quarta-feira, 30 de maio de 2012

“Vânia” no Teatro da Trindade



 até 10 de junho
Quarta a sábado, às 21h | Domingo às 17h
Teatro Trindade | Sala Principal



Dramaturgia e encenação: Isabel Medina 
Assistência de encenação: Marta Lapa
Cenografia e Adereços: Stephane Alberto
Desenho e Coordenação dos Figurinos: Helena Isabel
Desenho de Luz: Paulo Sabino
Ambiente Sonoro: Adriano Filipe

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Palma de Ouro do Festival de Cannes vai para Amour de Michael Haneke


Depois de em 2011 o prémio máximo do Festival de Cannes ter sido entregue a A Árvore da Vida, de Terrence Malick, o júri 2012, sob a batuta do realizador italiano Nanni Moretti, premiou um filme que acompanha os últimos meses de um casal idoso interpretado por Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant.
Amour, de Michael Haneke, era o filme favorito da maior parte da imprensa presente no Festival de Cannes 2012, edição que muitos dizem ter sido a melhor em muitos anos. Nanni Moretti, presidente do júri, podia perfeitamente assestar os holofotes noutro filme.
Na volta, Amour foi o vencedor da cerimónia de encerramento que teve lugar ao fim da tarde de domingo sob chuva torrencial em Cannes, valendo ao realizador austríaco a sua segunda Palma de Ouro após O Laço Branco em 2009.
O júri fez questão de assinalar, ao entregar o prémio, o trabalho fundamental dos seus actores, Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant, dois veteranos do cinema francês convocados para interpretar um casal idoso confrontado com a doença terminal da esposa. (Trintignant aceitou interromper o seu "auto-exílio" dos écrãs para entrar no filme, e Haneke disse que se ele tivesse recusado o filme não se faria.)
Mesmo que Amour fosse um vencedor "anunciado", o restante palmarés trouxe confirmações e surpresas. Confirmou o dinamarquês Mads Mikkelsen, que já foi vilão de James Bond (em Casino Royale), favorito para melhor actor em The Hunt de Thomas Vinterberg.
O novo filme do romeno Cristian Mungiu (Palma de Ouro por 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias), no geral bem recebido, foi o único filme a "repetir" no palmarés, com os prémios de melhor argumento e melhor actriz, este entregue ex-aequo a Cosmina Stratan e Cristina Flutur.
E The Angel's Share, comédia do veterano inglês Ken Loach (Palma de Ouro por Brisa de Mudança) sobre desempregados de Edimburgo e uma golpada com whiskies, gerou bastante entusiasmo na Croisette. O júri de Moretti deu-lhe o Prémio do Júri com Loach a enviar nos agradecimentos os seus votos de solidariedade para com os resistentes europeus à austeridade económica.
O júri surpreendeu, contudo, ao dar o Grande Prémio - o segundo mais importante do certame - a Reality, onde o italiano Matteo Garrone, realizador de Gomorra, lança um olhar sobre a cultura dos reality-shows televisivos. Reality foi um dos filmes menos unânimes da competição, tal como Post Tenebras Lux do mexicano Carlos Reygadas, que recebeu o prémio de realização.
Reygadas, ao receber o prémio, não resistiu ironicamente a agradecer à imprensa que "tanto o tinha apoiado", e Nanni Moretti, na conferência de imprensa após a cerimónia de encerramento, confessou que esse fora um de três filmes que dividiram abertamente o júri. Dos três, foi o único a entrar no palmarés: os outros dois, Paradise: Love, do austríaco Ulrich Seidl, e Holy Motors, o regresso do enfant terrible francês Léos Carax, ficaram de fora. Este último foi o evidente "caso" do festival, "o" filme de que toda a gente falava entre duas projecções, o que justificou alguma indignação junto dos seus muitos apoiantes pela sua ausência do palmarés.
O palmarés da 65ª edição do festival completa-se com a Câmara de Ouro, prémio atribuído ao melhor primeiro filme no conjunto das secções competitivas, ao americano Beasts of the Southern Wild de Benh Zeitlin, já vencedor de Sundance 2012. A Palma de Ouro da Curta-Metragem coube a Sessiz-be Deng, do turco Rezan Yesilbas.
Nas secções paralelas, foi a América Latina que saiu vitoriosa: a Quinzena dos Realizadores entregou o seu prémio principal a No, do chileno Pablo Larraín, e Un Certain Regard premiou Después de Lucía, do mexicano Michel Franco.
Palma de Ouro: Amour, de Michael Haneke
Grande Prémio do Júri: Reality, de Matteo Garrone
Prémio do Júri: The Angel's Share, de Ken Loach
Prémio de Realização: Carlos Reygadas, Post Tenebras Lux
Prémio de Interpretação Masculina: Mads Mikkelsen, The Hunt
Prémio de Interpretação Feminina: Cristina Flutur e Cosmina Stratan, Beyond the Hills
Prémio de Argumento: Beyond the Hills, de Cristian Mungiu
Câmara de Ouro (Melhor Primeiro Filme): Beasts of the Southern Wild, de Benh Zeitlin
Quinzena dos Realizadores: No, de Pablo Larraín
Un Certain Regard: Después de Lucía, de Michel Franco

