sábado, 12 de janeiro de 2019

O sorriso de Monalisa

Em O Sorriso de Monalisa (Mona Lisa Smile), a personagem de Julia Roberts- Katherine Watson, é uma professora solteira convicta, citadina e liberal do estado da Califórnia que decide rumar à tradicional e antiquada Nova Inglaterra para lecionar a cadeira de História de Arte numa das mais conceituadas universidades dos EUA- a Wellesley. Ao chegar no seu novo trabalho, Katherine logo percebe que as suas alunas são mais do que apenas inteligentes e esforçadas. São robóticas, feministas e educadas para casar e servir os futuros maridos. Entra aqui então a função de um bom educador, que passa por ensinar a pensar. E este passa a ser o principal objetivo de Katherine- lutar contra uma sociedade machista e arcaica que educa mulheres para serem única e exclusivamente servidoras do lar. A história é assim comum, já bastante visível em muitos outros filmes, e em nada consegue diferenciar-se e alcançar alguma inovação.  As motivações e carácter das personagens são desde cedo muito claros, deixando pouco para a nossa imaginação. Poderia eventualmente retirar-se mais do talentoso elenco, que conta com a já citada Julia Roberts, e ainda Maggie Gyllenhaal, Marcia Gay Harden, Kirsten Dunst e Ginnifer Goodwin. Todas elas muito mal aproveitadas. Tão mal aproveitadas como a própria temática, longe de ser bem trabalhada e aprofundada. 

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