
O filme passa-se em 2022, altura em que os Estados Unidos foram "reagrupados" após vários anos em que a pobreza e a violência invadiram descontroladamente o país. Agora,
anualmente, acontece a purgação: 12 horas em que qualquer
cidadão do país pode cometer crimes sem ser condenado. Esta medida diminui a violência anual e ajuda na recuperação económica do país: os ricos usam este dia para chacinar as minorias (pobres, inválidos) que interferem no atraso do país. O argumento tem umas quantas falhas que tornam este cenário sempre fictício. Nomeadamente na esfera económica: é impossível criar uma sociedade rica numa plataforma de equilíbrio e igualdade ao aniquilar a pobreza. Riqueza e pobreza justificam-se e criam-se uma à outra. No entanto, há no argumento um apelo lógico e consciente: onde se esconde a solidariedade humana quando a humanidade se perde? Repleto de inúmeros clichés dos filmes de terror, o filme desperdiça uma boa meia hora em narrações funcionais e banais, para depois cair vertiginosamente no ritmo agressivo e assustador que o espetador antevê desde o início. Previsível, todo este terror.
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