sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Museu da Eletricidade- Exposições

Suite Rivolta: 
O feminismo radical de Carla Lonzi e a arte da revolta
16 outubro 2015 a 31 janeiro 2016


Álvaro Lapa

18 dezembro 2015 a 21 fevereiro 2016







sábado, 12 de dezembro de 2015

Histórias de Natal em videomapping projetadas no Terreiro do Paço


Doze projetores no Terreiro do Paço, em Lisboa vão estar apontados para o arco da Rua Augusta, em Lisboa, a partir de 11 de dezembro. É neste dia que se começam a contar histórias de Natal na fachada da praça do comércio, em formato de viodeomapping — um espetáculo multimédia de grande dimensão. 
“As Portas Encantadas” é o nome do espetáculo que dura 15 minutos e que é produzido pela Oskar & Gaspar, uma empresa multimédia. Será projetado gratuitamente até 20 de dezembro, em três horários diferentes, todos os dias: às 19 horas, 20 horas e 21 horas.
De acordo com o "Público", a história vai centrar-se no tema “magia e encantos da época natalícia”, com “uma banda de bonecos antigos, patinadores de gelo, globos de neve, pautas de música e um castelo de doces.”

O videomapping no Terreiro do Paço já acontece há vários anos, e em 2014 o tema foi “O Fabuloso Desejo de Natal”.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

domingo, 18 de outubro de 2015

As Sufragistas


Filme totalmente centrado na luta das mulheres pela emancipação, o direito ao voto e à igualdade social, numa sociedade operária inglesa dominada pelos homens mas suportada sempre pelas mulheres. Retrato duro e realista que não chega a procurar os verdadeiros culpados e torna-se assim superficial no relato apresentado. Contudo, a luta e as dificuldades femininas estão bem patentes no drama. Participações fundamentais de Carey Mulligan e Helena Bonham Carter para reproduzir a intensidade dos momentos de protestos de rua, greves e manifestações pouco pacíficas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

“E eles tinham coisas para me dizer…”





Inauguração
4 de Julho, às 18 horas

Patente até 18 de Outubro de 2015

Centro de Artes Visuais
Pátio da Inquisição - Coimbra

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A Canoa


Teatro da Cerca de São Bernardo
3000-097 COIMBRA
Telef. +351 239 718 238
Fax. + 351 239 703 761
geral@aescoladanoite.pt
www.aescoladanoite.pt

terça-feira, 25 de agosto de 2015

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Depois de Maio

Depois de Maio é a própria autobiografia do realizador- Olivier Assayas. O filme inspira-se nele próprio com 16 anos e na vida ideológica e sonhadora que levava (período pós Maio 68) em conjunto com o seu grupo de amigos. 
A reconstituição da época é demasiado idílica, perfeita e nostálgica- talvez pela experiência positiva que o próprio teve. Contudo, falta ao filme esse distanciamento pessoal e sentimental para abordagens mais complexas e menos idealistas. Porque Maio 68 e suas consequências não foram somente lutas e rebeliões juvenis culturais e revolucionárias.  Superficialidade a mais e conteúdo a menos.

domingo, 2 de agosto de 2015

Timbuktu

Abderrahmane Sissako é um cineasta de origem mauritana que em Timbuktu filma a sua própria pátria, O Mali. O filme retrata Timbuktu no ano de 2012, quando o território foi ocupado por um grupo jihadista, o Ansar Dine, com ligações ao dito Estado Islâmico. Abderrahme Sissako mostra-nos a brutalidade e violência jihadista para conseguir o controle moral e político da região através de um olhar atento e simplista. Surpreendentemente a beleza da vida e da liberdade sentem-se através de uma leveza e delicadeza de imagens que contrariam a própria arbitrariedade repressiva jihadista. 
Vários são os episódios sobre o quotidiano da região com a presença de forças jihadistas- condenações por se ouvir música ou mesmo jogar futebol e outras mais sérias- e o esforço e resistência do povo para que a tradição e a rotina diária se repitam a cada dia. Alguns são também os episódios em que os jihadistas transmitem a impotência em dominar por completo a rotina popular- podem controlar as acções mas nunca as mentes. E os próprios membros jihadistas são atraídos pelo que criticam e combatem- o uso de novas tecnologias, o futebol, o rap...
Timbuktu é sobretudo um filme sobre resistência e humanidade dentro e fora do jihadismo. 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sem Pena


