sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Marie-Francine

 Marie-Francine acompanha a vida de uma mulher na casa dos 50, casada e bem sucedida profissionalmente. É também mãe e acaba por ser surpreendida pelo marido quando, de um dia para o outro, este lhe pede o divorcio. Inconformada, a protagonista desta historia sai de casa e entretanto descobre que foi despedida. Deste modo, a mulher vê a sua vida mudar radicalmente, ao ponto de ser obrigada a regressar a casa dos pais, por ausência de independência financeira. Marie-Francine é o reflexo das mulheres 'pós 50' que têm de recomeçar, de restabelecer laços pessoais, reerguer a vida profissional...  e Marie-Francine fá-lo de forma despretensiosa, descomprometida, meio ausente e anestesiada pelas novidades com que tropeça. E acaba por tropeçar num novo amor. 

A temática da crise de meia idade é já recorrente no cinema. Este filme é mais um que explora essa temática. Aqui, o drama ou introspeção dão lugar à comédia, a uma visão mais otimista das crises de meia idade. Vale a pena ver o filme pelo trabalho de Valérie Lemercier: que interpreta Maire-Francine e a sua irmã gémea, que assume a direção do filme e que escreve o roteiro. A temática, essa, como disse, é já algo recorrente no cinema.

É justo dizer que não temos, aqui, um filme inovador. Na realidade,  é precisamente o contrário. Mas a atuação de Valérie Lemercier e o roteiro leve e construtivo fazem deste filme uma comédia agradável e acessível a todo o publico.

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