domingo, 18 de outubro de 2020

The Last Shaman

 

Um documentário verdadeiro ou meia verdade meia ficção? É a duvida com que fico. Um jovem americano mergulhado numa profunda depressão decide viajar até ao Peru para encontrar a cura nos xamãs e na Ayahuasca- uma preparação alucinogénia feita de plantas selvagens. O documentário acompanha-o nas suas peregrinações e jornadas, intercalando imagens dos seus dias com imagens dos seus pais, angustiados e preocupados, à espera do seu regresso. Resumindo: não nos iludamos se quisermos descobrir o Peru. Do Peru só teremos as imagens.
James Freeman, o protagonista,  conhece vários xamãs que o encaminham em transes rituais e outras receitas que o debilitam fisicamente, numa giratória constante de emagrecimento e vómitos.  É clara a necessidade do afastamento da vida e rotina ocidental, o isolamento de tudo e de todos e a descoberta de um mundo indígena que se rege pelas leis da natureza. Mas também é clara a tendência do documentário em exagerar. Tanto que muitas das vezes soa tudo a falso. Atrevo-me portanto a duvidar da veracidade do documentário. E a lamentar o uso erróneo da cultura de um
país da América latina em prol de uma busca terapêutica para um mal estar tipicamente ocidental.


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