domingo, 26 de julho de 2009
Inês de Medeiros na política
Inês de Medeiros tenciona "obviamente cumprir o mandato" se for eleita pelas listas do Partido Socialista nas próximas legislativas (está em terceiro lugar). "Implica uma mudança radical na minha vida", reconheceu ao PÚBLICO a actriz e realizadora, que vive em França, embora passe temporadas em Portugal. "Tenho a minha base em Paris, a minha família, por isso vou ter que repensar a minha vida", explicou. No entanto, aceitou o convite porque o considera "irrecusável" para quem tem alguma ligação com a política. "Ou não quereria ter nada a ver com política, e não é o caso, ou era impossível recusar", diz a mandatária de Vital Moreira nas europeias. "Se queremos mudanças temos que nos envolver. Chegou a altura de a minha geração se envolver." Nas europeias tomou "consciência de que há uma certa política que gostaria que fosse feita de outra maneira". E, quando o convite chegou, achou que estava na altura certa da vida para o aceitar. No Parlamento tenciona dar atenção a três temas que lhe interessam em particular: "A cultura, numa perspectiva diversificada e transversal a vários ministérios, as mulheres e a imigração."
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5 comentários:
Quanto mais intelectuais se acham pior as opções politicas que tomam....
Que desilusão...tinha de ser logo o PS?!!!Ainda por cima mandatária de um senhor que só de olhar para ele já dá vontade de rir...
Olá Bé!
Vejo com imensa preocupação e ainda maior apreensão a situação política portuguesa. Aliás, o maior problema que sinto é não rever-me, rigorosamente, em nenhuma das diversas propostas partidárias existentes; umas porque, pura e simplesmente, têm propostas que nem posso considerar sob o risco de insultar a minha inteligência, outras porque já tiveram algumas décadas para provar aquilo que continuam a prometer que "agora é que vai ser". Isso é preocupante, porque deixa uma sensação, muito real, aliás, de vazio. Daí que considere extremamente importante que novas gerações se envolvam e se empenhem a sério para dignificar uma actividade que é determinante para o futuro do País. O discurso de Inês de Medeiros é, de resto, bem pensado e totalmente em sintonia com aquilo que eu penso. O único problema é que eu não acredito e fico convencido de que se trata meramente de uma performance da actriz, que tem mérito suficiente para ir dizer umas gracinhas na Assembleia da República e roubar algum do protagonismo às jovens deputadas do Bloco de Esquerda, que conseguem sempre bons tempos de antena nos telejornais sempre que são escolhidas para manifestar a posição do seu partido num qualquer debate parlamentar. A vida política , de uma forma global, pois isso não é exclusivo nacional, é acima de tudo vincada pela arte de bem representar, ou pela falta dela. E é pena, porque o assunto é demasiado sério.
Um beijo,
Alexandre Correia
PS - Nas recentes eleições europeias, os dois novos movimentos de cidadãos que concorreram não somaram senão 57 mil votos. Isso ainda é mais preocupante, pois indica que apesar de não confiarmos nos do costume, continuamos a concentrar o voto neles...
E dá para confiar em alguém ????
Caro Lumadian,
Compreendo a sua interrogação mas, na verdade, temos de confiar em alguém se quisermos que alguma coisa mude em Portugal. daí achar que talvez esteja na hora de apostarmos em alguém realmente desalinhado do sistema convencional. Mesmo sabendo que ser sério na vida política é um pouco como estarmos a fazer dieta e frequentarmos pastelarias o dia todo... só para tomar um café sem açúcar. É preciso muita força para resistir aos pastéis de nata e outros que tais, sempre ali a rirem-se para nós!
Não faça a mais pequena ideia se algum desses novos movimentos irá concorrer às próximas eleições legislativas, mas continuo convicto que um dos problemas que temos em Portugal é esse enorme alheamento da coisas, preferindo encolher os ombros a lutar para mudar alguma coisa. Por exemplo, consegue imaginar como tudo seria bem melhor se tivessemos uma poderosa associação de consumidores, que não é a DECO que trata dos nossos problemas, ao contrário do que a maioria pensa? O tema merece tanta discussão que não cabe numa resposta ao seu comentário. Espero apenas que reflicta sobre isto e, sempre que quiser, continuamos a "conversar"!
Abraço,
Alexandre Correia
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