quarta-feira, 1 de junho de 2011

20 curtas-metragens portuguesas em exibição em Nova Iorque

O Arte Institute de Nova Iorque promove quinta e sexta-feira o primeiro Festival de Curtas-Metragens Portuguesas, exibindo 20 filmes feitos por portugueses residentes em Portugal e no estrangeiro. 
Segundo um comunicado do recém-criado instituto, dirigido por Ana Ventura Miranda, "esta é a primeira vez que um evento deste tipo, envolvendo o cinema português, acontece nos Estados Unidos".
As exibições do Festival de Curtas-Metragens Portuguesas decorrerão em simultâneo em Nova Iorque, nos Anthology Film Archives na quinta-feira, às 18h00, e no Union Square Park (North Pavilion), na sexta-feira, às 19h30. Em Lisboa acontece no Auditório Carlos Paredes, às 22h30, com uma actuação de Noiserv, e no Auditório da Universidade Lusófona, às 21h30.
As curtas-metragens são maioritariamente da autoria de "jovens realizadores já galardoados com prémios europeus importantes ou seleccionados para festivais como Cannes e ÉCU -- Festival de Cinema Independente Europeu (o Sundance europeu)", refere o comunicado do Arte Institute.
Na quinta-feira serão exibidos, simultaneamente em Nova Iorque e em Lisboa, os filmes "A Viagem", de Simão Cayatte, "Vicky and Sam", de Nuno Rocha, "Viagem a Cabo Verde", de José Miguel Ribeiro, "Fotograma 23", de Victor Santos, "Tejo", de Henrique Pina Francisco Baptista, "Quando os monstros vão embora", de Bernardo Gramaxo, "Broken Clouds", de Yuri Alves, e "M.I.R.I.A.M", de Vhils x Orelha Negra Collaboration.
Na sexta-feira vão passar "Alegoria dos Sentidos", de Nelson de Castro e Wilson Pereira, "Dream Factory" e "Muzar", de Pedro Pinto, "A Corrida", de Rui Madruga e Catarina Carrola, "Sinfonia dos Loucos", de Vasco Mendes, "Smolik", de Cristiano Mourato, "O Risco", de José Pedro Lopes, "Cada mulher é um filme de amor", de Henrique Bento, "Algo de bom", de Rui Vieira, "DOC Film", de Cristovão Peças, "Comando", de Patrício Faísca e Sonat Duyar, e "Momentos", de Nuno Rocha.
A actriz Benedita Pereira é a cara deste festival, estando responsável pela sua apresentação em Nova Iorque. A portuguesa está em Nova Iorque a trabalhar e a viver já há muito tempo.
Fundado a 11 de Abril de 2011, o Arte Institute é uma organização sem fins lucrativos que pretende promover a arte e a cultura portuguesas.
Em entrevista à agência Lusa a 27 de Abril, Ana Miranda explicou que decidiu criar esta "espécie de Instituto Camões" para responder à invisibilidade da arte portuguesa nos Estados Unidos e à falta de apoios oficiais.
"Durante dois anos tentei de todas as formas chamar a atenção das autoridades e todas diziam que era uma complicação, era muito difícil de fazer, um projecto megalómano", disse a actriz, produtora, cineasta, jornalista e, mais recentemente, empreendedora cultural.
Assumindo-se como uma montra online para os artistas portugueses, o Arte Institute quer promover "todas as formas" artísticas, resume Ana Miranda, lamentando o "desconhecimento geral" sobre Portugal no seu país de adopção e na cidade pela qual diz estar apaixonada.
"Quando dizem que o Carnaval na tua terra é muito bonito ou [perguntam] de que parte de Espanha é que és, tem graça algum tempo. Ao fim de cinco anos, começa a ter pouca graça", referiu.
A jovem de 33 anos quer mostrar o Portugal "para além do fado" e a qualidade dos artistas portugueses. "Não é que seja muito patriota, tenho é um grande amor aos artistas e às formas de arte. (...) Quero que se veja que podemos ser um país muito pequenino, mas temos muita dinâmica, temos coisas que os outros não têm", considerou na altura.

Sem comentários: