sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Klaus


Mais um filme sobre a figura do Pai Natal. Mais um no meio de tantos outros. Será too much? Será que o público precisa de mais um filme sobre o Pai Natal? Por incrível que pareça, sim. Klaus é um filme que não està a mais e ainda acrescenta algo mais.
A história é bem simples: um aprendiz de carteiro, rico e mimado, filho do presidente dos correios é enviado para uma cidade nórdica, perdida no meio do nada, para realizar o envio de seis mil cartas durante um ano. Ou isso ou perder a sua imensa herança. A cidade é longe de tudo e de todos e vive em constante conflito com dois clãs sempre em confronto. E é neste cenário gelado e esquecido que o aprendiz de carteiro vai tropeçar no velho Klaus e construir a história da dádiva de presentes que todos nós conhecemos.
Klaus é uma mistura de técnicas de animações tradicionais e modernas. Esqueçam o 3D. Os traços de desenhos à mão são uma evidência, assim como o resto que há de bom no 2D. Tudo é visualmente bem feito, desde as luzes até à textura.
Apesar da história simples e pouco surpreendente do roteiro, Klaus é delicioso. Quase mágico. Talvez porque à medida que a narrativa avança, a cidade vai ganhando novas cores, as personagens vão ganhando novos tons. E todo este desenvolvimento é consequência do relacionamento entre Klaus e o jovem carteiro. E todos os pormenores da lenda do Pai Natal vão aparecendo e encaixando-se na narrativa.
Klaus é um filme infantil que cativa claramente qualquer adulto. Merecia o Óscar, a meu ver.

2 comentários:

Margarida Pires disse...

Obrigada por partilhar.
Parece interessante.
Sorrisos de gratidão.
Megy Maia

disse...

Obrigado pela sua leitura, Megy Maia.