segunda-feira, 27 de julho de 2009

Barack Obama e a revolução contemporânea


Barack Obama está a revolucionar a colecção de arte contemporânea da presidência com uma política de aquisições que pretende corrigir o défice de representação das minorias.
Por fora, a Casa Branca vai continuar tão branca como no dia da inauguração, há 209 anos, mas é só por fora: Barack Obama está a revolucionar a colecção de arte contemporânea da presidência com uma política de aquisições que pretende corrigir o défice de representação das minorias (e das mulheres) nos fundos da residência oficial.
Desde que fez as contas (apenas cinco negros representados numa colecção que já vai em 400 obras), conta o "The Independent", a presidência tem-se desdobrado em abordagens discretas a negociantes de arte e coleccionadores com ligações a artistas afro-americanos, hispânicos e asiáticos. A campanha está a ser directamente coordenada pelo gabinete da Primeira Dama, que já pediu emprestadas ao Hirshhorn Museum and Sculpture Garden pinturas de artistas como Glenn Ligon ("Black like Me #2"), cuja obra reflecte a trajectória de um afro-americano gay vindo do Bronx, e de Alma Thomas ("Watusi (Hard Edge)" e "Sky Light"), a primeira americana de raça negra a ter uma exposição individual no Whitney Museum of American Art, em 1971.
A nova política de aquisições - e de empréstimos a longo prazo - da Casa Branca está a ser bem recebida pelo meio, que vê a decisão como um gesto profundamente sintomático do programa de Barack Obama. Kinshasha Holman Conwill, directora do National Museum of African American History and Culture do Smithsonian, disse ao "Independent" que a América está "em pulgas": "Um gesto destes vindo de um lugar tão influente teve compreensivelmente um efeito catalisador, provocando o debate e fazendo subir as expectativas. E isso é muito bom". Kerry Brougher, o curador do Hirshhorn que trabalhou com a Casa Branca para formalizar os empréstimos, confessou-se "impressionado" com a lista de escolhas entregue pelos Obama: "Não acredito que alguma vez tenha havido outra Administração tão interessada na arte contemporânea".

1 comentário:

lumadian disse...

Eu continuo a achar que este é o homem certo devido à sua personalidade, mas continuo a achar que neste momento não existe ninguém capaz de salvar a economia deste mundo. Enquanto houverem actos solitários nada se fará, o mundo piora dia após dia, apenas um acto conjunto, apenas se as pessoas do mundo inteiro se juntarem todas por um objectivo será possível, e como isso é algo que jamais irá acontecer, não vejo melhoras!