Demi Moore representa Elisabeth, uma instrutora de fitness de Hollywood, que vê o seu contrato terminado abruptamente por causa da sua idade- aparentemente està velha demais. O diretor do programa procura agora alguém mais novo, que não ultrapasse os 30 anos. Elisabeth fica devastada e desenvolve dismorfia corporal, apesar do seu incrível aspeto para a idade que carrega. Frustrada e desesperada decide aceitar um convite misterioso com a promessa de que pode voltar a ser jovem. E o filme relata precisamente as consequências desta escolha e a degradação da qualidade de vida de Elisabeth por ter-se deixado atrair por esta droga 'da eterna juventude'. A atuação de Demi Moore é extraordinária. Não precisa de falar para comunicar com o publico: o seu olhar e linguagem corporal dizem tudo. Mas, na verdade, o elenco inteiro, merece uma enorme ovação pela excelente caracterização das personagens. Como filme que entra no género de terror psicológico 'A Substância' não desilude: cenas extremamente gráficas e nojentas que nos embrulham o estômago. Mas a narrativa é na sua maioria fantástica ao apoiar-se na premissa dos limites da beleza e a finitude e efemeridade de tudo. E estamos perante um belo exemplo da sétima arte até aos últimos vinte minutos do filme. Aqui começa a minha deceção pelo exagero desmesurado na utilização do fantástico que extrapola os limites do aceitável. A sequência final poderia, em vez de caminhar para este exagero, tentar dar resposta a questões que ficam no ar: será que a incessante busca de Hollywood pela beleza eterna vale a pena? Quais são as consequências? Por que razão as mulheres se sujeitam a certas coisas?
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