quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Olhares de Mulheres

A Câmara Municipal de Coimbra e a Mercearia de Arte apresentam a exposição coletiva de arte contemporânea “Olhares de Mulheres”, com dezasseis artistas portuguesas, integrando a pintura, a fotografia, a escultura, a ilustração e a instalação, reunindo assim manifestações díspares, mas bastante sintomáticas da riqueza expressiva declinada no feminino.
Esta exposição insere-se no projecto português “SHE/ELA - Idiomas femininos - processos criativos, reflexões e resistências” que tem como objectivo perscrutar, realçar e difundir o papel da mulher nas artes visuais, na criação artística, na curadoria, na crítica e na investigação, coordenada pela curadora Genoveva Oliveira. 
A  inauguração foi a 14 de fevereiro e a exposição permanecerá na Casa Municipal da Cultura de Coimbra até 18 de março.

Andrea Inocêncio | Ana Pais Oliveira | Cláudia Lopes | Débora Esperança | Helena Dias | Inês Norton | Mariana, a Miserável | Mariana Sampaio | Mariana de Castro | Patrícia Geraldes | Raquel Costa | Renata Carneiro | Sandra Ferreira | Susana Aleixo Lopes | Tamara Alves | Tatiana Santos


Eu pessoalmente destaco as obras de Inês Norton e Patrícia Geraldes.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Óscares 2015


Melhor Filme
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)", de Alejandro González Iñárritu
Melhor Realizador
Alejandro González Iñárritu - "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Melhor Ator
Eddie Redmayne - "A Teoria de Tudo"
Melhor Atriz
Julianne Moore - "O Meu Nome é Alice"
Melhor Ator Secundário
J. K. Simmons - " Whiplash - Nos Limites"
Melhor Atriz Secundária
Patricia Arquette - "Boyhood: Momentos de Uma Vida"
Melhor Filme Estrangeiro
"Ida", de Pawel Pawlikowski (Polónia)
Melhor Filme de Animação
"Big Hero 6 - Os Novos Heróis", de Don Hall, Chris Williams e Roy Conli
Melhor Documentário
"Citizen Four", de Laura Poitras
Melhor Curta-Metragem
"The Phone Call", de Mat Kirkby e James Lucas
Melhor Curta Documental
"Crisis Hotline: Veterans Press 1", de Ellen Goosenberg Kent e Dana Perry
Melhor Curta-Metragem de Animação
"Feast", de Patrick Osborne e Kristina Reed
Melhor Argumento Original
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Alejandro G. Iñarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo
Melhor Argumento Adaptado
"O Jogo da Imitação" - Graham Moore
Melhor Canção Original
"Glory", do filme "Selma - A Marcha da Liberdade" (John Stephens e Lonnie Lynn)
Melhor Banda Sonora Original
"Grand Budapest Hotel" - Alexandre Desplat
Melhor Cenografia
"Grand Budapest Hotel" - Adam Stockhausen e Anna Pinnock
Melhor Fotografia
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Emmanuel Lubezki
Melhores Efeitos Visuais
"Interstellar" - Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher
Melhor Montagem
"Whiplash - Nos Limites" - Tom Cross
Melhor Edição de Som
"Sniper Americano" - Alan Robert Murray e Bub Asman
Melhor Mistura de Som
"Whiplash - Nos Limites" - Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley
Melhor Guarda-Roupa
"Grand Budapest Hotel" - Milena Canonero
Melhor Caracterização
"Grande Budapest Hotel" - Frances Hannone e Mark Coulier

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O jogo da Imitação

O filme apresenta-nos Alan Turing, o matemático inglês que lançou as bases dos computadores modernos e que teve um papel fulcral na decifração dos códigos militares alemães durante a II Guerra Mundial. Este homem foi com uma inteligência genial e demasiado complexa para a época em que viveu debateu-se com a integração social numa Inglaterra rígida e preconceituosa, acabando mesmo por se suicidar sem ver o seu trabalho reconhecido. 
O filme, em trhiller de guerra, mostra-nos a luta contra o tempo de uma equipa de criptógrafos (onde se encontra Alan Turing), que tenta descodificar as comunicações militares alemãs. Mas entre esta narrativa militar surge numa sincronia perfeita a própria luta de Turing que, sendo um visionário quase de personalidade autista, se sente aprisionado socialmente. Esta sincronia deve muita da sua perfeição a Graham Moore (argumentista) e a Morten Tyldum (realizador) que ainda contaram com uma interpretação fabulosa de Benedict Cumberbatch (actor principal). Benedict parece não esforçar-se a representar a complexidade, a fragilidade e a tragédia da personagem. Até nos esquecemos do Benedict de voz rígida e porte arrogante de outros trabalhos. 
Menos cliché em algumas sequências e diálogos e não se perdia nada. Contudo, é um filme competente, dadas as representações maioritariamente inglesas. Arrisca-se pouco mas também se falha muito pouco. Até na abordagem à homossexualidade da personagem: o risco foi mínimo mas as falhas foram poucas. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Festival da Francesinha no Restaurante.COME

