Vera Mantero vai fazer em Vila do Conde a estreia nacional da sua nova criação, "O que podemos dizer do Pierre", a 21 de Maio. A peça, criada a partir de uma improvisação feita em 2006 no Balleteatro e mostrada pela primeira vez em Madrid no Festival Escena Contemporanea, tem interpretação da própria Mantero, que opera em cima e a partir da gravação de uma aula de Gilles Deleuze sobre Espinoza, num exercício de desconstrução do discurso filosófico. Depois da apresentação, a coreógrafa participa numa conversa sobre Deleuze, juntamente com o jornalista e crítico literário do "Expresso" António Guerreiro.
A chegada de "O que podemos dizer do Pierre" ao Teatro Municipal de Vila do Conde resulta do alargamento, para uma base regular, das actividades da Circular, a associação promotora do festival de artes performativas com o mesmo nome. Já há mais projectos em curso, aliás: em colaboração com a Fundação de Serralves, a Circular convidou Deborah Hay a orientar o "Porto Solo Comission Project". A coreógrafa norte-americana passou parte do mês de Março em residência artística no Porto, transmitindo um dos seus solos, "Conquest", a um grupo de oito coreógrafos seleccionados por audição (António Júlio, Cristiana Rocha, David Marques, Joana von Mayer Trindade, João Martins, Jorge Gonçalves, Sofia Neves e Teresa Silva). O resultado do processo será apresentado ao público nos dias 30 de Junho e 2 de Julho, também no Teatro Municipal de Vila do Conde.
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