quarta-feira, 3 de março de 2010
Shutter Island
Com toda a honestidade:o thriller de Martin Scorsese é só mais um grande filme de um grande realizador.Todo este thriller policial e de mistério está construído como a ilha escarpada do filme para onde um ferry se dirige, cada pedregulho está ali a sustentar outro, se o retirarmos ou não lhe dermos atenção, a história começa a desmoronar-se.
Scorsese filma como se houvesse sempre um detalhe inexplicavelmente fora do sítio, como se tudo isto fosse uma enorme alucinação, uma mistificação onde nunca sabemos o que é verdade e o que é mentira, sublinhada pela magnífica escolha de compositores contemporâneos para a banda-sonora.
Uma dupla da polícia federal vai investigar um estranho desaparecimento numa colónia penal psiquiátrica de alta segurança, de onde é impossível escapar.
Os condenados naquela ilha já ouvem vozes que cheguem. O problema é que o próprio detective também ouve vozes. Ele tem um trauma - que, elucida-nos o psiquiatra, quer dizer "ferida" em grego, e "sonho" em alemão. Em breve, vemos que o agente sabe mais daquilo de que foge do que daquilo que persegue.
E já se sabe: é sempre um paradoxo entender a mente com a própria mente.Diz Dicaprio, no final: "Mais vale morrer como um homem do que viver como um monstro."
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