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Espólio de Saramago chegou à Casa dos Bicos


A equipa da Fundação José Saramago acolheu com aplausos a chegada do camião-contentor, cerca do meio-dia, com o espólio do Nobel da Literatura, proveniente de Lanzarote, onde mantinha a residência principal até 18 de junho de 2010, data do falecimento.
"É um momento muito especial e emocionante", disse à agência Lusa Pilar del Rio, presidente da Fundação Saramago, através de um contato telefónico para o México, onde se deslocou para estar presente no funeral do escritor Carlos Fuentes, que era amigo da família.
Composto por livros, manuscritos inéditos, fotografias, correspondência, objetos pessoais de Saramago e o próprio escritório onde escrevia na casa de Tías, em Lanzarote, este espólio - considerou Pilar, viúva do escritor - "veio para a Casa dos Bicos para ser partilhado com portugueses e estrangeiros".
Questionada sobre a data da abertura da Casa dos Bicos, cujas obras de remodelação estão ainda a decorrer, Pilar del Río apontou a inauguração para o final da segunda quinzena de junho, com a exposição "A semente e os frutos", baseada no espólio.
Pilar assistiu à chegada do camião através de um contacto telefónico com imagem, e foi dando orientações à equipa sobre a disposição das dezenas de caixas, que foram subindo por uma plataforma elétrica e entrando através de uma janela do edifício.

domingo, 20 de maio de 2012

Alkantara Festival



De 23 de Maio a 10 de Junho, Lisboa vai receber 21 espectáculos, fora manifestações paralelas (apresentações informais, conferências, debates e lançamentos), de alguns dos mais interessantes nomes internacionais do teatro e da dança. 

Logo a abrir (São Luiz, 23 e 24 Maio), o encontro entre o sul-africano Boyzie Cekwana e o moçambicano Panaíbra Canda que apresentam, em estreia europeia, The Inkomati (dis)cord, partindo do incumprimento do pacto de não-agressão assinado em 1984 entre Moçambique e África do Sul. O tom fica dado para um festival que nos traz também, de Marrocos, Madame Plaza, de uma coreógrafa, Bouchra Ouizguen, assombrosa pela sua fé nas tradições (São Luiz, 2 e 3 de Junho); e, de França, o criador Phillipe Quesne, de regresso à Culturgest com Big Bang (25 e 26 de Maio), depois de aí ter mostrado, em 2009, L'Effet de Serge e La Mélancolie des Dragons. Lugar ainda para novas peças de Meg Stuart (The fault lines, Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, 26 e 27 de Maio) e dos colectivos Dood Paard, com uma variação sobre o Otelo, de Shakespeare (Othelo (bye bye), Maria Matos, 3 e 4 Junho), e Stan, que se atiram a Mademoiselle Else, de Schnitzler (São Luiz, 8 de Junho). E aponte-se este nome: Schwalbe, jovem colectivo, nova coqueluche holandesa que experimenta a resistência física como se não houvesse amanhã.

