terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

No Portal da Eternidade

Julian Schnabel conta-nos como, porventura, foram os últimos dias de Van Gogh, apostando em filmar de câmera na mão para realçar o tom crú e angustiante do seu filme. Os seus movimentos variam entre a subtileza e a brusquidez, consoante for o humor de Van Gogh.  Assim oé também a banda sonora, ora azeda ora doce. O objectivo é tentar reproduzir os momentos de histerismo e desarrumação interior do pintor.  
Willem Dafoe é um brilhante Van Gogh e é sem surpresas um dos nomeados aos Óscares 2019. E é ele também quem nos prende ao filme quando este por vezes estagna. 
O filme não pretende arrancar sorrisos ou lágrimas (ainda bem). Pretende sim, e humildemente, mostrar a pessoa que foi Van Gogh. A pessoa e não somente o artista. Trata-se de humanizar Van Gogh. De mostrar o homem e não só o legado cultural que deixou. 

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