 O documentário SEM PENA será exibido pela primeira vez em Coimbra, como parte da programação do Seminário Violência, Segurança e Direitos Humanos - Políticas Sociais em Diálogo Portugal-Brasil.
Não perca: 08/07, quarta-feira
21h30, Teatro Cerca de São Bernardo

domingo, 5 de julho de 2015

“Uma nova coleção na cidade: pintores portugueses da segunda metade do século XX”


Exposição "Uma Nova Coleção na Cidade: Pintores Portugueses da segunda metade do século XX".
Sala da Cidade (Paços do Munícipio) | Terça a Sábado das 13h00 às 18h30. Entrada livre.

Trata-se de uma exposição que revela uma parte da coleção de arte contemporânea adquirida pelo Município de Coimbra, em 2014, ao casal Telo de Morais, que abrange os mais relevantes autores da pintura portuguesa da segunda metade do século XX e inícios do século XXI. Um espólio constituído por 260 obras, das quais foram selecionadas 59 para esta exposição que se apresenta, pela primeira vez, ao público.
Expõem-se, também, 14 números da revista “Colóquio Artes”, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian que, em conjunto com a construção do Centro de Arte Moderna (CAM), nos anos oitenta, foram determinantes para a divulgação e a reflexão artística em Portugal nessa segunda metade do século XX. 

O Êxtase da Inquietação


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Violette




Retrato bibliográfico da verdadeira história de Violette Leduc (escritora francesa do pós- Segunda Guerra Mundial). Narração realista e bem estruturada. Emanuelle Devos como Violette é também ela altamente fiél à personagem: mulher inteligente, intensa, insegura, obsessiva,algo impetuosa, perturbada e até mesmo doentia.
Exigia-se uma outra abordagem na relação de Violette com Simone de Beauvoir, sua mentora. E depois, falta ao filme aquela ausência de conformismo e de tradicionalismo que regeu a vida da personagem.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Monstros S.A Sem Abrigo

As típicas piadas facéis. Não gostei. Mas o público, esse, divertiu-se bastante. Portanto...

quarta-feira, 17 de junho de 2015

AS PALAVRAS DA ÁGUA NO UNIVERSO TOUAREG - SUL DA ARGÉLIA


A identidade touareg apresenta a sua expressão central na palavra escrita e oral. Assim, designam-se a si próprios, como os Kel-tamacheq – a comunidade de todos aqueles que falam a língua tamacheq.
A poesia, os provérbios e a música, recolhidos e registados nos últimos dois séculos e vivenciados até ao presente, poética de amor mas também de conflitos, simbolizam a perceção do nomadismo cósmico.
A exposição evoca, através da palavra velada, um dos pilares deste universo- a água no seu quotidiano e na sua simbologia. Nomeia-se a água como matriz das viagens alegóricas, pelos territórios de percurso, onde a sede e a solidão conduzem à tenda no acampamento, numa cadência pontuada pelas palavras da água e, desta forma, à unidade e à estabilidade feminina, ao interior do universo touareg.

