovação da exposição permanente referente à história local. Palestra pelo Professor Universitário Paulo Caetano Geoturismo na Região dos 3 Castelos de Sebastião da Gama.
No Museu Municipal de Aljustrel, em Aljustrel, das 10:00 às 21:00 acontece a Semana do Museu. O Museu estará aberto ininterruptamente naquele horário.
O Museu Municipal de Faro, em Faro, no dia 17 das 10:00 às 16:00 há música. Apresentações musicais, de dança e de teatro no claustro do Museu Municipal de Faro com instituições locais.
o Museu Municipal de Tavira, em Tavira, apresenta uma exposição às 19:00. Inauguração da Exposição Copacabana - Panoramas do Rio. Inserida no Ano do Brasil, esta exposição apresenta imagens de grandes fotógrafos internacionais e uma videoinstalação sobre as vivências de Copacabana. A exposição exibe também um raro conjunto de litografias aguareladas do século XIX, acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Como homenagem a Portugal e a Tavira regressará simbólica e temporariamente à cidade e ao Palácio da Galeria o "borrão do alçado da planta de Tavira" do sec. XVIII da autoria do engenheiro militar José Sande de Vasconcelos, figura de primeira grandeza das matemáticas e da engenharia oitocentista, falecido em Tavira (1808).
O Diário de Notícias disponibiliza o programa completo que se encontra no site do Instituto dos Museus e da Conservação.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Festival de Cannes volta a apostar na diversidade


Cannes é uma montra da diversidade do cinema. Este ano as primeiras obras vão ser avaliadas por um júri presidido por Agnès Varda.
A abertura oficial do Festival de Cannes com O Grande Gatsby, de Baz Luhrmann, confirma que o certame continua a apostar, sem preconceitos, na exuberância do espetáculo e também nas suas grandes estrelas. Em todo o caso, importa dizer que, a partir de dia 16 e até dia 26, a atenção dos cinéfilos vai ser solicitada por uma variedade de títulos que confirma o evento da Cote D"Azur como o mais amplo e diversificado do mundo do cinema.
Aliás, convém lembrar que essa diversidade começa na própria seleção oficial, nomeadamente na secção paralela Un Certain Regard. The Bling Ring, o filme da respetiva abertura oficial, agendada para amanhã, tem assinatura de Sofia Coppola e um elenco liderado por Emma Watson, cada vez mais a tentar libertar-se da imagem juvenil da série Harry Potter. Também amanhã, inicia-se a Quinzena dos Realizadores com The Congress, realização de Ari Folman que, tal como o seu título anterior (A Valsa com Bashir), se anuncia como uma animação a partir de imagem real, com atores (Robin Wright, Harvey Keitel, Paul Giamatti, etc.).
Como sempre, em todas as zonas de programação, há um número significativo de primeiras obras. Entre os cineastas estreantes na longa-metragem incluem-se o português Basil da Cunha (Até Ver a Luz, Quinzena) e a atriz italiana Valeria Golino (Miele, Un Certain Regard). Ao todo, são mais de duas dezenas de títulos que concorrem para a Câmara de Ouro, uma das distinções simbolicamente mais importantes do festival, em 2012 atribuída a Bestas do Sul Selvagem, de Benh Zeitlin. Este ano, o júri da Câmara de Ouro é presidido por Agnès Varda, autora lendária da história do cinema francês, ligada aos tempos heroicos da Nova Vaga.
Alguns dos momentos mais marcantes do certame poderão estar nas sessões especiais, fora de competição. Claude Lanzmann, o cineasta da espantosa memória do Holocausto que é Shoah (1985) regressa com mais um documentário, Le Dernier des Injustes, sobre os judeus presos em Theresienstadt. J. C. Chandor, que conhecemos através de O Dia antes do Fim (2011), filmou Robert Redford, solitário, em All Is Lost, uma odisseia de sobrevivência no alto mar.
Enfim, Jerry Lewis, personalidade mítica da história da comédia em Hollywood, estará de volta a Cannes para apresentar Max Rose, filme em que, sob a direção de Daniel Noah, interpreta um velho pianista de jazz levado a reavaliar o seu casamento de muitas décadas.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Exposição World Press Photo 2013


As fotografias premiadas no concurso World Press Photo de 2012, entre as quais uma captada por um português, estão em exposição desde ontem no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Para esta edição os membros do júri do World Press Photo avaliaram 103.481 fotografias, submetidas por 5.666 fotógrafos de 124 nacionalidades.
O júri deste concurso internacional de fotojornalismo - conhecido pelas imagens de grande impacto - anunciou em Fevereiro deste ano os vencedores de 2013, relativos a fotografias do ano anterior.
O primeiro prémio desta edição do concurso foi atribuído a uma fotografia de um grupo de homens a transportar os cadáveres de duas crianças mortas num ataque aéreo israelita, em Gaza, captada pelo sueco Paul Hansen.
Colaborador do jornal sueco Dagens Nyheter, o fotógrafo estava na altura no cortejo fúnebre da menina de dois anos Suhaib Hijazi e do seu irmão de três, Muhammad, numa rua da cidade de Gaza.
O fotógrafo português Daniel Rodrigues, 25 anos, foi distinguido com o primeiro prémio na categoria Vida Quotidiana do World Press Photo, com uma imagem de jovens a jogar futebol, num campo de terra na Guiné-Bissau.
Em 2012, a exposição da World Press Photo no Museu da Electricidade foi vista 33.076 pessoas, segundo os números desta entidade.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Coração Aventuroso



“Coração Aventuroso” é o título da exposição de Inez Teixeira que está aberta ao público desde 22 de fevereiro e vai até 19 de maio, na sala Cinzeiro 8, no Museu da Eletricidade. Trata-se de um conjunto de pinturas e desenhos, a preto e branco, inspirados na edição oitocentista da A Terra Illustrada,  de Onésime Reclus,  cujas gravuras ensaiam uma descrição geográfica e política da Terra. O que atraiu Inez Teixeira para estas páginas foi a vastidão da Terra de que elas dão conta; e o modo como testemunham a possibilidade, ou melhor, o desejo de conhecimento dessa vastidão. Mas Inez Teixeira regressou a estas páginas depois de o projeto de que elas dão conta se ter desfeito há muito. O mundo de que A Terra Illustrada dava conta está, na totalidade, esgotado como novidade e esgotado também nos seus recursos, riquezas e diferenças.
“Inez Teixeira cerca-nos de imagens sem limites. Simulando continuar para fora do papel ou da tela, elas sugerem-nos padrões de pesadelo ou sonho psicadélico, conduzem-nos a uma floresta encantada, onde acabamos por ser as únicas criaturas do reino animal, figurantes desamparados de inquietantes contos dos Grimm e de Andersen ou pequenas e matreiras “Alices” escorregando pelos buracos perigosos que se abrem nas raízes das velhas árvores para viver aventuras sem fim”.