Nascido na Cidade da Praia em 1941, colaborou desde o início dos anos 60 em revistas e suplementos literários e publicou em 1981 a compilação Poemas, reeditada em 1998. Em 1990, publica a ficção O Eleito do Sol (editada em Portugal pela Vega), cujo protagonista é um antigo escriba egípcio, tema desde logo sugestivamente afastado das indagações mais identitárias de boa parte da ficção cabo-verdiana anterior. Seguiu-se-lhe No Inferno, em 1999, com edição portuguesa da Caminho, um romance que confirmou a originalidade e a dimensão experimental da sua obra. Recentemente, regressou à poesia, com MITOgrafias (2006), um livro percorrido por referências a vários poetas ocidentais, de Camões a Rimbaud. Saindo pouco de Cabo Verde, onde reside, Arménio Vieira não é ainda um autor particularmente conhecido no exterior, como o não foi João Vário (1937-2007), possivelmente o poeta cabo-verdiano da sua geração com quem revela mais afinidades. Pode ser que este prémio sirva não apenas para projectar a obra de Arménio Vieira, mas também para despertar o interesse por outros autores cabo-verdianos.
2 comentários:
Eu acho que o prémio devia ter sido entregue a um Português, mas enfim!!!
Tens um prémio e um desafio lá no Pequeno Mundo, no local do costume. Aceita o prémio, pelo menos.
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