Num registo mais pessoal, o Alkantara vai sair dos teatros e ocupar a sala de leitura da Biblioteca Nacional (aí haverá uma peça de Tim Etchells, dos Forced Entertainment, para duas pessoas de cada vez), e acabar o dia a ver o pôr-do-sol na praia das Avencas, onde Ana Borralho e João Galante criarão uma instalação para 20 espectadores. Da presença nacional, destaque ainda para Três dedos abaixo do joelho, que o encenador Tiago Rodrigues prepara a partir dos registos deixados pela Comissão de Censura (D. Maria II, 29 de Maio a 3 de Junho) para o regresso de João Fiadeiro à Culturgest com Secalharidade (1 a 3 de Junho), e para a estreia da nova peça da dupla de coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz que, com Fora de qualquer presente (Centro Cultural de Belém, 1 e 2 de Junho), mostram o resultado do Prix Jardin d'Europe, que no ano passado os destacou. E Marlene Monteiro Freitas traz a Lisboa (M)imosas, co-assinado com Trajal Harrell, François Chaignaud e Cecilia Bengolea, a partir da dança vogging tão comum no submundo nova-iorquino dos anos 60 (CCB, 4 e 5 de Junho).

Anne Teresa de Keersmaeker fecha o festival com o díptico En Attendant (Culturgest, 5 e 6 Junho) e Cesena(CCB, 8 e 9), em mais uma das etapas da presença da coreógrafa belga na cidade. E os bailarinos da Rosas e os músicos do Graindelavoix juntar-se-ão no dia 10 para um concerto a partir de Cesena, em local a determinar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Olga Roriz recebe Prémio União Latina




A notícia foi confirmada pela própria coreógrafa que disse que “o prémio distingue também a dança, numa altura em que as artes parecem excluídas da vida quotidiana”.

Olga Roriz, que prepara neste momento a remontagem, na Companhia Nacional de Bailado e no Ballet Teatro Guaíra (de Curitiba, Brasil), da sua coreografia Sagração da Primavera, estreada em 2011, diz que o prémio “tem um sabor agridoce”: “É prestigiante, e de louvar, mas não nos podemos esquecer do momento estranho que as artes vivem neste momento ”. Por isso, “a surpresa” é tanto maior, porque “permite esquecer essa ambivalência”.

A situação de que fala tem exemplos muito concretos, como é o caso da perda eminente de espaço de trabalho. Olga Roriz foi informada de que a sua companhia, que parte no sábado para Macau onde apresentará, no centro cultural da cidade, a criação de 2007, Nortada, deverá abandonar em Setembro as instalações que ocupava há dois anos na Rua da Prata.  A seguradora Tranquilidade, com quem havia estabelecido um protocolo de cedência de espaço que lhe permitia abrir o espaço a aulas e residências artísticas de outros criadores, decidiu ali construir um hotel. 

A coreografia A Cidade, com estreia em Outubro em Viana do Castelo, seguindo-se depois a digressão nacional, será a última que a coreógrafa ali vai poder criar.

O prémio, no seu décimo aniversário, distinguiu já o cineasta Manoel de Oliveira, o ensaísta Eduardo Lourenço (que presidiu este ano ao júri), o arquitecto Álvaro Siza Vieira, o ex-Presidente da República Mário Soares, a helenista Maria Helena da Rocha Pereira, o historiador José Mattoso, o actor e encenador Luís Miguel Cintra, o pintor Júlio Pomar, o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e a escritora Lídia Jorge.

A cerimónia de entrega do prémio será dia 29 de Maio, no Instituto Camões, em Lisboa, presidida pelo secretário de estado dos Assuntos Europeus, Miguel Morais Leitão.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dead Combo actuam em Cannes


Os portugueses Dead Combo vão actuar no dia 25 no Festival de Cinema de Cannes, a propósito da estreia mundial do filme “Cosmopolis”, de David Cronenberg, disse à agência Lusa o produtor Paulo Branco.
 
O produtor convidou Pedro Gonçalves e Tó Trips, a dupla dos Dead Combo, a actuarem na festa de apresentação de “Cosmopolis”, no dia da estreia internacional do filme, em Cannes, onde compete pela Palma de Ouro.

“Cosmopolis”, realizado por David Cronenberg, a partir de um romance de Don DeLillo, conta com produção de Paulo Branco e interpretação do actor Robert Pattinson, à frente de um elenco que inclui ainda Paul Giamatti, Juliette Binoche, Mathieu Amalric e Samantha Morton,.

