Ricardo Pais cria Sombras como uma “espécie de paisagem cénica insólita” à volta de alguns dos grandes textos portugueses que visitou ao longo dos últimos anos: A Castro, de António Ferreira; o Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa; Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, entre outros. Espectáculo multidisciplinar, que retoma alguns temas da chamada mitologia portuguesa – a passagem do tempo, o regresso de um Rei, a timidez em enfrentar o seu próprio retrato – tem no fado «o seu coração sofrido» e no fandango «a sua cavalgada eufórica». Sombras conta com a colaboração de Mário Laginha (direcção musical), Paulo Ribeiro (coreografia) e Fabio Iaquone (vídeo), para produzir uma síntese onde se cruzam fala, canto e dança, artes e linguagens que Ricardo Pais foi explorando ao longo do seu percurso artístico.
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