Horário: terça a domingo | 14H00-18H00
Museu da Ciência- Universidade de Coimbra

domingo, 14 de junho de 2015

VISÕES. O INTERIOR DO OLHO HUMANO


Falam da vida que existe nesse interior escondido. Falam do estilo de vida de cada um, do ADN que herdaram, das lesões que tiveram de enfrentar….
São duas formas de produção de conhecimento e estão presentes nas imagens desta mostra. A exposição ajuda-nos a ultrapassar a deformação cultural que nos leva a julgar que Arte e Ciência nunca se encontram. Não é verdade. Arte e Ciência têm a mesma missão (criar), recorrem ao mesmo instrumento (talento) e são as duas únicas vias de descoberta da verdade livre. Esta exposição exemplifica este encontro perfeito entre Arte e Ciência.
Reúne um leque de fotografias reais, captadas no interior do olho humano, acabando por se relevar um instrumento de comunicação inovador entre Ciência e Arte. São histórias de sucesso da medicina e da Oftalmologia portuguesa, mas não só, porque a física, a matemática, a arquitetura, a engenharia de estruturas, ou simplesmente, a estética estão presentes e existem, obrigatoriamente, dentro de cada olho humano.
Esta exposição integra o Ano Internacional da Luz.

Horário: 3ª feira a Domingo | 10H00-18H00
Museu da Ciência- Universidade de Coimbra

sábado, 13 de junho de 2015

NATUREZA EXÓTICA. VIAGENS FILOSÓFICAS DE NATURALISTAS

Os objetos das coleções do Museu da Ciência obtidos nas viagens filosóficas de setecentos são o ponto de partida para os encontros dos portugueses no Brasil, África e Índia portuguesa. A partir de espécimes, desenhos e memórias de naturalistas, podemos conhecer as personagens que continuaram estes encontros no tempo e no espaço lusófono. Esta exposição de objetos faz a ligação das descobertas da ciência aos seus protagonistas e à memória dos encontros. 

Horário: terça-feira a domingo, 14h00-18h00
Museu da Ciência- Universidade de Coimbra

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Oficina de Dança Criativa


por Leonor Barata
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB
13 de Junho e 4 de Julho
sábado, 10h30
4 aos 10 anos  >90′ > 5 Euros

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O teatro de Matéi Visniec


A história dos ursos panda contada por um saxofonista que tem uma namorada em Frankfurt

pelo Unteatru (Bucareste, Roménia)
Lisboa, Teatro da Comuna
5 de junho, sexta-feira, 21h30
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
7 de junho, domingo, 21h30

encenação Catalina Buzoianu 
elenco Iolanda Covaci, Marius Calugarita 
movimento e dança Galea Bobeicu 
música Mihai Prejban, Sorin Antonie 
pantomima Adrian Nour
M/12 > 1h15

Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres

pel'A Escola da Noite
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
28 de maio a 6 de junho
quinta a sábado, 21h30; domingo 16h00

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elenco Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Joel Santos, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobo cenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeo Eduardo Pinto som Zé Diogo

M/14 > 2H30 > 5 a 10 Euros
Conversas com o autor

Lisboa, Teatro da Comuna
5 de junho, sexta-feira, 22h45 (após o espetáculo do Unteatru)
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
7 de junho, domingo, 22h45 (após o espetáculo do Unteatru)


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Taleguinho



"Cantigas como pedacinhos de tecido, cosidas umas às outras como se fossem dias e noites. Ou como se fossem vidas.
Diz a mãe à filha que “esta cantiga de embalar que te cantei há pouquinho, cantava-ma a mim a minha mãe como a mãe dela lha cantava”. Cantigas são, mas são também adivinhas, provérbios e trava-línguas, dizeres – uns – com cara de quem já foi mouro, outros que são passos de judeus. Cantigas, adivinhas, provérbios e trava-línguas que são daqui e dali, de agora e de há tanto tempo, como mosaicos de pano que o tempo teceu e a vida coloriu, memórias de gente antiga. A tingir de vozes os tempos que hão de vir!"