Os Dead Combo editaram em Outubro passado o álbum “Lisboa Mulata” e recentemente participaram no programa televisivo norte-americano “No Reservations”, quando o seu autor, Anthony Bourdain, fez um episódio sobre Lisboa.

Graças à participação naquele programa, que foi exibido no final de Abril nos Estados Unidos, os Dead Combo tiveram três álbuns entre os mais vendidos nos Estados Unidos, através do portal iTunes.

O grupo, que pratica apenas música instrumental, para guitarra e contrabaixo (e baixo), é elogiado pela incorporação de sonoridades latinas, africanas e americanas nas composições, como se fossem a banda sonora de uma identidade portuguesa mestiça.

“Cosmopolis” terá estreia comercial no dia 31 e antestreia no dia 29 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde são esperados David Cronenberg, Don DeLillo e Robert Pattinson.

domingo, 13 de maio de 2012

Maria João Worm vence Prémio Nacional de Ilustração


A ilustradora e autora de banda desenhada Maria João Worm venceu o Prémio Nacional de Ilustração 2011 com o livro “Os animais domésticos”, disse hoje à Lusa fonte da Direcção-geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB). 
 
Com texto e linogravuras de Maria João Worm, o livro “Os animais domésticos” foi editado no ano passado pela editora independente Quarto e Jade.

Para o júri da 16.ª edição do Prémio, “Os animais domésticos” é “um objecto singular que se constitui como uma verdadeira obra aberta, disponível a leituras criativas”.

“A obra articula textos breves (como legendas) caligrafados e imagens imprecisas, num ambiente onírico e íntimo que se desdobra aos olhos do leitor, permitindo-lhe desconfiar do que não vê, e sorrir”, sublinhou o júri.

“Os animais domésticos” reúne nove gravuras feitas por Maria João Worm na década de 1980 e que representam animais a executarem tarefas domésticas, como passar a ferro, costurar e estender a roupa.

Maria João Worm, que receberá um prémio monetário de cinco mil euros, nasceu em 1966 e tem um percurso discreto, mas original, na banda desenhada e ilustração portuguesas, publicando em colectâneas e pequenas editoras independentes, à margem dos grandes grupos editoriais.

Integrou várias edições do Salão de BD e Ilustração de Lisboa e, mais recentemente, fez parte da exposição retrospectiva da banda desenhada portuguesa “Tinta nos Nervos”, que esteve patente no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em 2011.

Publicou, entre outros, “Electrodomésticos classificados”, “Trapalhadas azaradas com bolo de chantily”, com texto de Rita Taborda Duarte, “O homem bestial”, com João Paulo Cotrim.

Maria João Worm foi finalista do curso de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, passou pelo curso de cinema de animação e deu aulas no Ar.co.

Na 16.ª edição do Prémio Nacional de Ilustração foram ainda atribuídas menções especiais a José Manuel Saraiva, pela ilustração de “Cesário Verde - Antologia Poética”, editado pela Kalandraka, e a Catarina Solbral pela estreia editorial com “Greve”, editado pela Orfeu Negro.

Maria João Worm, José Manuel Saraiva e Catarina Sobral receberão ainda 1.500 euros cada, para suportar uma ida à Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Itália, em 2013.

O júri também destacou a obra de André Letria, pelas ilustrações de “Se eu fosse um livro”, com texto de José Jorge Letria, publicada pela Pato Lógico.

Do júri fizeram parte Adriana Baptista, docente universitária, Mariana Viana, coordenadora do Mestrado em Ilustração, e Cristina Grácio, em representação da DGLB.

Nesta 16.ª edição do Prémio Nacional de Ilustração, foram analisadas 116 obras, publicadas em 2011 por 43 editoras, da autoria de 72 ilustradores.

sábado, 12 de maio de 2012

World Press Photo 2012




A edição deste ano do World Press Photo 2012 reúne mais de 160 fotografias, premiadas no âmbito de um concurso ao qual se candidataram mais de 101 mil imagens de mais de 5000 fotógrafos de 124 países diferentes.
O fotógrafo espanhol Samuel Aranda foi o vencedor desta 55ª edição, com um retrato de uma mãe que abraça o seu filho Zayed, depois deste ter sido vítima dos efeitos de gases lacrimogéneos depois de participar numa manifestação contra o regime do Presidente Ali Abdullah Saleh, no Iémen. Esta fotografia, que Samuel Aranda tirou para o "The New York Times", tornou-se um retrato simbólico da Primavera Árabe.
Esta e outras fotografias de outros candidatos ao prémio, vão estar numa exposição que resulta da parceria entre a Fundação EDP e a revista Visão.

