Ao fim de dois anos de permanência no Espaço Tranquilidade, na Rua da Prata, em Lisboa, a Companhia Olga Roriz abriu na terça-feira as portas para apresentar a temporada de 2012. A coreógrafa estreou um novo solo, “Present in Progress”, em colaboração com o artista plástico João Raposo e falou das residências artísticas, aulas e apresentações informais que vão habitar o 2.º andar do n.º 108 da Rua da Prata. Abriu-se assim um ano que levará a companhia até Macau, em Maio, para apresentar “Nortada” (coreografia de 2009), ao abrigo do 23.º Festival de Artes de Macau. Em Outubro a companhia estreia “A Cidade”, em Viana do Castelo, que seguirá depois para digressão nacional. À margem Olga Roriz irá remontar “Sagração da Primavera”, a peça que estreou com a sua companhia em 2010 no Centro Cultural de Belém, para a Companhia Nacional de Bailado e o Balé Teatro de Guaíra, no Brasil. Mas os objectivos traçados por Olga Roriz na apresentação da temporada são outros: manter o espaço que há dois anos, e em parceria com a seguradora Tranquilidade, ocupa na Rua da Prata, continuando uma política de abertura a aulas, residências e apresentações informais (e deu números, 146 artistas que passaram pelo espaço até agora); procurar co-produtores para as suas peças, “dando sentido à expressão dividir para reinar”; e manter o elenco de bailarinos, para evitar perdas de ritmo, de trabalho e de evolução em continuidade. São condições essenciais, disse a coreógrafa, para aguentar “um ano difícil de um futuro difícil”. Um período que obrigará a “criar outros formatos de produção que possam saciar o desejo do público e escoar a intensidade da criação artística”. “Não se pode parar”, disse várias vezes Olga Roriz.
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