O Restaurante.COME, em Con­deixa, promove o Festival da Francesinha, de 10 de Janeiro a 9 de Fevereiro. Situado na Rua D. Elsa Sotto Mayor, n.º 5, no centro da vila de Condeixa, o restaurante funciona desde 26 de Abril de 2011.
Assim, ao longo de um mês, é possível saborear três variedades de francesinha, de carne de porco, vaca ou frango, com molho com ou sem picante, a preços convidativos.

O espaço é agradável mas já comi melhor. No entanto, o bolo de chocolate é de recomendar. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Os Monstros das Caixas

Uma animação em stop-motion. Este Monstros das Caixas é uma das maiores produções do ramo com imagens pitorescas e caricaturais bastante expressivas.
Em Ponte dos Queijais os monstros vivem encaixotados nos esgotos e aterrorizam os habitantes da localidade povoando-lhes a imaginação. Contudo, o terror é um mito. Os monstros são na verdade seres simpáticos e envergonhados e cabe a um rapaz criado por esses monstros mostrar a realidade e quiçá unir habitantes e monstros.
Imaginação e criatividade não faltam. Os detalhes não são deixados ao acaso e cada personagem tem a sua importância na história. É de louvar a mensagem passada: a desigualdade entre as classes sociais. Esta mensagem está muito para além da moralidade patente em quase todas as animações. Esta mensagem é muito mais que uma luta entre o bem e o mal. Aqui não há finais felizes. Aqui a desigualdade social é esquecida pela distração social. E isto é tão real.
Só é pena a mensagem ser só tratada como tal. É só uma mensagem transmitida. Nada mais se faz com ela.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Operação Big Hero 6

Big Hero 6 é a nova animação da Walk Disney. E pela primeira vez os estúdios Disney exploram personagens da Marvel Comics. Os escolhidos são os ainda pouco conhecidos Big Hero 6- um grupo de heróis nerds inspirados no manga japonês.
A animação é algo a que a Disney já nos habituou- de máxima qualidade. E a história, assim como os personagens, são dotados de qualidades e virtudes que demonstram bem a luta contra o mal. A Disney a isto também já nos habituou.
As sequências de acção são uma mais valia assim como os momentos cómicos do filme. Mais valia também para a mistura de duas realidades: a cultura americana e a japonesa. Veja-se logo o nome da cidade onde decorre a história- San Frantokio, uma metade americana (visualização de sítios típicos da cidade de San Francisco) com outra metade japonesa (arquitetura nipónica dos prédios, roupas, cumprimentos e monstros japoneses).
O filme não perdia nada se a história não fosse tão americanizada. Um bocadinho menos e fazia-lhe bem.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sniper Americano

Clint dirige um filme sobre um sniper que existiu realmente, Chris Kyle, herói de várias comissões no Iraque a seguir à invasão de 2003. Foi tido como o mais certeiro sniper da história do exército americano, com 160 mortes confirmadas e 255 prováveis.
O filme podia ser uma reflexão sobre o acto de matar. Podia. Mas não. O filme é mais uma quase apologia do herói ocidental americano em terrenos islâmicos. 
Clint podia muito bem trabalhar a complexidade moral da história real de Chris Kyle. Podia. E Clint já trabalhou tão bem a complexidade moral em outros filmes que realizou. Lembremo-nos do Gran Torino. 
O que falha no Sniper é esse esquecimento do quão escuro é o acto de matar mesmo que seja por uma causa justa. E esse esquecimento é até quase que esmagado pela causa justa dessa acção- o patriotismo. Bradley Cooper, o Kyle deste filme, é ele também um vazio em expressões que possam transmitir qualquer escuridão moral possível. 
Clint devia ter-se lembrado que a Kathryn Bigelow já fez isto muito melhor. Lembremo-nos de Hurt Locker. Devia. Clint também já fez muito melhor. Já.