Museu de Electricidade, Lisboa

27 Abr a 20 Mai
Entrada Livre

segunda-feira, 7 de maio de 2012

FESTIN


A terceira edição do FESTin decorre de 9 a 16 de maio, no Cinema São Jorge. Depois de homenagear Moçambique (2010) e Portugal (2011), o FESTin dá agora especial enfoque ao cinema brasileiro, enquadrando-se no ano do Brasil em Portugal.
O ator Jardel Filho e o realizador Hector Babenco serão alvo de retrospetivas com a exibição de algumas das suas principais obras, entre as quais o celebrado "Pixote - a Lei do Mais Fraco", em que Jardel Filho foi dirigido por Babenco. O realizador estará presente no festival para apresentar a obra.
Para além das duas habituais secções de competição - com 13 longas e 20 curtas-metragens - o festival integra a partir deste ano a Mostra de Cinema Brasileiro, anteriormente organizada pela Fundação Luso-Brasileira, que se subdivide igualmente em longas e curtas-metragens.
À semelhança das edições anteriores mantém-se a Mostra de Cinema para a Inclusão que, com o apoio da EDP, reúne um conjunto de 10 curtas-metragens de âmbito social, com destaque para a apresentação do projeto "Quinta do Mocho". A mostra FESTin Musical e atividades paralelas, como oficinas e mesas-redondas, completam a programação.
Para mais informações:
www.festin-festival.com

