Nesta cidade é proibido por lei as
pessoas suicidarem-se em público, pelo que a família Tuvache, que nunca
se ri, aproveita-se do desespero dos outros para ganharem dinheiro.
Contudo, a morte é algo que a própria família não consegue lidar muito
bem, quando assistem a suicídios de alguns clientes. Com o tempo, o
desespero em querer morrer conquistará também alguns membros da família,
pois não conseguem lidar mais com todos os problemas da vida. Há no
entanto uma criança, Alen, que tenta transmitir às pessoas o prazer da
vida e da felicidade, em particular às crianças da cidade, pois elas
representam o futuro e o mundo lhes pertence. “De que adianta estarmos vivos se só pensamos no suicídio?” cantava Alen no autocarro.
“A Loja dos Suicídios” não é
propriamente um filme aconselhável aos mais novos, quer pela própria
temática aqui tratada, quer pela linguagem de algumas personagens. O
humor aqui usado é bastante negro e arriscado para o público mais jovem.
O tema não é, no entanto, bem explorado. Muito menos as razões
apresentadas para todas aquelas personagens serem felizes. No final, a
vitória da ‘vida’ sobre a ‘morte’ foi bastante fácil. A resolução
encontrada para a intriga foi deveras simples e banal. Podia ter-se ido
mais longe no conceito da morte e da vida. Daí o argumento ser medíocre e
o filme peca muito com isso. O que é pena, pois o desenho dos cenários e
das personagens e os números musicais possuem um interessante estilo e
um humor negro muito francês.
O fraco argumento e a abordagem que o realizador adotou não conseguem encontrar um equilíbrio, tornando o filme demasiado infantil para os adultos e macabro para as crianças.
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