Sábados para a Infância no Teatro Cerca de São Bernardo
11 de Maio
segunda-feira, 09h30 e 10h30
15 de Maio
sexta-feira, 14h30

M/3 > 40′

sessões para escolas: 2,50 / aluno (entrada gratuita para os professores e auxiliares acompanhantes)
informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alemão

Filme com a mesma temática dos já conhecidos Tropa de Elite e Cidade de Deus. Contudo,as diferenças existem. A história passa-se a poucos dias da invasão do Complexo do Alemão através de uma operação devidamente organizada com a polícia civil, militar e forças armadas. É através de cinco policiais infiltrados na favela que vemos toda a acção. Existe um erro de coordenação na operação (muito mal explicado) e é essa a base do filme. A história dos próprios policiais confundem-se e são pouco claras. Cauã Reymond também não é um chefe de tráfico exímio. O filme é muito bem produzido mas o roteiro é confuso. António Fagundes tem um momento dramático soberbo que o destaca de imediato de tudo o resto. E é só. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

As Asas do Vento

Intitulado como o último filme de Miyazaki (se assim for, é uma pena), esta é a história de Jiro Horikoshi, engenheiro aeronáutico responsável pela criação do famoso Mitsubishi Zero durante a Segunda Guerra Mundial. Filme adulto onde a técnica e a realidade se misturam com os sonhos e as emoções. E a meio, o amor e o drama através do romance de Jiro e Naoko, narrado de forma leve, suave e delicada. Numa época em que a animação é totalmente digital este filme é um louvor aos traços artesanais, simples e manuais. Longo demais e belo em demasia.

terça-feira, 5 de maio de 2015

O Conto da Princesa Kaguya

Isao Takahata, autor de O Túmulo dos Pirilampos (1988), considerado uma das obras-primas absolutas do cinema de animação moderno, esteve 15 anos a trabalhar neste Conto da Princesa Kaguya – desde já um dos mais belos filmes no que diz respeito à delicadeza de toque e deslumbre visual. Um autêntico conto de fadas oriental. 
Produzido pelo estúdio Ghibli, O Conto da Princesa Kaguya apresenta um traço suave e livre misturado com pinceladas de aguarela. E assim neste visual delicado é-nos contada a história de uma menina vinda de outro planeta e que é enviada a um pobre cortador de bambu e à sua mulher. Estes ao longo da vida tudo farão para lhe dar uma educação de princesa. Parece simples e demasiado infantil...mas não. O filme mostra-nos como lidam os humanos com isto a que chamamos de sentimentos, com isto que é o que nos torna realmente humanos. São duas horas e meia de conto onde nada é deixado ao acaso porque Takahata é demasiado perfeccionista. Eu por mim dispensava só os pormenores devidamente narrados e um tanto ou quanto extensos. Mas é belo este filme. 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Acima das Nossas Possibilidades” + “Conversas do Mundo


Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo

Acima das nossas possibilidades
de Pedro Neves
+
Conversas do mundo
de Boaventura de Sousa Santos Pedro Neves
30 de Abril
quinta-feira, 21h30

preço único: 2,50 Euros


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cavalo Dinheiro



Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
28 e 29 de Abril de 2015
terça e quarta-feira, 21h30
M/12 > 104′ > 4 Euros

domingo, 12 de abril de 2015

Song of the Sea

A Song of the Sea é um filme de animação co-produzida em cinco países europeus e dirigido pelo irlandês Tomm Moore. Animação que retrata as aventuras de uma vida familiar na costa irlandesa e cuja filha é uma Selkie (O enredo gira em torno da mitologia das Selkies, presente principalmente no folclore irlandês, escocês e finlandês. Reza a lenda que essas criaturas vivem no mar em forma de foca, e quando sobem para a superfície se transformam em humanas deixando sua pele animalesca para trás, como uma espécie de casaco.). A  história é a de Ben e sua irmã Saoirse – a última criança Selkie. Depois do desaparecimento da mãe, eles vão viver com a avó numa cidade. Mas depressa resolvem voltar para a sua casa à beira-mar e iniciam a fuga. A viagem torna-se uma corrida contra o tempo, quando são atraídos para um mundo que Ben só conhece nos contos populares de sua mãe. Song of the Sea foi indicado ao Oscar 2015 de Melhor Animação. Um filme mágico onde os contos populares renascem para inundarem o imaginário infantil. Faltam mais animações assim por aí. 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Dois dias, Uma noite

