quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Impossível


O filme passa-se no período do Natal, em dezembro de 2004, na Tailândia, quando, no dia 26 de dezembro, um tsunami atingiu aquela área, vitimando muitas pessoas que, não só ali moravam ou trabalhavam, como também os turistas que, aos montes, ocupavam os muitos resorts de luxo que ali estavam situados. Sem dúvida alguma, tratou-se de uma tragédia a nível mundial e que comoveu a todos. “Impossível” baseia-se na história real de uma das famílias que estavam presentes neste local naquele momento.
Maria (Naomi Watts) e Henry Bennett (Ewan McGregor) saíram do Japão, onde residiam, para passar as férias de final de ano num resort tailandês com os três filhos Lucas (Tom Holland), Thomas (Samuel Joslin) e Simon (Oaklee Pendergast). Lá, eles dividiram momentos de alegria e emoção, mas também foram surpreendidos – e confrontados – pelo tsunami que assolou aquela localidade. Quando as ondas surgiram, Maria a ler, Henry brincava com os dois filhos mais novos na piscina, enquanto Lucas tinha ido buscar a bola vermelha que era o objecto de brincadeira de todos eles. Separados pela tragédia, cada um terá que encontrar uma maneira para sobreviver.
A partir deste instante, “O Impossível” divide-se em duas linhas narrativas que acompanham os núcleos desta família após eles se separarem por ocasião da tragédia que testemunharam e foram vítimas. Aqui, o que importa ao roteiro escrito por Sergio G. Sánchez (com base na história de Maria Belon) é mostrar que o espírito humano não conhece limites na busca por um ente querido, mesmo que estejamos diante de um dos nossos momentos de maior dor.
O ponto mais positivo de “Impossível” é o facto do diretor Juan Antonio Bayona apelar para a emoção, especialmente a que emana da actuação do jovem Tom Holland. Este menino é um exemplo de que uma tragédia pode ocasionar algo de bom. Por meio do contacto pessoal com sua mãe (numa actuação também bastante expressiva de Naomi Watts), um novo horizonte se abre em sua mente. Ver isto nascer faz de “Impossível” um filme catástrofe bem diferente do que estamos acostumados a ver no cinema, principalmente pelo facto da bondade – em suas diferentes formas e manifestações – ser o valor central desta história.

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