quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A leopoldina

O novo CD da Leopoldina contém todos os temas que todos nos lembramos de ouvir em crianças, na voz dos grandes talentos de Portugal. Já imaginou os Xutos & Pontapés a cantarem “Eu perdi o dó da minha viola”? ou David Fonseca a cantar a música do “Vitinho”? e que tal Pedro Abrunhosa a interpretar “Era uma vez um cavalo” e Rita Redshoes a cantar… “Rita”?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Mistérios de Lisboa" recebeu o Prémio Louis Delluc em França

O Prémio Louis Delluc, que distingue o melhor filme francês do ano, foi ganho pela produção luso-francesa "Mistérios de Lisboa", realizado pelo chileno Raul Ruiz. "O Escritor Fantasma", de Roman Polankski" , "Dos Homens e dos Deuses", de Xavier Beauvois ou "Carlos" de Olivier Assayas eram outros dos potenciais vencedores. "Mistérios de Lisboa", adaptação do romance com o mesmo nome de Camilo Castelo Branco, já tinha sido distinguido no Festival de San Sebastián e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. 
O vencedor do prémio Delluc do ano passado foi "Um Profeta", de Jacques Audiard, que viria a ser um dos cinco nomeados para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. No passado, realizadores como Jean-Luc Godard, Jacques Tati e Alain Resnais foram distinguidos com o galardão, que é atribuído desde 1937.
Do elenco do filme, que estreou em Portugal em Outubro, fazem parte Léo Seydoux, Maria João Bastos e Ricardo Pereira. O júri do prémio foi presidido por Gilles Jacob, director do Festival de Cannes.
Segundo o press release da distribuidora Atalanta, o filme, que ainda está em exibição no cinema King em Lisboa, vai ser exibido no dia 22 deste mês no Cine-Teatro S. Pedro em Abrantes. Em Janeiro, "Mistérios de Lisboa" vai ser visto em Faro, Portimão, Sesimbra.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Recomendo:

Lisboa tem mais um espaço gourmet. Chama-se Quinoa, em homenagem a um cereal originário da América do Sul, e fica no Chiado (Rua do Alecrim, 54). Além de padaria biológica, com uma dezena de variedades de pão feito na hora – do pão de centeio com especiarias ao de quinoa –, também é uma cafetaria, uma casa de chá e uma loja de produtos gourmet, como chás Mariage Frères e Kusmi Tea, compotas e patés Fauchon, chocolates biológicos e mel nacional. Na carta pode encontrar várias receitas originais, entre muffins, bagels (de salmão fumado, queijo e cebolinho), uma trilogia de hambúrgueres biológicos, sanduíches saudáveis, sopas, saladas, sumos naturais e doces caseiros. Do antiquário que existia neste edifício centenário ficaram a grande porta encarnada da entrada, as arcadas em pedra e a escadaria em madeira que leva à mezanine. O design e a atmosfera cosmopolita completam o cenário. Aberto terça e quarta-feira, das 8h00 às 20h00; quinta e sexta-feira, das 8h00 às 22h00; sábado, das 10h00 às 22h00; e domingo, das 10h00 às 18h00.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Deolinda nos melhores discos do ano do jornal "Sunday Times"

O álbum "Dois Selos e um Carimbo", do grupo Deolinda, foi considerado um dos dez melhores álbuns do ano na área de world music e jazz pelo jornal inglês Sunday Times.
O grupo de Ana Bacalhau volta a pontuar entre os dez melhores, tal como aconteceu com o disco de estreia "Canção ao lado", no ano passado, que ficou também entre os dez melhores.
"Dois selos e um carimbo" coloca-se ao lado de álbuns de Fela Kuti, Angelique Kidjo, Amira & Merima Kljuco e de Seu Jorge.
Também esta semana, o "The Huffington Post" escreveu sobre a banda portuguesa, destacando a voz singular de Ana Bacalhau e a alegria contagiante das músicas da banda portuguesa que começa agora a entrar no mercado internacional. Até há pouco tempo, os Deolinda estiveram em digressão nos Estados Unidos.
"Dois Selos e um Carimbo", ó segundo álbum da banda, já é disco de Platina em Portugal.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Documentário português sobre o Complexo do Alemão

"Complexo: Universo Paralelo", o documentário português filmado nas favelas do Rio de Janeiro foi distinguido no Artivist Film Festival. O documentário foi filmado no Complexo do Alemão, um conjunto de favelas que nos últimos dias foi ocupado pelas forças militares e policiais brasileiras. 

