Michael Douglas disse hoje que não vai assinar a petição a favor de Roman Polanski. Em declarações à AFP, o actor disse que não assina petições por qualquer um que viole a lei. "Admiro infinitamente o Roman que eu conheço, mas este é um problema que deve ser resolvido internamente. Acho que não seria justo para mim como americano assinar uma petição em favor de qualquer pessoa que tenha violado a lei". E acrescentou: "Ele, de certa forma, fugiu e isso é [um assunto] do foro legal".
O actor, presente em Cannes para apresentar o filme "Wall Street 2", disse que na altura dos acontecimentos a que o caso Polanski remonta (na década de 1970), vivia em Los Angeles. Disse ainda que se o realizador olhasse para trás, veria que "deve ter sido mal aconselhado".
"É muito difícil para mim, [mas] eu não posso assinar", disse Douglas sobre a petição.
A petição foi iniciada pelo filósofo e escritor francês Bernard-Henri Levy, que hoje também criticou o facto de o presidente do júri de Cannes, Tim Burton, não ter sido mais assertivo na defesa de Polanski.
Roman Polasnki é acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor de 13 anos em 1977. Depois de algumas audiências judiciais, Polanski decidiu sair dos EUA por temer ser detido por um longo período. Vive na Europa desde então e não regressou aos EUA, mesmo tendo sido laureado com o Óscar de Melhor Realizador por "O Pianista". Os Estados Unidos emitiram um mandado de captura internacional e em Setembro de 2009 Polanski foi preso em Zurique, na Suíça, onde tem uma casa e onde chegava para participar num festival. Em Dezembro, foi libertado sob fiança e encontra-se desde essa altura em prisão domiciliária, enquanto aguarda uma possível extradição para os Estados Unidos
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