A ideia do filme é boa e atual: o desemprego e suas consequências. A história é a luta de Sandra (Marion Cotillard) pela manutenção do seu posto de trabalho. Depois de uma temporada de baixa e no regresso ao trabalho, Sandra confronta-se com o súbito despedimento submetido a eleição aos seus 16 colegas de trabalho. Os colegas têm de decidir se votam para que Sandra regresse ou se preferem os prémios de produtividade em detrimento do seu despedimento-porque o patrão ou paga os prémios de produtividade ou despede uma pessoa. E a partir daqui, seguimos em linha contínua, ao encontro de Sandra com os seus colegas. Ela visita cada um em prol de uma campanha moral e sensata para conseguir os votos a seu favor. Mas os argumentos dela para não perder o trabalho são também idênticos a quem não quer recusar um aumento salarial em detrimento das dificuldades económicas.
A narrativa não escorrega para o melodrama mas também não atinge qualquer intensidade. Há um 'engolir para dentro' de toda a frustação e desespero que quase torna a narrativa morna. Marion Cotillard com todo o seu talento rasga de vez em quando este arrefecimento em três ou quatro situações muito bem conseguidas. Mas não chega. Resta a mensagem clara de justiça social e moral facilmente reconhecida.

domingo, 5 de abril de 2015

Samba

Quem se lembra de Amigos Improváveis percebe que a receita dos realizadores se repete neste filme. Até o ator (Omar Sy) é repetido. Se o primeiro filme foi o resultado de uma amizade improvável entre um milionário francês e um imigrante senegalês, este Samba põe agora o imigrante senegalês numa improvável relação amorosa com uma mulher francesa, bem sucedida mas deprimida.
Samba cumpre a função social de aproximar culturas nativas dos imigrantes desfavorecidos e discriminalizados. E é leve e suave tanto no drama como na comédia. Contudo falta-lhe complexidade. Simplicidade embeleza mas não basta. E neste campo Amigos Improváveis foi bem melhor.

sábado, 28 de março de 2015

Still Alice

Vale a pena ver o filme só porque a Julianne Moore interpreta a sua personagem de forma sublime. Logo, não é de estranhar o Óscar ganho pela mesma. Atriz já de renome, Moore, explora a sua personagem com subtileza e inteligência. Em vez de se deixar escorregar pelo melodrama (que é um dos caminhos fáceis na história), prefere a clareza emocional.
Contudo, só Julianne Moore, não serve para tornar o filme interessante. E se Moore fugiu muito bem ao melodrama, o resto não escapou. Um filme pequeno para uma Julianne Moore enorme.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Olhares de Mulheres

A Câmara Municipal de Coimbra e a Mercearia de Arte apresentam a exposição coletiva de arte contemporânea “Olhares de Mulheres”, com dezasseis artistas portuguesas, integrando a pintura, a fotografia, a escultura, a ilustração e a instalação, reunindo assim manifestações díspares, mas bastante sintomáticas da riqueza expressiva declinada no feminino.
Esta exposição insere-se no projecto português “SHE/ELA - Idiomas femininos - processos criativos, reflexões e resistências” que tem como objectivo perscrutar, realçar e difundir o papel da mulher nas artes visuais, na criação artística, na curadoria, na crítica e na investigação, coordenada pela curadora Genoveva Oliveira. 
A  inauguração foi a 14 de fevereiro e a exposição permanecerá na Casa Municipal da Cultura de Coimbra até 18 de março.

