A mudança radical de vida do personagem está muito aquém do merecido, no meu entender. Fica-se com a ingenua ideia de que o personagem é algo perturbado com episódios do seu passado e num momento de grande ansiedade e medo da morte, decide ouvir a fé interior e olhar para os céus e descobrir Deus. Deus é ao fim ao cabo uma resposta desesperada para alguém que vive num momento de total interrogação. Quero acreditar que a verdade é muito mais profunda que uma simples mente perturbada que de um dia para o outro decide mudar de vida e de crenças.
James Franco é um perturbado compulsivo radical bastante competente que se destaca entre um roteiro e direção pouco inspirados , que coloca a religião como elemento castrador e pouco libertador e a homossexualidade como principal inimiga de castrações e faltas de liberdade. Só que a dualidade de ambas as temáticas é muito mais ambígua que tudo isto.
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