domingo, 19 de janeiro de 2020

Dois Papas


 O grande Fernando Meirelles está de volta (Deus seja louvado). E vem com Deus atrás dele: resolveu praticar um pouco de catolicismo e presenteou-nos com Dois Papas.
Inspirado em factos reais, este é um filme totalmente focado em Joseph Ratzinger e Jorge Mário Bergoglio, que nos leva de volta ao começo do século após a morte do Papa João Paulo II e à ascençäo de Ratzinger e depois de Bergoglio. Elogios para mais tarde, e existem, obviamente, (não fosse eu apreciadora convicta de Fernando Meirelles), creio que o filme deveria ser designado como pura ficção. Para os menos conhecedores da verdadeira historia, criam-se aqui várias imagens e ideias erradas. Completamente erradas. Há claramente uma inspiração na realidade mas é tão ténue que não me permite aceitar este filme como 'baseado em factos reais.' Para os mais interessados, é fácil de encontrar as diferenças entre a verdade e a ficção. Basta pesquisar. Não me vou alongar aqui nesta questão. O que é certo é que são estas diferenças que tendem a destoar a historia ao trabalharem numa preferência pela figura do cardeal Bergoglio em detrimento de Ratzinger. E gostos à parte, o que foi foi e o que não foi não foi. E há muita coisa que assim não foi. Nem Bergoglio precisa ser tão favorecido nem Ratzinger tão menosprezado.
Quanto a elogios, é de louvar os diálogos e as interpretações de Anthony Hopkins e  Jonathan Pryce. Esta é a verdadeira joia do filme e tão bem lapidada por Meirelles. Vejam o filme e admirem estes dois atores a atuar no mesmo patamar da perfeição.

1 comentário:

Margarida Pires disse...

Nada nunca será perfeito.
Venha quem vier.
Megy Maia