"Complexo: Universo Paralelo" ganhou o prémio Direitos Humanos no Artivist Film Festival, festival norte-americano dedicado aos direitos dos animais e preservação do ambiente, além dos direitos humanos, que nesta edição mostra os filmes em Hollywood, entre 1 e 4 de Dezembro, em Nova Iorque , de 9 a 12 de Dezembro, e no Rio de Janeiro na Primavera de 2011.

As filmagens de "Complexo: Universo Paralelo" não foram nada fáceis, conta Henrique Salgado, produtor do filme. "Foi difícil, ganhar a confiança das pessoas, pesquisar, lidar com a diversidade de situações... nada disso foi fácil. Nem encontrar um ângulo de abordagem imparcial; mas acho que conseguimos", acrescentou. 

"Complexo: Universo Paralelo", criado em conjunto pelos irmãos Patrocínio, Mário e Pedro, realizador e director de fotografia, respectivamente, é um documentário sobre a vida no Complexo do Alemão, um conjunto de favelas considerado um dos lugares mais perigosos da América do Sul. Mostra a convivência, lado a lado, entre os traficantes e as pessoas que tentam sobreviver em condições difíceis. "Não mostramos só violência e sangue. Tentamos mostrar como é difícil viver lá". O documentário, que vai estrear em Portugal no início de 2011 mas ainda está em negociações para estrear no Brasil, foi filmado sem apoios. "Não tivemos ajudas, tivemos que entrar com o nosso dinheiro. No Brasil, diziam que estávamos malucos por pensar em filmar no Complexo; em Portugal ninguém sabia muito sobre o tema". Os irmãos Patrocínio e o produtor acabaram por alugar material, formar uma equipa com um brasileiro e um português e avançar com o projecto. Isto em Junho de 2007, uma altura em que o Complexo estava cercado por 1500 polícias. 

Os irmãos Patrocínio direccionaram as câmaras para três pessoas: Dona Célia, mulher que vive no limiar da miséria com o marido e oito filhos numa casa com pouco mais de 12 metros quadrados; Seu Zé, o presidente da Associação de Moradores do Complexo Alemão há 30 anos - assistiu à chegada das drogas, das armas; e por fim MC Playboy, um músico local que tenta mostrar que nas favelas não existem só traficantes, que representam um dos poderes instituídos no Complexo do Alemão.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Angel City

Produção Teatro A Barraca, com texto de Sam Shepard, direcção de Rita Lello, interpretação de Paulo Curado, Pedro Borges, Ruben Garcia, Sérgio Moras, Sérgio Moura Afonso e Vânia Naia, música original de Paulo Curado (saxofone), Ricardo Santos e Pedro Freixo (electrónica), desenho de luz de Fernando Belo, desenho de som de Ricardo Santos, stage fighting de Nuno Constantino, figurinos de Inna Siryk, adereços pela A Barraca. 
À porta fechada, numa sala com vista sobre a cidade, guionistas, produtores e secretarias, em frenesim criativo procuram uma catástrofe, um êxito incontornável que conduza as massas ao delírio. Lá fora a pressão do público, do orçamento, do lucro, do resultado, da poluição. Infalibilidade é o que se pretende. Sam Shepard situa as suas personagens em Clover City, mas também podiam estar num armazém em Vialonga. A sala é uma penthouse mas podia ser um subterrâneo. O carácter Absurdo do texto de Shepard permite transpôr esta realidade e conferir-lhe uma radical universalidade. Em Parábola, o fim da espécie, o inevitável desembocar num beco sem saída a que sucessivas escolhas falhadas conduziram um grupo de gente, amostra de uma sociedade voraz e autofágica, condenada ao inevitável fim. Uma comédia negra sobre o valor de mercado da criatividade.