segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Exposição "Cinco escolas/Cinco Áfricas"


Cinco equipas de arquitectos, cinco países africanos, cinco escolas. O projecto da representação oficial portuguesa na 8ª Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo (que decorreu no final de 2009), comissariado por Manuel Graça Dias, pode ser visto, a partir de amanhã e até 25 de Janeiro, na sede da Ordem dos Arquitectos, em Lisboa. "Cinco Áfricas/Cinco Escolas" quis ser mais do que a mera apresentação de projectos já desenhados por um determinado arquitecto ou atelier.
A ideia de Graça Dias, respondendo ao pedido que lhe fora feito pela Direcção-Geral das Artes, foi criar algo que tivesse uma continuidade: escolas imaginárias que, eventualmente, pudessem transformar-se em obras concretas. A cada um dos arquitectos convidados coube um país: Inês Lobo (Cabo Verde), Pedro Maurício Borges (Guiné-Bissau), Pedro Reis (São Tomé e Príncipe), Jorge Figueira (Angola) e a dupla Pedro Ravara+Nuno Vidigal (Moçambique). Seguiram-se as viagens, para conhecer os territórios e as condições em que iam trabalhar, sendo que nos cinco países a Natureza é uma presença dominante e todos os projectos foram pensados tendo em conta o clima, o sol, o vento, a presença das árvores - e também a arquitectura já existente nos territórios, nomeadamente a de arquitectos portugueses.
As situações que encontraram foram diferentes, e os projectos são naturalmente diversos, mas em comum houve a preocupação de usar materiais e técnicas locais, que permitissem uma construção simples (eventualmente até pelos próprios habitantes), e de recorrer a energias renováveis. O objectivo agora é encontrar as condições para que as cinco escolas possam ser construídas nos cinco países africanos de expressão portuguesa.

1 comentário:

Alexandre Correia disse...

Olá Bé,

Deixou-me com muita curiosidade de conhecer estes projectos. Não porque eu seja propriamente um apaixonado por arquitectura, ainda que aprecie boa arquitectura, claro, mas porque a ideia de desenvolver um projecto em São Tomé para ajudar crianças e/ou adolescentes a estudar começa a crescer na minha cabeça e estou a fazer contactos que talvez possam permitir dar forma a estas ideias.

Beijo,

Alexandre