Com 55 minutos de duração, “Maria Sharapova: O Ponto” tem como missão mostrar a atleta russa de forma mais intimista aquando da sua tentativa de retomar a carreira após um exame positivo de antidoping, no início de 2016. Maria, fria e distante, características que os media divulgaram ao longo dos anos, é aqui exposta como pessoa frágil, angustiada e preocupada, mas com um enorme controlo de qualquer situação. Portanto, desmistifica-se um pouco aquela imagem de 'bloco de gelo' mas nada demonstra que ela não seja um pouco daquela força gelada. Porque por mais filmagens intimistas que hajam, nunca conseguimos desvendar como ela é verdadeiramente. Os depoimentos são todos dados pela própria e não há intervenção de qualquer membro da sua equipa ou família, embora ela não se canse de salientar o apoio que teve de todos eles. Não sei bem o objetivo deste documentário mas dada a forma de narração e de único interveniente, creio que ele está mais para propaganda a favor da tenista que outra coisa. Sharapova assume claramente o erro ao explicar que não esteve atenta (nem ela nem a sua equipa) à lista de medicamentos considerados doping. Sharapova assume claramente a força de vontade em se erguer e não culpabilizar ninguém além da 'distração' de todos. Sharapova é claramente uma força da natureza, um icebergue cheio de vontade em não quebrar de novo. Por tudo isto, não haveria motivo deste documentário ser tão tendencioso a favor da intérprete.
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