quinta-feira, 1 de março de 2012

Extremamente Alto, Incrivelmente Perto

Oskar é uma criança diferente de todas as outras, com uma inteligência acima da média mas grande dificuldade em interagir com as pessoas. Com o seu pai, contudo, ele sente a liberdade de se expressar nos seus modos estranhos, partilhando um gosto peculiar por expedições e aventuras em nome de grandes descobertas. Quando o pai morre inesperadamente nos atentados de 11 de setembro de 2001, a criança tenta a todo o custo encontrar a razão para o desaparecimento dele. Ao encontrar uma estranha chave escondida num envelope com o nome “Black” escrito por fora, Oskar convence-se que este se trata de mais um desafio imposto pelo seu pai. E para manter viva a chama do pai, que parece querer apagar-se da sua memória com o tempo, a criança parte numa jornada pela cidade de Nova Iorque que só terminará quando conseguir descobrir o que abre, afinal, aquela chave.
Extremamente Alto, Incrivelmente Perto” fala-nos sobre a necessidade constante de encontrar explicações para tudo na vida…e da constatação da realidade de que, infelizmente, para muitas coisas na vida não existe qualquer razão. É um filme belo, no conteúdo e na forma. O filme foi criticado por alguns devido à utilização dos atentados às torres gémeas como pano de fundo da história. Existem vários exemplos de narrativas que se apoderam do poder emotivo e trágico dos eventos para mercantilizarem o seu filme ao desbarato. Mas “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto” não pode ser acusado disso em momento algum. Ele apodera-se da moral mais poderosa desses eventos, mas vai muito mais além com a genialidade de todas as outras histórias que se entrelaça, dos sentimentos e lições de vida que explora.

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