Andrea Inocêncio | Ana Pais Oliveira | Cláudia Lopes | Débora Esperança | Helena Dias | Inês Norton | Mariana, a Miserável | Mariana Sampaio | Mariana de Castro | Patrícia Geraldes | Raquel Costa | Renata Carneiro | Sandra Ferreira | Susana Aleixo Lopes | Tamara Alves | Tatiana Santos


Eu pessoalmente destaco as obras de Inês Norton e Patrícia Geraldes.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Óscares 2015


Melhor Filme
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)", de Alejandro González Iñárritu
Melhor Realizador
Alejandro González Iñárritu - "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Melhor Ator
Eddie Redmayne - "A Teoria de Tudo"
Melhor Atriz
Julianne Moore - "O Meu Nome é Alice"
Melhor Ator Secundário
J. K. Simmons - " Whiplash - Nos Limites"
Melhor Atriz Secundária
Patricia Arquette - "Boyhood: Momentos de Uma Vida"
Melhor Filme Estrangeiro
"Ida", de Pawel Pawlikowski (Polónia)
Melhor Filme de Animação
"Big Hero 6 - Os Novos Heróis", de Don Hall, Chris Williams e Roy Conli
Melhor Documentário
"Citizen Four", de Laura Poitras
Melhor Curta-Metragem
"The Phone Call", de Mat Kirkby e James Lucas
Melhor Curta Documental
"Crisis Hotline: Veterans Press 1", de Ellen Goosenberg Kent e Dana Perry
Melhor Curta-Metragem de Animação
"Feast", de Patrick Osborne e Kristina Reed
Melhor Argumento Original
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Alejandro G. Iñarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo
Melhor Argumento Adaptado
"O Jogo da Imitação" - Graham Moore
Melhor Canção Original
"Glory", do filme "Selma - A Marcha da Liberdade" (John Stephens e Lonnie Lynn)
Melhor Banda Sonora Original
"Grand Budapest Hotel" - Alexandre Desplat
Melhor Cenografia
"Grand Budapest Hotel" - Adam Stockhausen e Anna Pinnock
Melhor Fotografia
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Emmanuel Lubezki
Melhores Efeitos Visuais
"Interstellar" - Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher
Melhor Montagem
"Whiplash - Nos Limites" - Tom Cross
Melhor Edição de Som
"Sniper Americano" - Alan Robert Murray e Bub Asman
Melhor Mistura de Som
"Whiplash - Nos Limites" - Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley
Melhor Guarda-Roupa
"Grand Budapest Hotel" - Milena Canonero
Melhor Caracterização
"Grande Budapest Hotel" - Frances Hannone e Mark Coulier

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O jogo da Imitação

O filme apresenta-nos Alan Turing, o matemático inglês que lançou as bases dos computadores modernos e que teve um papel fulcral na decifração dos códigos militares alemães durante a II Guerra Mundial. Este homem foi com uma inteligência genial e demasiado complexa para a época em que viveu debateu-se com a integração social numa Inglaterra rígida e preconceituosa, acabando mesmo por se suicidar sem ver o seu trabalho reconhecido. 
O filme, em trhiller de guerra, mostra-nos a luta contra o tempo de uma equipa de criptógrafos (onde se encontra Alan Turing), que tenta descodificar as comunicações militares alemãs. Mas entre esta narrativa militar surge numa sincronia perfeita a própria luta de Turing que, sendo um visionário quase de personalidade autista, se sente aprisionado socialmente. Esta sincronia deve muita da sua perfeição a Graham Moore (argumentista) e a Morten Tyldum (realizador) que ainda contaram com uma interpretação fabulosa de Benedict Cumberbatch (actor principal). Benedict parece não esforçar-se a representar a complexidade, a fragilidade e a tragédia da personagem. Até nos esquecemos do Benedict de voz rígida e porte arrogante de outros trabalhos. 
Menos cliché em algumas sequências e diálogos e não se perdia nada. Contudo, é um filme competente, dadas as representações maioritariamente inglesas. Arrisca-se pouco mas também se falha muito pouco. Até na abordagem à homossexualidade da personagem: o risco foi mínimo mas as falhas foram poucas. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Festival da Francesinha no Restaurante.COME

O Restaurante.COME, em Con­deixa, promove o Festival da Francesinha, de 10 de Janeiro a 9 de Fevereiro. Situado na Rua D. Elsa Sotto Mayor, n.º 5, no centro da vila de Condeixa, o restaurante funciona desde 26 de Abril de 2011.
Assim, ao longo de um mês, é possível saborear três variedades de francesinha, de carne de porco, vaca ou frango, com molho com ou sem picante, a preços convidativos.

