segunda-feira, 15 de março de 2010

Amar é Complicado


Amar… É Complicado agrada pela leveza e apesar de estar rodeado de lugares comuns conseguiu ser nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Argumento e Melhor Filme de Comédia. O filme é despretensioso e simples, mas acaba por seguir a típica fórmula da comédia romântica com alguns momentos divertidos e de qualidade, com bastante classe e alguns agradavelmente subtis.
A relação a que assistimos e que é assim exposta ao longo de todo o filme é, tal como o título o indica, bastante complicada. Porque nenhuma relação é simples, esta não deixa de ser ainda mais complexa precisamente por nem ser uma relação propriamente dita.Todo o filme gira em torno dessa complexidade de quem se sente carente e com a neurose própria dos filmes de Nancy Meyers.
Mas essa estrutura típica é salva pelos desempenhos do trio de actores veteranos: ganharam o prémio de Melhor Elenco pelo National Board Review. Meryl Streep continua fantástica, independentemente do estilo de filme que faz, mas apesar da sua nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actriz de Comédia por este filme, não deixa de ficar aquém de trabalhos anteriores. Contudo, o seu carisma garante divertidos momentos ao longo de duas horas. Alec Baldwin tem um desempenho bastante credível e competente, conseguindo criar uma excelente química com a sua co-protagonista, o que lhe valeu a nomeação para o BAFTA de Melhor Actor Secundário. Por seu lado, Steve Martin fica bastante aquém do restante elenco, apesar de parte da culpa ser do próprio argumento que não dá muita profundidade à sua história. John Krasinsky é uma surpresa e apesar de toda a subtileza da sua personagem, revela-se um excelente actor.
A realização de Nancy Meyers, longe de ser surpreendente, é competente.
Amar… É Complicado é um filme agradável para um serão em bom companhia, é puro entretenimento, sustentado por grandes actores e uma realizadora com grande experiência na área.

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