domingo, 6 de maio de 2012

Palmarés do IndieLisboa

De Jueves a Domingo, primeira longa-metragem da chilena Dominga Sotomayor, é o vencedor da competição internacional do IndieLisboa, anunciado na noite deste sábado, em Lisboa. A nona edição do certame escolheu como melhor longa-metragem portuguesa o documentário de Helena Inverno e Verónica Castro Jesus por um Dia, e premiou ainda L'Estate di Giacomo, de Alessandro Comodin, Whores' Glory, de Michael Glawogger, e as curtas Juku, do boliviano Kiro Russo, e Cama de Gato, dos portugueses Filipa Reis e João Miller Guerra. O júri de longas-metragens, formado pela programadora Agnès Wildenstein e pelos cineastas João Canijo e Lionel Baier, virou-se para uma ideia clássica de cinema de autor, observacional e estilizado, e para o reconhecimento das pequenas cinematografias mundiais, que têm sempre merecido particular atenção do Indie. Curiosamente, os vencedores da edição 2012, tanto em longas como em curtas-metragens vêm da América Latina, presença regular na competição do festival e autêntico "viveiro" de algum do melhor cinema contemporâneo. De Jueves a Domingo, vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa, é um primeiro filme prometedor e minimalista, observando a desintegração de um casal pelos olhos da sua filha adolescente ao longo de uma turbulenta road trip pelo Chile profundo. Já premiado no festival de Roterdão, De Jueves a Domingo é também a confirmação do valor de uma nova geração de cineastas chilenos que inclui ainda Pablo Larraín (Tony Manero) ou Cristián Jiménez (Bonsái). É uma escolha relativamente consensual num ano em que a competição internacional do festival foi bastante forte. Já na competição nacional, transversal às várias secções e este ano no geral decepcionante, o júri optou por dar o galardão de melhor longa nacional ao documentário Jesus por um Dia. A estreia em nome próprio da artista visual Helena Inverno e da antropóloga visual Verónica Castro acompanha, sem entrevistas nem voz-off, a participação de reclusos do estabelecimento prisional de Bragança numa encenação local da Paixão de Cristo. O prémio de distribuição, escolhido de entre as obras a concurso, coube a L'Estate di Giacomo, filme a meio caminho entre o documentário e a ficção onde o italiano Alessandro Comodin, abertamente influenciado por cineastas portugueses como Miguel Gomes, acompanha o Verão de um adolescente surdo na província veneziana. O galardão destina-se à aquisição dos direitos de distribuição do filme para Portugal. Quanto ao vencedor do Prémio do Público, escolhido através da votação das audiências que estiveram no festival independentemente das secções, foi o documentário Whores' Glory, apresentado fora de concurso e assinado pelo documentarista austríaco Michael Glawogger, que já foi alvo de retrospectivas em edições anteriores do festival. Na categoria de curtas-metragens, cujos prémios foram anunciados em cerimónia separada na noite de sexta-feira, o júri composto pelos programadores Maria João Madeira e Paolo Moretti e pelo actor Gabriel Spahiu atribuiu o Grande Prémio a Juku. Trata-se da segunda curta de Kiro Russo, pseudónimo do boliviano Mauricio Quiroga, sobre o quotidiano dos mineiros bolivianos. A melhor curta portuguesa foi Cama de Gato, uma quase-longa de 60 minutos realizada por Filipa Reis e João Miller Guerra no âmbito do seu projecto de inserção com habitantes do Bairro da Bela Vista em Setúbal. O prémio a Cama de Gato é apenas o mais recente alinhado pela dupla de realizadores, cujos anteriores Li Ké Terra e Nada Fazi foram premiados, respectivamente, no DocLisboa e no Fantasporto. Ainda nas curtas nacionais, João Salaviza recebeu o prémio de realização por Cerro Negro, curta realizada entre a sua Palma de Ouro em Cannes, Arena, e o Urso de Ouro em Berlim, Rafa, e Salomé Lamas o Prémio Novo Talento pela sua curta experimental Encounters with Landscape (3x).Todos os filmes vencedores podem ainda ser vistos neste domingo: De Jueves a Domingo às 18h00 na Culturgest, Jesus por um Dia no São Jorge às 15h30, Whores' Glory no São Jorge às 21h45 e as curtas premiadas às 19h15 e 21h45 na Culturgest. O IndieLisboa encerra neste domingo com a exibição de um hat-trick de documentários: Meu Caro Amigo Chico, de Joana Barra Vaz, sobre Chico Buarque; Vou Rifar Meu Coração, de Ana Rieper, sobre a música romântica brasileira; Le Voyage Extraordinaire, de Serge Bromberg e Éric Lange, sobre o restauro de Le Voyage dans la Lune de Georges Méliès; e A Vossa Casa, de João Mário Grilo, sobre a arquitectura de Raul Lino.
 Palmarés
 Longas-metragens
Grande Prémio Cidade de Lisboa: De Jueves a Domingo, de Dominga Sotomayor Melhor Longa Portuguesa: Jesus por um Dia, de Helena Inverno e Verónica Castro
Prémio de Distribuição: L'Estate di Giacomo, de Alessandro Comodin
Prémio do Público: Whores' Glory, de Michael Glawogger
Prémio Pulsar do Mundo: Meet the Fokkens, de Gabrielle Provaas e Rob Schröder
Curtas-metragens Grande Prémio: Juku, de Kiro Russo
Melhor Curta Portuguesa: Cama de Gato, de Filipa Reis e João Miller Guerra
Melhor Realizador Português: João Salaviza, por Cerro Negro
Prémio Novo Talento: Salomé Lamas, Encounters with Landscape (3x)
Prémio do Público: Retour à Mandima, de Robert-Jan Lacombe
Prémio do Público IndieJunior: O Cão e a Chave, de Hee Jung Kim

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Björk refere-se a Amália como uma grande inspiração


Entre as várias influências de Björk está o fado e, em particular, a música de Amália Rodrigues. Foi a própria cantora islandesa, que em junho regressará a palcos portugueses, que referiu sentir-se inspirada pela fadista. "Já a oiço há anos, mas vi um documentário sobre ela, e sentia-se tanta emoção. Ela vai direta ao coração. A sua colaboração íntima com os poetas portugueses é admirável", diz Björk salientando ainda: "É bom saber que ela teve um papel importante na construção do próprio fado".
Foi há 15 anos que a islandesa descobriu a obra de Amália Rodrigues e desde então tornou-se uma das suas maiores influências.
Além dá fadista, Björk destacou ainda a obra de artistas como o rapper Death Grips, Dirty Projectors, Current Value, entre outros.
A cantora vai estar presente na primeira edição portuguesa do festival Primavera Sound, a realizar-se no Porto, atuando no dia 9 de junho, onde vai apresentar um espetáculo centrado no álbum 'Biophilia'.