O espaço é agradável mas já comi melhor. No entanto, o bolo de chocolate é de recomendar. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Os Monstros das Caixas

Uma animação em stop-motion. Este Monstros das Caixas é uma das maiores produções do ramo com imagens pitorescas e caricaturais bastante expressivas.
Em Ponte dos Queijais os monstros vivem encaixotados nos esgotos e aterrorizam os habitantes da localidade povoando-lhes a imaginação. Contudo, o terror é um mito. Os monstros são na verdade seres simpáticos e envergonhados e cabe a um rapaz criado por esses monstros mostrar a realidade e quiçá unir habitantes e monstros.
Imaginação e criatividade não faltam. Os detalhes não são deixados ao acaso e cada personagem tem a sua importância na história. É de louvar a mensagem passada: a desigualdade entre as classes sociais. Esta mensagem está muito para além da moralidade patente em quase todas as animações. Esta mensagem é muito mais que uma luta entre o bem e o mal. Aqui não há finais felizes. Aqui a desigualdade social é esquecida pela distração social. E isto é tão real.
Só é pena a mensagem ser só tratada como tal. É só uma mensagem transmitida. Nada mais se faz com ela.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Operação Big Hero 6

Big Hero 6 é a nova animação da Walk Disney. E pela primeira vez os estúdios Disney exploram personagens da Marvel Comics. Os escolhidos são os ainda pouco conhecidos Big Hero 6- um grupo de heróis nerds inspirados no manga japonês.
A animação é algo a que a Disney já nos habituou- de máxima qualidade. E a história, assim como os personagens, são dotados de qualidades e virtudes que demonstram bem a luta contra o mal. A Disney a isto também já nos habituou.
As sequências de acção são uma mais valia assim como os momentos cómicos do filme. Mais valia também para a mistura de duas realidades: a cultura americana e a japonesa. Veja-se logo o nome da cidade onde decorre a história- San Frantokio, uma metade americana (visualização de sítios típicos da cidade de San Francisco) com outra metade japonesa (arquitetura nipónica dos prédios, roupas, cumprimentos e monstros japoneses).
O filme não perdia nada se a história não fosse tão americanizada. Um bocadinho menos e fazia-lhe bem.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sniper Americano

Clint dirige um filme sobre um sniper que existiu realmente, Chris Kyle, herói de várias comissões no Iraque a seguir à invasão de 2003. Foi tido como o mais certeiro sniper da história do exército americano, com 160 mortes confirmadas e 255 prováveis.
O filme podia ser uma reflexão sobre o acto de matar. Podia. Mas não. O filme é mais uma quase apologia do herói ocidental americano em terrenos islâmicos. 
Clint podia muito bem trabalhar a complexidade moral da história real de Chris Kyle. Podia. E Clint já trabalhou tão bem a complexidade moral em outros filmes que realizou. Lembremo-nos do Gran Torino. 
O que falha no Sniper é esse esquecimento do quão escuro é o acto de matar mesmo que seja por uma causa justa. E esse esquecimento é até quase que esmagado pela causa justa dessa acção- o patriotismo. Bradley Cooper, o Kyle deste filme, é ele também um vazio em expressões que possam transmitir qualquer escuridão moral possível. 
Clint devia ter-se lembrado que a Kathryn Bigelow já fez isto muito melhor. Lembremo-nos de Hurt Locker. Devia. Clint também já fez muito melhor. Já.